Uma das doenças gastrointestinais mais sérias e conhecidas entre os humanos também possui a sua versão no universo felino: a pancreatite em gatos tem uma ação bastante similar no corpo dos nossos bichanos e também precisa de tratamento imediato para não causar danos à saúde do gato. É claro que isso se torna motivo de preocupação para os gateiros, mas não se assuste! A pancreatite felina tem tratamento e é possível diminuir o avanço da doença com alguns cuidados simples. Para entender mais, conversamos com Luciana Capirazzo, especialista em felinos do Grupo Vet Popular. Confira o que ela falou sobre o assunto!
O que é pancreatite felina? Saiba mais sobre esse problema que pode atingir o seu bichano
Assim como acontece com os cães, a pancreatite felina surge a partir de uma inflamação no pâncreas, que é um órgão fundamental para o funcionamento do organismo do animal. Nesse caso, a glândula que se encontra perto do intestino delgado deixa de produzir hormônios como a insulina - que possui a função endócrina - e substâncias que ajudam na digestão. Por isso, Luciana explica que é comum que a pancreatite felina provoque outros problemas à saúde do gato. “Diabetes mellitus, déficit de vitaminas - B12, folato e vitamina K - podem ser algumas das consequências do quadro”, conta. Mas, diferente de outras doenças de gato, a causa da patologia não costuma ser fácil de identificar. “A doença pode estar relacionada a agentes infecciosos, como bactérias, peritonite infecciosa felina e outros parasitários. Além disso, a dieta do animal também pode resultar no quadro”, explica Luciana.
Como identificar a pancreatite em gatos?
O gato com diarreia é o sinal mais comum da pancreatite felina. Ainda assim, é preciso juntar outros fatores para determinar o diagnóstico correto e evitar uma série de problemas ao seu bichinho. “Emagrecimento, perda de apetite e vômitos também são alguns dos sinais da doença”, explica Luciana. Mas, é importante lembrar que geralmente os sintomas não são graves e, por isso, podem passar despercebidos. Em alguns casos, a diarreia e os vômitos recorrentes podem ser confundidos com outros problemas, como dietas não balanceadas e ingestão de bolas de pelo. Por isso, é fundamental ficar atento ao seu bichano para descobrir se os sintomas são frequentes.
Como é o diagnóstico e o tratamento da pancreatite em gatos?
Ao notar qualquer sinal de desconforto no seu bichinho, é fundamental que você busque o auxílio de um médico veterinário para que o diagnóstico seja feito. De acordo com Luciana, o ponto de partida é considerar os sintomas mencionados anteriormente. Além disso, o especialista deve pedir um exame físico minucioso, exames hematológicos e de imagem, como a ultrassonografia, para diagnosticar e tratar para melhorar o funcionamento do pâncreas.
Com a confirmação do diagnóstico, o próximo passo é iniciar o tratamento. “A pancreatite em gatos pode ser tratada com uma dieta específica para o animal. Além disso, analgésicos e alguns suplementos vitamínicos ricos na vitamina B12 também podem ser recomendados”, explica Luciana. É muito importante que todas as orientações passadas pelo profissional sejam seguidas à risca para garantir resultados eficazes.
Redação: Úrsula Gomes