Gato

Gatos do Egito: por que eles eram considerados seres sagrados pelos egípcios?

Publicado - 19 Junho 2023 - 12h15

Atualizado - 21 Maio 2024 - 14h39

As histórias de gatos místicos — principalmente o gato egípcio — rondam a espécie há milhares de anos. No Oriente Médio, esses felinos ganharam muita visibilidade por serem associados à sorte e proteção. Você já ouviu falar sobre como eram venerados os gatos egípcios? Todo esse amor pelos bichanos começou quando os egípcios antigos perceberam que os gatos podiam ajudar a combater as infestações de ratos na região. Os roedores eram considerados pragas que destruíam colheitas de grãos e cereais e ainda espalhavam doenças para a população.

Por isso o povo egípcio começou a adotar os felinos como membros da família e logo depois passou a vê-los como verdadeiras divindades. Ficou curioso para saber mais? O Patas da Casa desvendou essa história e reuniu todas as informações sobre gato, Egito antigo, raças e outras curiosidades. Dá só uma olhada abaixo!

Gatos egípcios eram reverenciados por muitas razões

Existe um fato na história que é inegável sobre os gatos: o antigo Egito os venerava como divindades. Os egípcios acreditavam que os felinos eram seres mágicos e que podiam trazer boa sorte aos seus cuidadores. A realeza egípcia alimentava os bichanos com guloseimas e os vestiam com as próprias joias da família.

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Quando os gatos morriam, eles eram mumificados assim como os humanos da época. A adoração era tanta que em prova de luto, os tutores dos animais raspavam as sobrancelhas e lamentavam a morte do gato até que elas crescessem novamente.

Além disso, é possível observar que os felinos estão presentes em diversas artes, esculturas, pinturas e escrituras da época. O gato do Egito era um animal tão especial que aqueles que os matavam eram condenados à morte, mesmo em casos de acidentes. Essa característica cultural do povo egípcio custou uma derrota histórica, que fez com que seus inimigos usassem como tática a adoração pelos gatos no Egito.

Cerca de 600 anos antes de Cristo, o comandante persa Cambises II ordenou que seu exército atacasse as pirâmides egípcias utilizando gatos como escudo na frente das tropas. Com isso, o Império Egípcio acabou não oferecendo resistência para não ferir os sagrados animais.

O gato da Cleópatra aumentou ainda mais a popularidade dos felinos

Acredita-se que o gato da Cleópatra era um felino da raça Mau Egípcio. Dizem que o bichano acompanhava a governante por todos os lugares, e logo se tornou muito popular. Para quem não sabe, o Mau Egípcio é muito conhecido por causa da sua pelagem de aspecto malhado com tons prata, bronze ou smoked. Ele também é admirado pela personalidade amável, extrovertida e brincalhona. Além disso, é um gato inteligente e com facilidade de aprender.

 

Gato Mau Egípcio cinza
Gato egí­pcio: raça Mau Egípcio foi desenvolvida a partir de dois felinos do país africano

 

Quem foi a deusa gato dos egípcios antigos?

Na mitologia egípcia, muitos deuses tinham o poder de se transformarem em diversos animais. Entretanto, apenas deusa Bastet era capaz de se tornar um gato. Hoje conhecida como deusa gato dos egípcios antigos, Bastet representa fertilidade, prazer, música, dança e domesticidade. A divindade felina com toda certeza tem seu papel na adoração dos egípcios antigos pelos gatos.

A deusa era constantemente representada como uma mulher com a cabeça de felino, mas em outras ocasiões a gata do Egito também podia ser vista sem atributos humanos. Para adoração da deusa, o povo egípcio criou uma série de cemitérios de gatos domésticos mumificados, que muitas vezes eram enterrados perto de seus donos.

Qual a simbologia do gato no Egito?

Os egípcios acreditavam que os gatos eram criaturas místicas dotadas de magia. Eles tinham a crença de que os felinos traziam proteção e eram um amuleto da sorte para a família. Por isso, tratavam os bichanos como animais sagrados — e isso vale, inclusive, para os gatos pretos.

Recentemente, uma thread viralizou nas redes sociais onde os usuários gravavam seus bichinhos de estimação com uma música de fundo que remetia ao antigo Egito. O mais engraçado é observar a reação dos pets, que parecem reconhecer a música, como se isso despertasse uma "memória". Veja abaixo:

 

@beatrizriutooo to c medo véi #fypシ ♬ som original

Vale lembrar, porém, que não existe comprovação científica nenhuma do que realmente acontece com os felinos nessas horas. Na verdade, tudo não passa de uma brincadeira de internet.

Gato: Egito também contribuiu para raça de felinos domésticos modernos

Todos os gatos domésticos modernos são descendentes dos gatos selvagens do Oriente. Entretanto, uma raça em específico é conhecida por ser descendente de um antigo gato egípcio. A raça Mau Egípcio nasceu a partir de dois gatos trazidos do Egito. Esse gatinho teve sua espécie aprimorada em 1956 e foi reconhecido pelas instituições de criadores em 1968. Mas apesar do cruzamento recente, muitas pessoas acreditam que o progenitor dessa raça era o mesmo gato adorado pelos antigos egípcios. Por conta disso, muita gente conhece o Mau Egípcio com o nome popular de “gato da Cleópatra”.

Por outro lado, o Sphynx, que muitas vezes é chamado de gato egípcio, na verdade é um gato canadense! Apesar do nome, que remete às esfinges egípcias, a raça de gato sem pelo foi desenvolvida em 1966 no Canadá, quando uma gatinha deu luz à vários filhotes sem pelos por causa de uma mutação genética.

Redação: Hyago Bandeira

Publicado originalmente em: 08/02/2022
Atualizado em: 19/06/2023

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