Algumas raças de gatos, como o Korat, têm os olhos marcantes como uma de suas principais características físicas. Além de chamar a atenção pela beleza, o olho do gato também é responsável por um dos principais sentidos dos felinos: a visão. Cheios de expressão e intensidade, os olhos do animal são adequados ao instinto de caça e sobrevivência dos felinos que foi herdado dos primos selvagens, como leões e leopardos. Ainda assim, muita gente ainda se pergunta como o gato enxerga e se ele consegue ver alguma coisa no escuro. Por isso, nós juntamos aqui todas as informações que você precisa ter para entender sobre a visão do seu felino. Vem ver!
Afinal de contas, gato enxerga no escuro?
Se você já observou um gato se movimentando no escuro já deve ter noção de que a resposta para essa pergunta é positiva, mas nós estamos aqui para dizer que os felinos não apenas enxergam no escuro: eles enxergam muito bem em ambientes sem luz! Tudo começa com os instintos noturnos do animal, que costumam ficar muito mais ativo e agitado conforme o sol se põe. Se você reparar bem, em ambientes muito claros e durante o dia, é comum que eles fechem mais a pupila para evitar a entrada excessiva de luz que acaba sendo incômoda.
Cientificamente, essa maior aptidão do gato em enxergar durante a noite se dá por causa da construção da retina do animal: assim como nos humanos, as estruturas que fazem a “captação” das imagens nos olhos dos gatos são os cones e bastonetes. Os primeiros são responsáveis pela percepção de cores e visão diurna e os últimos, pela visão periférica e noturna. Enquanto a visão humana é beneficiada pela quantidade de cones, a dos gatos tem mais bastonetes e, por isso, eles enxergam muito melhor no escuro porque conseguem absorver uma quantidade maior de luz do ambiente.
Como os gatos enxergam no dia a dia: eles veem cores ou é tudo em preto e branco?
A maior quantidade de bastonetes na retina dos felinos também favorece o alcance que eles têm na visão periférica. Em comparação com o nosso ângulo de visão de 180º, a deles é mais ampla: chega aos 200º. É por isso que surpreender os felinos é algo difícil, já que o único ponto cego deles fica abaixo do queixo.
O número menor de cones na retina, por sua vez, também causa alterações na forma como os gatos enxergam cores e na visão à distância. Na hora de diferenciar as cores, eles conseguem distinguir, com facilidade, tons de azul, amarelo e verde. As outras cores costumam ficar mais “confusas” de acordo com a percepção deles. Além disso, os gatos são míopes: à distância, eles não enxergam nada com muita definição. Essa falha é equilibrada com seus outros sentidos, que também são bem apurados.
O olho do gato não é responsável pelo único sentido aprimorado do animal
Para equilibrar a “miopia” felina, os gatos têm outros sentidos super aguçados que ajudam na hora que eles são definidos como exímios caçadores. Mesmo que não enxergue à distância, o seu amigo felino tem a audição perfeita: eles podem captar sons com frequência de até 1.000.000 Hz, enquanto nós, humanos, dificilmente chegamos aos 20.000 Hz. O olfato deles também é incrível: o nariz do gato tem cerca de 200 milhões de células olfativas sensíveis — nós temos 5 milhões. A noção de espaço e das coisas ao redor é responsabilidade dos bigodes e dos pelos nas patas: a margem de erro deles na hora de caçar alguma coisa, mesmo sem enxergar tão bem, é de poucos centímetros.
Redação: Ariel Cristina Borges