Em casos de obesidade canina, é muito comum que os tutores se questionem se vale a pena apostar em uma dieta para cachorro mais específica. O objetivo é fazer com que o animal perca peso, mas de maneira saudável e sem perder nutrientes importantes para a manutenção da saúde. No entanto, existem vários tipos de dietas, usadas para tratar diferentes problemas. Existe dieta para cachorro com colesterol alto, assim como existe dieta para cachorro emagrecer — mas são dietas diferentes.
Para entender melhor como fazer dieta para cachorro obeso, o Patas da Casa conversou e tirou dúvidas com a médica veterinária Nathalia Breder, que é nutróloga. Veja o que ela nos contou aqui embaixo e descubra qual a melhor dieta para cachorro que está acima do peso!
Em que casos a dieta para cachorro é indicada?
A dieta para cachorro não é indicada apenas em uma ocasião, mas em várias. É isso que explica a especialista: “Quando usamos a terminologia dieta, estamos falando de uma alimentação específica para tratar alguma doença, não necessariamente a obesidade. Ou seja, a dieta pode ser usada para diversas doenças, entre elas a obesidade, que é uma das doenças que mais crescem no meio pet.”
Dessa forma, quem pensa que a dieta para cachorro emagrecer é a mesma que uma dieta para cachorro com colesterol alto está enganado. De acordo com Nathalia, a alimentação voltada para cães com sobrepeso ou acima do peso até podem ser usadas para auxiliar no colesterol, mas não focam nisso. “São dietas com perfis diferentes e funções diferentes, portanto, um pet com obesidade terá uma alimentação diferente de um pet que possua a dislipidemia, que é a alteração do colesterol e outras taxas de gordura.”
Quais nutrientes são importantes em uma dieta para o cachorro emagrecer?
Para saber qual a melhor dieta para cachorro obeso, é importante saber quais nutrientes impactam positivamente ou negativamente no organismo animal. Conforme a veterinária destaca, uma dieta para emagrecimento é rica em proteína, baixa em carboidratos e rica em gordura. “Diferentemente dos humanos, os cães precisam (e toleram) muito a gordura; e o aumento de proteína, que é fonte de aminoácidos essenciais que dão sustentação aos músculos, garante a saúde física por completo.”
Por outro lado, o consumo excessivo de carboidratos pode atrapalhar a perda de peso. Ele não é um vilão isolado, mas é importante ficar atento com a alimentação de cachorro no dia a dia para evitar produtos que tenham um alto teor de carboidratos. Além disso, Nathalia complementa: “Temos que sempre prestar atenção na parte de suplementação de vitaminas e minerais, muitas vezes nos preocupamos com a perda de peso mas não adaptamos a suplementação de vitamina B12, Vitamina D3, Cromo, Cálcio, Zinco, Selênio, Cobre, entre outros.”
Como fazer dieta para cachorro adequada e balanceada sem excesso ou déficit nutricional?
Apostar em uma alimentação saudável para cachorros não é difícil, mas é sempre indicado ter uma orientação nutricional, principalmente em casos de obesidade canina. É o que sugere a especialista: “Em primeiro lugar, é necessário procurar um nutrólogo veterinário ou nutricionista pet. Ele saberá analisar a condição do pet e criar um plano de emagrecimento que pode ser baseado em rações específicas para este fim como também elaborar planos de alimentação natural caseira. Uma dieta equilibrada é composta por alta proteína, moderada gordura e baixa em carboidratos, suplementada de forma adequada e rica em fibras.”
Alimentação de cachorro aliada a outros hábitos saudáveis é fundamental para o emagrecimento
Além de uma dieta para cachorro emagrecer — orientada por algum profissional especializado —, também existem outros pequenos hábitos que auxiliam bastante no processo de emagrecimento do animal. Algumas dicas de Nathalia Breder são apostar em frutas para cachorro — como melão e maçã — e vegetais — como chuchu, abobrinha e berinjela cozidas —, mas sempre com moderação. Talos de alface e pepino geladinho também servem como um bom petisco.
Também é importante sempre passear com o cachorro, pelo menos 30 minutos na parte da manhã e 30 minutos na parte da noite. É sempre bom fazer o pet se movimentar, mas prestando atenção e respeitando os limites do animal. Por último, a profissional alerta: “Não altere a alimentação por conta própria, isso pode gerar deficiência nutricional e alteração do metabolismo do pet, além da perda de massa magra.”