Briga de gato é sempre um problema sério que pode ter consequências graves. Mesmo que você nunca tenha presenciado uma, só de olhar um vídeo de gato brigando dá para ver que se trata de algo intenso. O miado de gato brigando é alto e característico, e pode resultar em muitos arranhões e mordidas. Esse comportamento pode aparecer em qualquer bichano por uma série de fatores, por isso é importante evitar algumas situações para não estimular a briga de gato.
O Patas da Casa conversou com a médica veterinária Rúbia Burnier, especialista em terapia comportamental, holística e medicina veterinária integrativa, que explicou quais as causas de uma briga de gato. Além disso, te mostramos o que fazer ao ver um gato brigando e como evitar que gatos brigões se ataquem novamente.
Gato brigando por território é o motivo mais comum
Gatos são animais territorialistas por natureza. Os instintos selvagens do gato que vêm de seus ancestrais ainda são muito presentes. Por isso, os gatos gostam de ter um controle do ambiente e são dominadores. Essa busca por território é a principal causa do problema. “Briga de gatos é muito contextual, então depende muito da situação, de quantos gatos tem, dessa hierarquia entre eles. Mas geralmente é disputa de território. Um olhar errado que um dá para o outro, uma invasão de áreas de preferências de dormir... Está muito ligado ao contexto, é uma situação específica para cada caso”, explica a veterinária Rúbia Burnier.
Outros fatores podem ser o motivo de um gato atacando outro gato
A disputa por território é o principal motivo de um gato brigando. Porém, existem outros fatores que levam a esse comportamento. Rúbia destaca que o gato ciumento e muito apegado a pessoas, comidas ou ambientes pode manifestar o comportamento e ser a causa da tensão. Um gato pode matar outro durante uma briga despertada por ciúmes ou causar graves ferimentos. Além disso, alguns gatos atacam filhotes recém-chegados por não gostarem de mudanças na rotina. Mau-humor ou disputa de hierarquia social por causa do envelhecimento de um líder também são fatores que Rúbia ressalta como possíveis gatilhos. Se eles não forem controlados, um gato pode atacar outro gato.
Gatos brigões apresentam mudanças comportamentais
Se você já viu algum vídeo de gato brigando sabe que a situação pode ser bem séria. Além dos machucados físicos (que vão desde arranhões até machucados graves nos olhos), problemas comportamentais podem ser perceptíveis em gatos brigões. Gato estressado, marcação de território em excesso e até mesmo retenção de urina pode ser uma consequência.
Ouvi o som de gato brigando: devo separar?
Em briga de gato não se mete a colher! Você pode até ter o instinto de tentar separar, mas, se vir um gato atacando outro gato, o melhor a fazer é apenas jogar um jato de água fria, como explicou a veterinária Rúbia. Isso vai ajudar a chamar a atenção do animal para outras coisa. Outra ideia é jogar um brinquedo entre eles para atrapalhar. O barulho de gato brigando é bem alto, mas vale você fazer algum som (como bater palmas bem alto) para chamar sua atenção. Nunca tente separar a briga de gato só usando as mãos, pois o risco de se machucar é bem alto.
Como evitar briga de gato?
O tutor não tem muito como acabar com uma briga de gato, mas pode prevenir que ela aconteça. Sabendo os gatilhos que motivam o animal a brigar e conhecendo sua personalidade, é possível criar um ambiente saudável e que não leve o pet a essa situação de estresse extremo. Rúbia explica algumas medidas que podem ser adotadas para evitar a briga de gato: “Perceber os gatilhos e modificá-los ou desmontar a cena do conflito eminente; manter rotas de fuga desobstruídas para evitar zonas de conflito; separar os gatos brigões e manter dinâmica rotatória dos ambientes.”
A castração do gato também é uma ótima maneira de evitar briga de gato. Além disso, vale investir em arranhadores e brinquedos interativos para gatos que direcionam o comportamento de uma maneira saudável e promovem um ambiente agradável. Além disso, sempre socialize o gato com cautela e respeitando o seu tempo.
Redação: Maria Luísa Pimenta