Basta ver algumas fotos de doenças de pele em gatos na internet que fica bastante claro que esse é um problema com que os tutores devem se preocupar. A saúde do gato tem suas fragilidades e quando ocorre uma doença de pele, o animal costuma sofrer com a queda de pelos em várias regiões do corpo. Essa é uma das principais características da hipotricose congênita felina. Apesar de não oferecer mais problemas diretos, essa exposição da pele a longo prazo pode acabar trazendo situações desconfortáveis para os bichanos. Para entender melhor sobre a condição, o Patas da Casa conversou com o médico veterinário William Klein, que é especializado em dermatologia veterinária. Veja o que ele disse!
Hipotricose congênita felina: o que é e quais as causas dessa doença de pele de gato?
Segundo o especialista, a hipotricose congênita felina é um distúrbio alopécico de desenvolvimento que não está ligado à cor do animal. Isto é, ele pode atingir gatos de diferentes cores. “A doença é considerada rara em felinos e em cães, de forma que animais da mesma ninhada podem ou não serem afetados”, revela.
Sobre as causas desse problema de pele em gatos, o médico explica que não existe uma causa concreta, mas existe a possibilidade de que fatores genéticos possam influenciar nisso (embora não tenha sido totalmente elucidado ainda). “Os gatos geralmente nascem alopécicos ou podem se tornar por volta de 1 mês de idade. A perda de pelos normalmente é simétrica e envolve a cabeça, tronco e região ventral”.
Sintomas e o diagnóstico da hipotricose congênita felina
Identificar um gatinho com hipotricose congênita não é muito difícil, já que a queda de pelos tende a acontecer ainda nos primeiros meses de vida - o gato também pode já nascer com o problema. Além das áreas alopécicas que podem ser observadas, William também destaca que com o tempo a região afetada pode ficar hiperpigmentada e seborreica. Ou seja, na prática o tecido exposto fica mais vulnerável a ocorrerem inflamações, então é possível observar descamações e a pele do gato com manchas vermelhas.
“O diagnóstico é feitocom base no histórico, achados clínicos e eliminação de outros diagnósticos diferenciais (sarnas, dermatofitose e piodermite superficial). Até o momento não existe nenhum tratamento conhecido para a hipotricose congênita felina, mas como se trata de uma doença meramente estética, o quadro não oferece risco de vida ao animal afetado”, conclui o especialista.
Outras doenças de pele em gatos para ficar de olho
Como a hipotricose congênita ocorre muito raramente, vale prestar atenção em outros problemas de pele que também podem causar a queda de pelos. Existem diferentes tipos de dermatites que provocam isso, como as reações alérgicas na pele, que podem ocorrer depois do contato ou da inalação de substâncias alérgenas, como pólen, mofo e ácaros, por exemplo. Também existe a opção de ser uma alergia alimentar a algo que o bichano comeu e que acabou desencadeando a queda de pelos. Embora a maioria dos gatos seja mais peludinhos, é importante saber cuidar da pele dele e protegê-la da exposição solar para evitar queimaduras. Para isso, o tutor pode investir em um protetor solar veterinário.
Redação: Juliana Melo