O equilíbrio dos gatos tem um funcionamento intrigante. Todo mundo já deve ter ouvido falar que o gato sempre cai em pé, por exemplo. Mas por que isso acontece? Como a anatomia dos gatos permite isso? Os saltos de lugares altos, por exemplo, é uma cena típica do comportamento felino, só que o que poucos sabem é que tanto o equilíbrio quanto às quedas “em pé” só são possíveis graças a algumas partes do corpo do animal, como o bigode de gato e a coluna. Se você não sabe para que serve o bigode do gato e nunca se parou para pensar como as patas, garras e rabo interferem no equilíbrio dele, chegou o momento de descobrir.
Como o bigode do gato interfere no equilíbrio dele?
“O que acontece se cortar o bigode do gato?” é uma pergunta que levanta muita curiosidade por aí. Mas antes de tentar descobrir por conta própria quais são as consequências desse ato, é importante entender o motivo para não cortar o bigode dos felinos de jeito nenhum. Por mais que o bigode de gato não tenha nervo (o que significa que cortá-lo não vai necessariamente machucar seu amigo), interferir nessa parte do corpo dos felinos é algo que compromete (e muito) o equilíbrio deles.
O bigode do gato (que na verdade se chama vibrissas) nada mais é do que uma espécie de “sensor” de ambiente, que ajuda o bichano a ter uma maior noção espacial. É ele um dos responsáveis pelo gato conseguir determinar a distância entre as coisas. Sem as vibrissas, o animal pode ficar um pouco perdido e perder total ou parcialmente a noção de equilíbrio também. Sendo assim, o bichano fica impossibilitado de saltar como antes e até mesmo de andar sem esbarrar nas coisas.
Pata de gato e garras ajudam na locomoção e garantem a segurança do equilíbrio
Tão essenciais quanto o bigode, a pata e a unha de gato também desempenham uma função importante no equilíbrio dos felinos. Além de serem responsáveis pelo deslocamento, são as garras que ajudam a manter a segurança deles durante as escaladas, caminhadas ou até mesmo quando eles decidem ficar parados em cima de um muro. Então, pode-se dizer que a pata de gato sustenta alguns desses movimentos e é o que propicia ainda mais o equilíbrio dele em diversas situações.
E não para por aí: o gato possui uma estrutura muscular complexa e flexível, principalmente nas patas traseiras, com um mecanismo semelhante a uma mola (que estica e se contrai com facilidade), que é o que permite que ele tenha mais impulso para saltos mais altos. Tanto é que os felinos podem saltar até 7 vezes sua própria altura.
Orelha e rabo de gato são partes essenciais para auxiliar no direcionamento do animal
Se você reparar bem, sempre que um gatinho vai mudar de direção, o rabo dele indica esse movimento. É porque o rabo de gato também é uma estrutura que ajuda os gatos a se “localizarem” melhor no ambiente. Além disso, a orelha de gato também é outra região importante, porque nela contém um fluido que permite que o gato saiba em que posição ele se encontra: em pé, deitado, de cabeça para baixo. Inclusive, é por causa desse fluido que os felinos têm uma facilidade maior para cair em pé, já que eles percebem que a posição deles está errada e geralmente são capazes de corrigir isso antes de atingirem o chão. Mas, claro, eles precisam de uma altura mínima para conseguirem ter o tempo necessário de “virarem”, que é 30 cm. Acima disso, o gato sempre cai em pé.
Redação: Juliana Melo