Ter pets e crianças em casa é sinônimo de alegria em dose dupla. No entanto, a responsabilidade também é duplicada. Se por um lado o gato precisa se adaptar com a chegada de um novo membro na família, do outro a criança precisa ser ensinada desde cedo a respeitar o espaço do pet. Apesar de parecer desafiador lidar com tantas mudanças ao mesmo tempo, não é difícil fazer com que gatos e crianças tenham uma relação saudável e segura - inclusive, a companhia de um pet pode fazer muito bem para o desenvolvimento de uma criança.
Interação entre gatos e crianças precisa de supervisão
Foi-se o tempo em que os felinos eram estereotipados como animais para pessoas solitárias. Esse mito vem ficando cada vez mais sem sentido, já que os gatos ganham cada vez mais espaço em diferentes tipos de lares, incluindo aqueles com crianças e outros pets. É claro que isso não impede que os pais ainda tenham muitas dúvidas sobre a relação da criança com gato - e isso não é um equívoco, já que a adoção animal deve ser planejada com muita responsabilidade.
O incentivo da boa relação entre a criança e o gato deve ser feito desde o início. É normal os gatos ficarem ariscos quando se sentem ameaçados - e isso inclui a chegada de um membro desconhecido na família. Respeitar o espaço do gato é um dos segredos para conquistar um felino, por isso, ensine isso à criança desde sempre. Explique que o animal não é um brinquedo e, assim como os seres humanos, podem se machucar e se defender por isso. Supervisione todas as brincadeiras entre os dois para garantir uma interação saudável. Algumas brincadeiras inocentes podem deixar o gato irritado, como pegar no rabo ou correr atrás dele. Gritar também é uma atitude que gera desconforto no animal.
Bebês e gatos: a idade da criança pode fazer diferença?
Outra preocupação recorrente dos pais é se a idade da criança pode interferir no desenvolvimento de uma boa interação com os felinos. A resposta para esse questionamento é positiva. Não só a idade da criança como também a dos gatos deve ser considerada. Não é recomendado que um filhote de gato seja inserido na rotina de uma criança com menos de nove anos de idade. Os filhotinhos possuem a saúde sensível e podem ter a vida comprometida com um simples abraços apertados. Por isso, para crianças pequenas o ideal é adotar um gato adulto que terá mais facilidade de se adaptar às brincadeiras.
Lembre-se que ser tutor de um pet será muito importante para o desenvolvimento da criança. A responsabilidade de cuidar de gato, participando das tarefas para manter a saúde e higiene do felino será muito benéfico com os outros comprometimentos ao longo da vida. Mas não se esqueça que tudo deve ser supervisionado por um adulto e avalie quais tarefas o pequeno está apto para se responsabilizar.
Gato para criança: existem raças mais recomendadas para os pequenos?
Não existe uma regra quando se trata da raça de gato para criança, mas algumas são mais pacientes e conseguem se adaptar melhor a uma rotina com crianças. Maine Coon, Abissínio, Ragdoll, Siamês e Angorá são as raças mais indicadas quando se trata da convivência com crianças. Já os felinos da raça Savannah são os menos recomendados para crianças pequenas.
Independente da raça, é necessário levar em consideração o temperamento e personalidade do animal, afinal de contas cada gato é único. Por isso, pergunte no momento da adoção detalhes sobre o comportamento dos bichanos. Quando o animal costuma ser receptivo ao contato com humanos, ele provavelmente será amigável com as crianças.
Redação: Hyago Bandeira