A pet terapia não é um conceito exatamente novo, mas é algo que vem crescendo e ganhando cada vez mais adeptos ao longo dos últimos anos, principalmente por conta dos inúmeros benefícios que acompanham a metodologia. Isso porque os cães e gatos, além de serem grandes companheiros dos humanos, também têm se mostrado muito eficazes no tratamento de diversas doenças, como a fibromialgia, e transtornos psicológicos..
No caso do transtorno de espectro autista (TEA), a companhia de um bichinho é capaz de trazer vários estímulos positivos para o paciente, sendo um forte aliado do tratamento médico. Mas como será que isso funciona? De que forma a terapia com cachorros e gatos podem ajudar uma criança com TEA? Para tirar todas essas dúvidas, preparamos uma matéria especial sobre o assunto. Confira!
O que é TAA (Terapia Assistida por Animais)?
Pet terapia, terapia assistida por animais ou simplesmente TAA é uma prática que, aliada ao acompanhamento médico, tem como objetivo promover o bem-estar físico, emocional, cognitivo e social do paciente. Ou seja, é basicamente uma terapia de apoio, mas que não funciona sozinha e requer a supervisão de um profissional de saúde.
Esse tipo de metodologia pode ser utilizado em diferentes circunstâncias, servindo tanto para auxiliar casos de deficiência física e/ou motora, como também casos oncológicos ou de transtornos psicológicos. Isso inclui pacientes com depressão, ansiedade e até mesmo com transtorno de espectro autista.
Em alguns casos, a terapia assistida por cães e gatos é feita dentro do próprio ambiente hospitalar ou clínica especializada, de forma que os animais terapeutas são levados para o local e ficam um tempinho lá, assumindo algumas sessões. Em outros, a família do paciente adota um cachorro ou gato, fornecendo todo o cuidado que o animal merece dentro de casa. Tudo depende das condições e indicações de cada caso.
Animais e crianças: quais são os benefícios da TAA para pacientes diagnosticados com TEA?
A terapia com cachorros e gatos é uma opção para ajudar no desenvolvimento de crianças com transtorno de espectro autista - e não é só historinha: existe embasamento para isso. Segundo uma pesquisa desenvolvida por Luciana Mendes de Andrade e Maíra Moraes, a relação entre animais e crianças com TEA é muito benéfica e proporciona vários estímulos importantes para o paciente.
Uma das referências utilizadas pela dupla foi um relatório produzido por Redefer e Goodman que acompanhou 12 crianças com o transtorno e utilizou um cão terapeuta por 18 sessões. No final da pesquisa, foi possível concluir que os pacientes tiveram uma melhora significativa nas interações sociais.
Dessa forma, de uma maneira geral os resultados do estudo demonstram que os principais benefícios da TAA são:
- Aumento de socialização;
- Melhora na coordenação motora;
- Redução de estresse;
- Diminuição do comportamento agressivo;
- Redução de problema na fala;
Com base no estudo e referências apontadas na pesquisa, não há como negar que a companhia de animais terapeutas - sejam cães, gatos ou até mesmo animais de outras espécies - é muito positiva para crianças com transtorno de espectro autista (TEA). Logo, a pet terapia ajuda a desenvolver melhor várias habilidades a partir da interação com os bichinhos.
Gato e cão terapia: quais cuidados são necessários com os pets?
Animais terapeutas podem pertencer a várias espécies, raças e ter diferentes portes. Mas, para ser um gato ou cão terapia, é importante ter em mente que o pet deve estar em ótimas condições de saúde. Ele precisa ser vacinado e ter as doses de vacina reforçadas anualmente, como também deve ser vermifugado e estar livre de parasitas como pulgas e carrapatos.
Além disso, o animal deve ter um bom comportamento, ser obediente e ter uma personalidade dócil e amável. Geralmente, algumas raças de cachorro que são bem apropriadas para isso são o Golden Retriever, Labrador, American Pit Bull Terrier e Yorkshire Terrier. O adestramento de cães que vão atuar como terapeutas é fundamental.
Redação: Juliana Melo