Coprofagia é o nome do hábito que alguns cães têm de comer as próprias fezes. Essa mania desagradável preocupa os tutores e faz mal para a saúde do pet, pois os dejetos são um prato cheio de vermes e bactérias causadoras de doenças e até zoonoses. Algumas raças têm predisposição a essa prática e os motivos vão desde o comportamento do animal a questões nutricionais.
Se você está aqui, é bem provável que flagrou ou desconfia que o cachorro está ingerindo as próprias fezes. Para ajudar, separamos algumas informações sobre a coprofagia em cães, quais as raças com propensão a isso e como interromper esse hábito.
A coprofagia canina é mais comum em raças de pequeno porte
O cachorro cheirando as próprias fezes é um hábito normal e herdado dos seus ancestrais para avaliar a própria saúde, pois os dejetos contêm substâncias que mostram se está tudo bem no organismo canino. Não é à toa que eles farejam o xixi e cocô de outros animais: eles conseguem saber mais sobre o outro só com o cheiro. No entanto, o hábito de comer cocô (chamado de coprofagia canina), não é nada normal e algumas raças costumam fazer isso, principalmente aquelas de pequeno porte, como:
- Shih Tzu
- Spitz Alemão
- Grupos de Terrier pequeno
- Grupos de Hound menores
- Lhasa-Apso
- Maltês
- Yorkshire
- Pug
Mas outras raças de cachorro grande podem ter algum episódio de coprofagia. Até o Border Collie, conhecido por ser o cachorro mais inteligente do mundo, pode comer as próprias fezes. Nesse cachorro de porte grande, os motivos geralmente são nutricionais, e além dele, outras raças como o Samoieda, Labrador Retriever, Golden Retriever, Pastor de Shetland e o Pastor Alemão também podem consumir dejetos por alimentação incorreta.
Cachorro com coprofagia: causas estão relacionadas ao comportamento e alimentação
As maiores causas da coprofagia canina são comportamentais, por isso ela é mais comum em raças pequenas, que são vistas como submissas. Esses cães miúdos sentem a necessidade de esconder as próprias fezes, seja por vergonha ou por querer manter a higiene do lugar - daí, comem o cocô. Mas estresse, ansiedade e querer chamar a atenção do tutor (fatores que se manifestam em algumas raças menores) também são outros motivos.
Agora, quando a coprofagia em cães não é comportamental, as razões estão ligadas à alimentação do cachorro. Presença de vermes e as demandas nutricionais merecem ser investigadas, pois o cachorro pode comer as próprias fezes quando estão precisando de mais nutrientes (e encontram nos dejetos) ou quando estão comendo nutrientes até demais (daí, são induzidos a se alimentar das fezes devido ao odor ali presente). Doenças gastrointestinais e insuficiência hepática também resultam na prática - se o seu cachorro tem uma delas, é bom ficar de olho.
A coprofagia em cães causa graves consequências para a saúde
Independente dos motivos, é muito importante interromper esse hábito o quanto antes, pois cachorro que come fezes pode sofrer consequências gravíssimas na saúde. Ele tende a ter uma piora no quadro de verminose, podendo perder peso e sofrer de anemia. O cocô do cachorro também é repleto de bactérias e parasitas que causam alterações intestinais, resultando em doenças e até algumas zoonoses, como a giárdia canina.
Coprofagia canina: o que fazer para o cachorro parar de comer fezes?
A boa notícia é que a coprofagia canina tem cura. O tratamento dela vai direto na raiz do problema, ou seja, sempre se busca a origem dessa mania. Por exemplo, se o cão está comendo fezes por causa de vermes, é feita a aplicação de vermífugos para cessar o problema. Mas quando o motivo é nutricional, é interessante buscar um nutricionista veterinário para avaliar a melhor ração, bem como a quantidade diária ideal, para ele não comer mais cocô.
E quando a prática é comportamental, a terapia é um pouquinho diferente e a saída pode ser uma mudança de hábitos, só que não se descarta o uso de remédio. Coprofagia canina por conduta também pede solução em pó para deixar o odor das fezes desagradável para o cachorro. Remédios caseiros para cachorro parar de comer fezes também são válidos, mas devem ser recomendados por um veterinário.
Redação: Erika Martins
Edição: Mariana Fernandes