Saúde de gato

Bronquite em gatos: entenda mais sobre a ação da doença respiratória nos felinos

Publicado - 31 Maio 2020 - 14h55

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

Um gato tossindo pode indicar uma série de problemas de saúde. No entanto, quando esse sintoma aparece para incomodar os felinos, está quase sempre associado a uma doença respiratória, como a bronquite em gatos – também conhecida como asma brônquica ou bronquite crônica. Apesar de haver muitas terminologias, o distúrbio é reconhecido clinicamente como o resultado da inflamação das vias aéreas inferiores, gerada pela sensibilidade a certos estímulos. A seguir, saiba mais sobre o assunto, das causas às formas de tratamento.

Bronquite em gatos: quais são as principais causas?

As causas subjacentes da inflamação associada à bronquite felina são desconhecidas, mas as vias respiratórias podem reagir a alguns gatilhos (exposição a alérgenos) e doenças que podem incitar ou agravar o problema. Veja abaixo:

  • Poeira;
  • Fumaça de cigarro ou de poluição;
  • Perfume e produtos de limpeza;
  • Pólen;
  • Mofo;
  • Agentes infecciosos - vírus, bactérias;
  • Parasitas - dirofilariose, pulmonares.

Quando as vias aéreas de um gato são sensíveis aos estímulos, a exposição a esses agentes leva à produção excessiva de muco, assim como ao estreitamento dos brônquios e bronquíolos, o que dificulta a passagem de ar. Entre as consequências estão os espasmos musculares nos tubos respiratórios e a dificuldade em respirar.

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Quais são os principais sintomas da bronquite felina?

Normalmente, os gatos que sofrem de bronquite ou asma felina têm um histórico de tosse. Esse sintoma é frequentemente confundido com bolas de pelos, pois os gatos exibem um comportamento semelhante ao tentar expelir algo que ficou preso na garganta ou foi engolido. Da mesma forma, a tosse pode ser interpretada como um engasgo ou tentativa malsucedida de vômito.

Para ajudar você a identificar corretamente a bronquite no seu gatinho, aqui estão os principais sinais clínicos dessa doença respiratória:

  • Tosse;
  • Respiração rápida;
  • Respiração de boca aberta;
  • Aumento do ruído ou chiado ao respirar;
  • Dificuldades respiratórias / aumento do esforço durante a respiração;
  • Intolerância aos exercícios.

Em animais levemente afetados pela bronquite, a tosse ou chiado no peito podem ocorrer apenas ocasionalmente. Alguns gatos com doenças respiratórias são sintomáticos entre crises agudas e graves da constrição das vias aéreas. Os felinos severamente afetados têm tosse e chiado no peito diariamente e muitas crises de contração das vias respiratórias, levando à respiração de boca aberta e respiração ofegante.

Alguns gatos têm maior probabilidade de sofrer com a bronquite?

A bronquite felina é mais comum em gatos de dois a oito anos de idade (animais jovens e de meia-idade). Os gatinhos siameses são mais predispostos a ter doenças das vias aéreas inferiores, com uma prevalência de até 5% da raça. Gatos obesos e com sobrepeso também têm um risco maior de desenvolver algum distúrbio respiratório.

Como é feito o diagnóstico da bronquite em gatos?

O diagnóstico da asma/bronquite felina é feito por uma combinação do histórico do animal, exame físico, radiografias torácicas, hemograma completo e até lavagem transtraqueal. Este é um procedimento realizado sob anestesia geral para coletar amostras de secreções das vias aéreas para citologia e cultura bacteriana para descartar infecções.

Bronquite felina: como tratar o problema?

O remédio para bronquite felina é a principal forma de tratamento da doença. Dependendo da gravidade, o gatinho será tratado com uma combinação de corticosteroide (anti-inflamatório esteroidal), por inalador ou pílula, e um broncodilatador para ajudar a abrir as vias aéreas.

Em paralelo, o tutor deve eliminar quaisquer fatores conhecidos por desencadear ou agravar problemas respiratórios no animal. Em outras palavras, isso significa reforçar a limpeza da casa, remover a fumaça de cigarro, retirar tapetes, almofadas e cortinas, além de afastar os demais fatores ambientais que podem agravar a condição da saúde do gato.

Redação: Guilherme Segal

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