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Gangliosidose em gatos: como a doença hereditária se manifesta nos felinos?

Publicado - 31 Março 2020 - 16h42

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

Assim como os humanos, os felinos também podem sofrer com doenças hereditárias. A gangliosidose, por exemplo, é uma das patologias herdadas e mais comum no gato Siâmes, Korat e Birmanês. Com um desenvolvimento rápido e silencioso, a doença ocorre a partir de um erro na formação do metabolismo lipídico do animal, resultando em problemas neurológicos. Para tirar todas as dúvidas sobre o assunto, conversamos com a veterinária Gabriela Teixeira, que te conta tudo que você precisa saber sobre a gangliosidose em gatos a seguir!

Gangliosidose em gatos: o que é e qual a ação da doença no animal?

“A gangliosidose felina é um acúmulo de gangliosidoses e substratos de glicolipídios dentro dos lisossomos, principalmente nas células neuronais do sistema nervoso central e periférico”, conta Gabriela. Ou seja: os felinos que sofrem de gangliosidose têm um metabolismo interrompido por certos lipídios, no caso os gangliosídeos. Ela continua: “esse acúmulo ocasiona a destruição progressiva das células nervosas do cérebro e pode ser fatal para o animal”. Além disso, a especialista explica que existem dois tipos da doença: gangliosidose gm1 e gm2. “A primeira é causada pela falta da enzima beta-galactosidase. Já a gm2, é caracterizada pela ausência das enzimas beta-hexosaminidase”.

 

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Gato Siâmes está entre as raças com mais tendência para desenvolver a gangliosidose felinaGangliosidose: o veterinário vai pedir exames específicos para identificar a doença

 

Como saber se meu gato está doente? Descubra os principais sintomas da gangliosidose felina!

 

Para saber se o seu gatinho pode estar diante de um caso de gangliosidose felina, é necessário observar alguns sintomas. “Os sintomas mais comuns da gangliosidose gm1 são desequilíbrio, tremores de cabeça e tetraparesia espástica (rigidez muscular), que é a incapacidade parcial de fazer movimentos voluntários com os membros. Geralmente, esses sinais surgem entre o terceiro e sexto mês de vida do animal”, conta Gabriela. Já nos casos de gangliosidose gm2, a veterinária alerta: “Demência, cegueira e convulsões são os principais indícios da doença. Além destes, a incapacidade de mover as quatro patas também pode indicar a presença da patologia. Nesse caso, os sintomas podem ser observados até o primeiro ano de vida do animal”.

Caso o seu gatinho apresente qualquer um desses sinais, é fundamental levá-lo ao veterinário o mais rápido possível. Como a ação da doença é muito silenciosa, os sintomas podem surgir apenas quando o quadro já está avançado e precisa de tratamento imediato. 

Gangliosidose: diagnóstico é feito com testes de DNA

Para confirmar se o seu gatinho está ou não com gangliosidose, certamente o médico veterinário vai solicitar alguns exames. Segundo Gabriela, o teste de DNA serve para que seja feita a detecção de todas as duas formas de gangliosidose felina. Sendo assim, os exames podem revelar se o gato é portador da doença antes mesmo dos primeiros sinais se manifestarem.

Com é feito o tratamento da gangliosidose em gatos?

Como as causas da gangliosidose em gatos são hereditárias, não existe uma cura para essa doença. “O tratamento é sintomático, mas quase sempre não é o suficiente”, esclarece a veterinária. Ou seja, é possível tomar algumas medidas para melhorar a qualidade de vida do gato e inibir os sintomas clínicos da doença, mas que não vão tratar a gangliosidose em si. Quanto a prevenção, também não há muito o que fazer, já que a único método preventivo é evitar a reprodução de portadores silenciosos, o que ajudaria a reduzir a incidência da mutação nos felinos.

Redação: Úrsula Gomes 

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