Conforme o verão vai se aproximando, fugir para a praia ou para a piscina acaba se tornando um dos programas preferidos de quem mora nas cidades mais quentes do país. Como o aumento da temperatura também afeta o seu amigo de quatro patas, muita gente gosta de levar o cãozinho junto para dar um mergulho e se refrescar. A pergunta que fica é: o cachorro na piscina e na praia corre algum risco? Qual é a forma mais segura de aproveitar os dias de sol com o seu amigo de quatro patas? Nós conversamos com os veterinários Jorge Morais e Madelon Chicre e eles deram todas as dicas necessárias para que tudo saia bem no seu passeio com praia e piscina para cachorro. Olha só o que eles disseram!
Fique atento aos cuidados que você precisa ter com o cachorro na piscina e na praia
Ficar o dia todo exposto ao sol — mesmo nos horários mais quentes — não faz bem para a nossa saúde e o mesmo vale para os nossos amigos de quatro patas. Por isso, o primeiro cuidado que você precisa ter é o bom senso: “procure sair com o cachorro em horários de menor temperatura, de preferência no final da tarde ou início da noite, evite transitar com ele na areia quente, já que isso pode causar queimaduras nas patas do animal”, explicou Jorge.
Além disso, também existem outros pontos importantes, como lembrou Madelon: “o dono do animal deve levar água em quantidade suficiente para que ele se mantenha hidratado, um pote para colocar a água, uma toalha, algum petisco e saquinhos biodegradáveis para a coleta das fezes”.
Inclua o protetor solar para o cachorro na lista do passeio
O cuidado continua no que se trata da ação dos raios ultravioleta do sol na pele do animal. Mesmo que boa parte do corpo do cachorro fique protegida com a pelagem, as regiões que ficam mais expostas precisam de proteção. “Existem, no mercado veterinário, filtros solares específicos para pets, mas os pediátricos também podem ser utilizados”, contou a veterinária. Jorge completa: “O uso do filtro solar é necessário para evitar o câncer de pele e a fotossensibilização do animal”, ou seja: seu cachorro pode ter uma espécie de reação alérgica ao sol. Não deixe de aplicar o produto no focinho, nas orelhas e na barriga do cachorro. “Animais de pelagem branca e curta devem receber cuidados redobrados”, adicionou Madelon.
Areia da praia x pelo de cachorro: como resolver esse problema?
Os cuidados para evitar dermatites e outros problemas de pele não se solucionam apenas com a aplicação do filtro solar. A areia, o cloro e a água salgada também podem ser vilões nesse caso. “O ideal é jogar água doce no cão após a praia ou piscina. Não devemos deixar o pelo com água salgada, areia ou com água de piscina porque isso pode favorecer o aparecimento de dermatites, principalmente nos cães com maior sensibilidade cutânea. Caso o seu cão não tenha entrado no mar ou na piscina, você pode utilizar uma toalha molhada com água doce no pelo para retirar a areia”, contou Madelon.
A melhor forma de cuidar da orelha de cachorros que gostam de nadar
Brincar na água é uma das principais diversões da praia e da piscina para cachorro e, entre os mergulhos, acaba sendo impossível tomar os mesmos cuidados dos banhos para evitar que o líquido entre nas orelhas do animal. Por isso, você pode cuidar para que isso não se torne um problema antes e depois dos banhos. “A cera protege os ouvidos naturalmente, então uma das recomendações é evitar a retirada excessiva dela das orelhas”, contou o profissional. A médica veterinária completou: “também é importante secar o conduto externo da orelha após o retorno da piscina ou praia. Peça para o seu veterinário te ensinar a fazer isso. Nunca use materiais pontiagudos ou cotonetes no ouvido do seu cão, essa limpeza deve ser realizada com algodão”.
A saúde do seu cachorro precisa estar em dia antes dele aproveitar piscinas e praias compartilhadas
Uma última forma de garantir a segurança do seu animal, de outros cachorros e das pessoas que vão compartilhar a praia e a piscina com ele é manter a saúde do seu amigo sempre em dia. “O animal deve estar vacinado contra as principais doenças (V8 ou V10) e contra a raiva, vermifugado e sem nenhuma doença de pele que seja caracterizada como zoonose ou que passe de um animal para o outro”, explicou Madelon. Por isso, o ideal é evitar esse tipo de programa com animais que têm a saúde mais frágil, como conta Jorge: “Filhotes que ainda não tomaram todas as doses das vacinas não podem ir para a piscina ou praia e, com animais idosos é preciso ter uma atenção especial. O ideal é fazer uma visita ao veterinário e pedir exames que atestem a saúde do bichinho. Animais com problemas cardiorrespiratórios também devem ser poupados”. Tenha sempre em mãos a carteirinha de vacinação do seu amigo durante os passeios, ok?
Redação: Ariel Cristina Borges