Comportamento animal

Como passear com cachorro cego? Saiba quais são os cuidados e acessórios

Publicado - 24 Março 2023 - 18h05

Atualizado - 29 Maio 2024 - 12h34

O cachorro cego precisa de algumas adaptações na sua rotina para que ele se sinta mais confortável e confiante. Evitar mudar a disposição dos móveis, não deixar objetos espalhados e retirar itens pontiagudos do seu alcance são alguns exemplos. Muitas pessoas também acham que deixar de passear com cachorro cego também é uma medida importante. A rua pode ser perigosa e a falta ou baixa visão dificultam esse momento, mas isso não quer dizer que ele não pode sair de casa.

Passear com cachorro não é apenas diversão, mas uma prática que traz diversos benefícios ao animal: estímulos físicos e mentais, redução da ansiedade e prevenção de doenças como a obesidade canina. Porém, é claro que alguns cuidados são necessários para que o cãozinho cego tenha uma experiência boa e segura. O Patas da Casa te explica a seguir como cuidar de um cachorro cego durante o passeio e que acessórios não podem faltar durante as saídas. 

Cachorro com deficiência precisa ter a vida mais normal possível dentro das suas limitações

É preciso desestimular a ideia de que um cachorro com deficiência (e aqui não falamos apenas da visual, mas também de outros tipos, como um cachorro surdo, paraplégico ou que não possui as patas) terá sempre uma vida de sofrimento e prostração. Ele pode, na verdade, levar uma vida norma, como qualquer cãozinho, apenas com alguns ajustes e adaptações na rotina.

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Cães são animais muito resilientes, por isso, se adaptam com facilidade a diferentes situações. A perda da visão, audição ou movimento das patas não vai impedi-lo de brincar e se divertir: pode ter certeza de que ele vai encontrar o jeito adequado e mais confortável possível. Os passeios com o cachorro cego, inclusive, vão ajudar o pet a sentir mais confiante e feliz no dia a dia. Além disso, o passeio vai ajudar com que o pet melhore outros sentidos, como o olfato e audição, para compensar a falta da visão.

Coleira para cachorro cego é um acessório essencial durante os passeios

A coleira para cachorro é um item indispensável durante os passeios. No caso de um animal com deficiência visual, é mais importante ainda. A diferença, porém, é que deve ser utilizada a coleira para cachorro cego. Esse tipo de coleira é feita especialmente para facilitar a locomoção do pet, tanto na rua quanto dentro de casa. Ela conta com um aro que funciona como uma espécie de viseira ao seu redor. Sempre que o animal estiver muito próximo de algum objeto, o aro vai encostar primeiro. Assim, ele instintivamente vai entender que precisa desviar.

Existem ainda versões de coleira para cachorro cego mais tecnológicas, que emitem vibrações sempre que o pet está muito perto de alguma coisa. O acessório é essencial na hora do passeio porque a rua é um local em que não há muito controle por parte do tutor, como um buraco. O uso da coleira para cachorro cego, então, traz uma segurança maior ao cão.

A guia curta ajuda na hora de passear com um cachorro cego

Além da coleira, a guia para cachorro é um item que garante a segurança e controle do passeio por parte do tutor. No caso de um cachorro cego, prefira as guias mais curtas para manter o pet sempre bem próximo do seu corpo e, assim, agir com mais rapidez se precisar. Isso também ajuda a melhorar o ritmo do passeio, evitando que o cachorro fique puxando a guia. Uma dica muito importante ao passear com cachorro cego é sempre manter a voz firme e apostar nos comandos sonoros. Converse sempre com o animal durante o passeio para que ele se sinta mais seguro e confortável.

Prefira passear com cachorro cego em locais mais abertos, como parques e praias

Antes de passear com cachorro cego, o tutor precisa pensar bem no local que vai levá-lo. O recomendado é escolher lugares bem abertos para que o pet possa se locomover com maior liberdade. Evite ruas muito estreitas ou com muita movimentação de pessoas. Ter um bom espaço para caminhar ajuda bastante a dar liberdade para o cão e aumentar sua autoconfiança. Uma dica é levar o cachorro com deficiência para passear em parques ou praias. Só é preciso ter cuidado com a temperatura, assim como com qualquer animal: o recomendado é passear com cachorro antes das 10h e depois das 17h para não correr o risco de queimar as patinhas do pet e nem deixá-lo desconfortável com o calor.

 

Cão cego passeando na rua com coleira
O cachorro cego precisa de uma guia curta e uma coleira especial para passear

 

A frequência de passeio para cachorro cego dependerá da sua personalidade

Uma dúvida muito comum entre os tutores de cachorro cego é qual é a frequência ideal de passeio. Isso vai depender principalmente da personalidade do seu cão. Existem aqueles cheios de energia e que precisam de mais passeios. Por outro lado, algumas raças não precisam de muitos exercícios físicos e preferem caminhadas mais curtinhas. Para começar a passear com cachorro cego, o recomendado é ir aos poucos. Comece com saidinhas de 30 minutos para que o pet vá se acostumando.

Uma dica para quem tem cães mais agitados é começar passeando em uma frequência maior por um pequeno período de tempo até que o cãozinho cego ganhe mais confiança. Conforme ele vai se mostrando mais seguro, pode aumentar o tempo, mas sempre seguindo todas as dicas de como cuidar de um cachorro cego e respeitando seus limites. 

O cachorro cego pode usar uma sinalização que indique sua deficiência visual

Um cuidado que pode fazer toda a diferença é apostar em uma sinalização que indique que se trata de um pet com deficiência. Na coleira de identificação do cachorro, adicione a informação de que o cão é cego e precisa de cuidados em caso de fugas. 

O tutor também pode usar uma plaquinha visível no pescoço do cachorro durante o passeio. Por mais que o pet tenha outros sentidos que compensem a falta da visão, a aproximação de pessoas e outros animais pode assustá-lo. A sinalização vai indicar que aquele animal tem uma condição que demanda uma aproximação mais cuidadosa. O recomendado é sempre deixar o cachorro cheirar as mãos da pessoa estranha para que ele a conheça melhor pelo olfato.

Redação: Maria Luísa Pimenta

Edição: Luana Lopes

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