Os felinos têm um paladar seletivo e criterioso que exige alguns cuidados, principalmente quando o assunto é trocar a ração de gato. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, esse é um processo que não pode acontecer de uma hora para outra, ou isso pode causar a rejeição do novo alimento.
Então qual é o jeito certo de fazer essa mudança? Como trocar ração para gato filhote por uma ração para gato adulto, por exemplo? Para não ter erros, a médica veterinária Andresa Esteves passou algumas orientações importantes. Confira a seguir!
Os principais erros na hora de trocar a ração de gatos
Cuidar da alimentação felina é uma das melhores formas de garantir saúde e qualidade de vida aos bichinhos. Por isso, é normal querer mudar a ração de gato por uma de melhor qualidade, ou até mesmo para respeitar a faixa etária e condições de saúde do pet. O problema é fazer isso do jeito errado.
De acordo com Andresa, existem três erros bastante comuns que os tutores cometem na hora de trocar a ração de gatos, que são:
- Não fazer a transição alimentar gradativa
- Misturar os alimentos, forçando a transição
- Não fornecer a quantidade ideal
Por isso, se você está passando por um momento em que deseja trocar a ração para filhote de gato por uma ração para gato adulto, ou até mesmo por uma ração de gato castrado, é importante não se deixar levar por esses erros.
Como trocar a ração de gato do jeito certo?
Conforme a especialista orienta, a troca da ração de gatos deve ser feita por meio de uma transição gradual. O tutor deve usar medidas que equivalem a ¼ do alimento atual e ¼ do novo alimento, aumentando a proporção da ração nova gradativamente e diminuindo a da ração antiga a cada 2 dias. Além disso, deve-se utilizar recipientes separados para cada alimento.
Para entender melhor as proporções, veja a imagem abaixo de Purina Institute:
A dra. Andresa ainda alerta que não se pode misturar os dois alimentos no mesmo recipiente. “Isso permite que os gatos escolham entre os alimentos em vez de serem forçados a fazer a mudança, o que pode diminuir o estresse”, explica.
Se tudo der certo, a troca para o novo alimento estará completa depois de 7 dias, mais ou menos. “Caso o animal tenha alguma predisposição a sensibilidade gastrointestinal, prolongar por 10 dias”, aconselha.
De quanto em quanto tempo pode trocar a ração de gatos?
O ideal é não trocar a ração com uma frequência tão grande, pois isso pode deixar o gato estressado. Os felinos são bem apegados com a rotina, então mudanças bruscas e frequentes — inclusive na alimentação — podem irritar o animal.
A médica veterinária sugere que a troca da ração aconteça nos seguintes casos:
- Quando não temos aceitação do alimento pelo pet (o gato não quer comer um determinado alimento);
- Seguindo a fase de vida, idade e estilo de vida de cada animal (idoso, adulto e filhote);
- De acordo com necessidades específicas (gato castrado ou não);
- Se houver patologias associadas (doenças que envolvem a alimentação, diagnosticadas pelo médico veterinário).
Ah, e vale lembrar que além da ração de gato, você ainda pode apostar em petiscos para diversificar a dieta do seu amigo de quatro patas, viu?!
Os snacks comerciais são os mais seguros, pois são formulados especialmente para esses animais. No entanto, petiscos ‘naturais’, como frutas, vegetais e outras opções também são possíveis — mas você deve saber o que gatos podem comer além de ração e consultar um veterinário antes de fazer qualquer alteração na alimentação do seu pet.
Meu gato não quer comer: o que fazer quando o animal recusa a nova ração de gato?
Trocar a ração de gato filhote por uma de gato adulto, ou a de um gato adulto por uma ração mais específica ou de marca diferente às vezes pode não ter o resultado esperado. Mesmo seguindo o passo a passo da troca, o animal parece simplesmente não se adaptar ao novo alimento e se recusa a comer. Então o que fazer nesses casos?
A principal dica da especialista é ter certeza de que a saúde do animal está em dia, fazendo um acompanhamento junto ao médico veterinário para descartar possível infecção ou doença. Outras dicas da dra. Andresa são: “Verificar se não existe nada de errado com o alimento, oferecer alimento sempre fresco e avaliar se houve alguma mudança de rotina do gato (fator de estresse)”.