Até mesmo os tutores mais experientes podem cometer alguns erros quando o assunto é cuidar de gato. Uma dúvida muito comum, por exemplo, é se a castração de gato é realmente necessária. Além disso, muitos humanos cometem o erro de tratar os felinos como se eles fossem cães, embora eles tenham comportamentos claramente distintos. No geral, os gatos são mais reservados, independentes e valorizam muito sua privacidade, diferente dos cachorros. Pensando nisso, o Patas da Casa separou uma lista com os 10 erros mais comuns na hora de cuidar dos bigodudos, explicando direitinho o que fazer para evitá-los!
1) Deixar a castração de gato de lado
Muitos tutores acabam evitando castrar gato por puro receio do procedimento, mas a verdade é que a castração tem vários benefícios! Além de evitar que a gravidez indesejada, o que geralmente leva a um aumento no número de animais por aí, castrar gato também ajuda a prevenir várias doenças, como o câncer de mama nas fêmeas. Algumas mudanças no comportamento felino também podem ser notadas depois da castração: gato costuma ficar muito mais amigável e menos territorialista. Então para quem se pergunta se realmente vale a pena submeter o bichano a este tipo de procedimento, a resposta é apenas uma: vale sim! A castração de gato é um dos procedimentos cirúrgicos mais recomendados pelos especialistas, e pode ser feita ainda no primeiro ano de vida do animal, depois de cinco meses de idade.
2) Optar pela ração seca e não oferecer o sachê para gatos
Os felinos têm uma dificuldade tremenda em se hidratar. O problema é que isso pode ocasionar em vários problemas de saúde no gato, como a insuficiência renal. Para ajudar na hidratação, a ração úmida para gatos (também chamada de sachê) é uma ótima opção. O alimento é possui uma umidade de até 80%, e ainda por cima possui todos os nutrientes considerados essenciais para manter o organismo felino funcionando perfeitamente. Além do mais, esse tipo de ração para gato tem um gostinho bastante agradável para os peludos, o que facilita a aceitação. Para quem não quer deixar a ração seca de lado, uma boa opção é alternar os dois alimentos. Assim, você garante um bichano hidratado e nutrido.
3) Ter plantas tóxicas para gatos em casa
Plantinhas em casa são tudo de bom para dar aquela revitalizada no ambiente e deixá-lo mais alegre! Mas é preciso ter cuidado com as plantas venenosas para gatos. Sim, é isso mesmo: algumas espécies são prejudiciais para a saúde dos felinos. Por isso, é importante ter atenção na hora de adquirir uma nova plantinha e se certificar de que ela não fará mal ao seu amigo de quatro patas. Mesmo que você decida botá-la bem no alto e longe do animal, precisa ficar atento, pois os gatos são animais bastante ágeis e que adoram se aventurar nas alturas. Algumas das principais plantas tóxicas para gatos são: jiboia, azaleia, copo de leite, samambaia, costela-de-adão, hera, espada de são jorge, tulipa, violeta, lírio e hibisco.
4) Oferecer leite para gato na fase adulta
Quando ainda são filhotes, o leite para gato é super recomendado, seja ele materno ou artificial. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que quando atingem a fase adulta, a alimentação dos felinos muda completamente, e muitos bichanos se tornam intolerantes à lactose. Lembre-se: o leite não oferece nenhum benefício nutricional aos felinos depois do desmame, e a ração seca e o sachê para gatos ainda são as principais formas de cuidar da dieta desses animais.
5) Não levar o gato para consultas no veterinário
Nada mais apropriado para saber como anda a saúde do gato do que visitar um profissional qualificado para isso, né? Por isso, não falte às consultas com o veterinário. Por mais que a maioria dos gatos tente resistir quando o assunto é uma consulta médica, esse acompanhamento é essencial para garantir que tudo vai bem com o seu amigo de quatro patas. O ideal, inclusive, é que o tutor faça isso mais de uma vez por ano e, claro, sempre cuidando para manter o calendário de vacinação e vermifugação em dia. Além do mais, ao sinal de qualquer problema, não hesite em procurar a ajuda de um profissional. Ele saberá direitinho o que fazer para tratar o seu amigo.
6) Ignorar a obesidade felina
Como os gatos são mais peludinhos e fofinhos, fica até difícil de identificar quando eles estão acima do peso. Mas isso não é desculpa: o gato obeso pode desenvolver uma série de problemas de saúde, e é justamente por isso que combater a obesidade é necessário. Depois da castração de gato, muitos felinos tendem a ficar mais preguiçosos e deixam de se exercitar como antes, e é aí que eles podem começar a ganhar peso. Para evitar que isso aconteça, é importante cuidar sempre muito bem da alimentação do seu amigo de quatro patas e estimular os instintos naturais dele com a gatificação do ambiente. Em caso de castração, o tutor deve procurar também uma ração específica para gatos castrados.
7) Tentar educar gatos como se fossem cães
Não adianta comparar as duas espécies porque elas são, de fato, muito distintas. Enquanto o cachorro costuma ser mais apegado e exige uma atenção muito maior, os gatos são mais quietinhos e prezam muito pelo espaço individual deles. Além disso, o treinamento desses animais até é possível, mas nunca será da mesma forma que acontece com os cães. Os bichanos podem aprender certos comandos, mas não se engane: eles sempre farão o que eles tiverem vontade. Então, não adianta forçar a barra com eles.
8) Ser agressivo com o gato pode piorar o comportamento do animal
Agressividade nunca é a solução para nada. Então, por mais que o seu gato cometa alguns erros, é importante não repreendê-lo com atitudes rígidas demais, ou isso pode acabar trazendo consequências nada agradáveis para o bichano. Ele pode se sentir ameaçado e revidar com comportamentos ainda mais difíceis de lidar; ou animal vai ficar amedrontado e se afastar de você. Por isso a dica é: sempre trate seu animal com amor. Mesmo que ele erre, a melhor maneira de ensinar o que é certo ou errado com técnicas de reforço positivo e nunca com atitudes agressivas.
9) Dar banho no gato, mesmo que ele não precise
Uma dúvida que muitos tutores têm é se pode dar banho em gato ou não. Como muitos sabem, os felinos não são muitos fãs de água, mas isso não quer dizer que eles não sejam higiênicos. Pelo contrário, os gatos tomam banho todo dia, só que do jeitinho deles: com muitas lambidas pelo corpo. Isso é possível porque a língua desses animais tem filamentos capazes de retirar impurezas e sujeiras que ficam presas na pelagem. Então, de uma maneira geral, o banho para gato é bem desnecessário. Mas em algumas circunstâncias específicas pode dar banho em gato sim. Uma alternativa para aqueles que não gostam muito de água, inclusive, é o banho a seco.
10) Ignorar cuidados básicos, como a escovação dos pelos e dentes
Os bichanos também precisam de vários cuidados no dia a dia, como a escovação dos pelos para mantê-los saudáveis. Para fazer isso, recomenda-se que o tutor adquira uma escova para tirar pelo de gato. Existem vários modelos disponíveis, basta descobrir qual é o ideal para o seu amigo. Além disso, outros cuidados - como escovar os dentes do gato, aparar suas unhas e limpar os ouvidos - também são igualmente importantes na hora de ter um bichinho dentro de casa. Isso ajuda a prevenir vários probleminhas de saúde e infecções.
Redação: Juliana Melo