A anemia em gatos é um problema de saúde que bem comum quando falamos de felinos. Segundo a veterinária Nathalia Breder, do Rio de Janeiro, consiste na diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue. “Esses glóbulos são responsáveis por transportar oxigênio e nutrir todos os tecidos do corpo e recolher o gás carbônico e eliminá-lo pela respiração”, explica. Por isso, um gato com anemia é motivo para se preocupar e é importante saber como lidar com esse problema. Para te ajudar como cuidar de gato anêmico, Nathalia esclareceu todas as dúvidas sobre o assunto para a gente!
Conheça as causas por trás da anemia em gatos
Normalmente, a principal causa para um gato com anemia são as doenças infecciosas. “Segundo um estudo do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília, as doenças infecciosas são responsáveis por 32% das causas de anemia, seguido de traumas e doenças inflamatórias”, explica Nathalia. Outras causas também podem estar associadas a essa condição, como as doenças renais crônicas e as doenças autoimunes. É por isso que o diagnóstico médico se faz tão importante. Além disso, hemoparasitoses também podem provocar a anemia em gatos, como micoplasma transmitido pela picada da pulga, as oriundas de reações adversas a medicamentos e as virais, como a FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina) e FeLV (Vírus da Leucemia Felina).
Anemia em gatos pode ser regenerativa ou não regenerativa
Existem duas formas da anemia se manifestar no organismo dos felinos: a regenerativa e a não regenerativa. A primeira corresponde a um quadro em que é possível repor os glóbulos vermelhos, dentro do possível. Isso porque a medula óssea é capaz de produzir novas hemácias para substituir aquelas que foram perdidas. Já a anemia não regenerativa acontece quando a medula óssea não consegue produzir novos glóbulos vermelhos, ou quando essa produção é muito baixa.
Gato com anemia: saiba como identificar o problema
Todo tutor percebe quando tem algo de errado com o seu gatinho. No caso da anemia felina, o bichano tende a ficar mais quieto e isolado, deixando até mesmo de brincar. Além disso, ele também costuma aparentar mais cansaço, com perda de apetite e as gengivas (mucosas em geral) ficam mais pálidas. “A perda de peso também pode acontecer se os sintomas forem se agravando com o passar do tempo, assim como o surgimento de febre, taquicardia (batimentos cardíacos mais acelerados) e dispneia (dificuldade respiratória)”, alerta a veterinária.
Como é feito o diagnóstico da anemia em gatos?
Antes de mais nada, é necessário levar o bichano ao veterinário para que ele possa examiná-lo. Durante a consulta, o profissional é capaz de observar alguns sinais como a coloração das mucosas da boca e dos olhos e verificar se há perda de peso, febre e prostração. Além disso, um exame de sangue simples (hemograma) ajuda a concluir o diagnóstico. “Nele, teremos a contagem dos glóbulos vermelhos e suas porcentagens nas funções de carregamento de oxigênio, tais como: hemácias, hemoglobina, hematócrito, entre outros”, explica Nathalia.
Tratamento: vitamina para anemia em gatos funciona?
Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento deverá ser iniciado de acordo com a causa do problema. “Cada caso é único e deve ser avaliado pelo médico veterinário”, ressalta a profissional. Medicamentos específicos podem ser receitados para melhorar a saúde do gato, mas além deles também é possível a indicação de suplementos a base de ferro e até mesmo vitamina para gato com anemia associados aos tratamentos convencionais. “Existem também nutracêuticos que vão melhorar a imunidade do gato, fazendo com que as doenças autoimunes se estabilizem dentro do possível”, conta Nathalia. Já se o quadro de anemia for mais grave ou causado por hemorragias, a transfusão sanguínea pode ser a melhor opção. Mas lembre-se: para tratar anemia em gatos, remédio caseiro não deve ser considerado - o ideal é sempre buscar a orientação de um especialista.
6 dicas de como prevenir a anemia em gatos
1) Manter os gatinhos dentro de casa, ter janelas teladas e não permitir o contato com outros gatos de rua. Desta forma, evita-se a transmissão de doenças virais como FIV e FeLV;
2) Manter as vacinas em dia;
3) Fornecer uma alimentação de qualidade ao gatinho;
4) Não administrar remédios sem prescrição ou conhecimento de um médico veterinário;
5) Manter os gatinhos sempre com a vermifugação em dia, bem como manter livre de pulgas e carrapatos;
6) Ao menor sinal de anormalidade no comportamento do felino, levar a uma consulta com um profissional para um chek-up.
Redação: Juliana Melo