Passear com cachorro é uma atividade fundamental na rotina de todo animal. As caminhadas estimulam a prática de exercícios físicos, previnem a obesidade, diminuem a ansiedade, permitem a socialização com outros animais e ainda gastam a energia acumulada do pet. Mas para que o passeio seja seguro e agradável para o animal, é fundamental tomar alguns cuidados básicos, especialmente nos dias mais quentes.
O primeiro deles é em relação ao horário do passeio. O recomendado é que os passeios com o cão sejam realizados antes das 9h da manhã ou após as 17h da tarde, e há um motivo para isso. Passear com cachorro entre esses horários, nos períodos mais quente do dia, representa um grande perigo para a saúde dele. Entenda a seguir por que você não deve sair na rua com seu cachorro entre as 9h e 17h!
Passear com cachorro no calor é um perigo para a saúde do pet
Passear com cachorro diariamente traz uma série de benefícios para o pet, e é exatamente por isso que eles não devem ser deixados de lado pelo tutor. No entanto, para a segurança e integridade física do animal, é importante respeitar algumas regras fundamentais. A primeira delas é passear com cachorro em horários adequados, especialmente no verão.
Sair com o animal entre 9h e 17h é perigoso e imprudente por várias razões. Assim como os humanos, os cachorros sentem calor, mas as altas temperaturas podem ser ainda mais perigosas para eles. Isso ocorre porque os cães regulam a temperatura corporal principalmente pela respiração, mas o calor excessivo pode dificultar esse processo e deixá-los ofegantes.
Como consequência, a temperatura do animal pode aumentar rapidamente e causar a hipertermia em cães. O aumento da temperatura corporal ocorre quando o cachorro não consegue resfriar o corpo adequadamente, o que pode resultar em sintomas graves, como perda de equilíbrio, convulsões, confusão mental, tontura e tremores. Em casos mais graves, pode levar o animal à morte em poucos minutos.
Mas antes disso acontecer, é importante o tutor estar atento aos sinais do cachorro com calor. Sintomas mais comuns são:
- respiração ofegante e rápida
- salivação excessiva
- língua roxa
- gengivas vermelhas
- letargia
- fraqueza
- desidratação
Os efeitos do calor são ainda mais intensos no caso de um cachorro braquicefálico, que possui os orifícios nasais em tamanho reduzido, como é o caso do Bulldog Francês e do Pug. Por apresentar essa anatomia diferente, eles naturalmente possuem maior dificuldade para respirar. Cachorros pequenos peludos ou que apresentam uma dupla camada de pelos, como o Lulu da Pomerânia, também apresentam a mesma dificuldade para fazer a regulação térmica.
Esses são os riscos de passear com o cachorro no calor
O cachorro sente calor e pode sofrer bastante com as altas temperaturas e exposição solar. Além disso, os passeios em horários inadequados podem provocar problemas desconfortáveis e dolorosos para o pet. Por isso, o recomendado é passear com o cachorro nos horários de menor incidência solar. Confira a seguir os principais riscos de passear com cachorro em horários inadequados (entre as 9h da manhã e 17h da tarde):
- Queimaduras na pata do cachorro
- Insolação
- Desidratação
- Hipertermia
- Falta de ar
- Morte
Veja quais cuidados tomar ao passear com cachorro
Independente do horário, existe uma série de cuidados que o tutor deve tomar antes de passear com cachorro, especialmente no calor. Mesmo que os passeios sejam realizados nos horários permitidos, não se pode esquecer que o cachorro sente calor. Confira a seguir alguns cuidados a se tomar ao passear com o cachorro em dias quentes:
- Hidratação: durante os passeios, o cachorro precisa beber água para se hidratar. Uma dica é levar um pote para cachorro e a água em uma garrafa térmica para manter a temperatura gelada;
- Protetor solar: passar o protetor solar para cachorro passear nos dias quentes é fundamental para proteger a pele do animal e prevenir contra queimaduras. Esse cuidado é ainda mais importante em cães de pele sensível ou com pouca pelagem;
- Acessórios nas patas: se o pet não se incomoda em usar sapato para cachorro, essa pode ser uma ótima alternativa para prevenir desconforto nas patas;
- Opte por passear com cachorro na sombra ou grama: se possível, dê preferência em passear com o cachorro em locais com sombra e grama;
- Atenção a temperatura do chão: mesmo passeando nos horários permitidos, é importante sempre testar como está a temperatura do asfalto. Para fazer isso, basta colocar o dorso da mão em contato com o asfalto. Se você aguentar até 10 segundos o contato da mão com o asfalto, significa que as patas do cachorro não vão se queimar;
- Cuidado com passeios de carro: evite que o cachorro fique exposto ao sol durante os trajetos de carro e, em hipótese alguma, o deixe dentro do carro sozinho, mesmo que seja por poucos minutos.
O que fazer para ajudar o cachorro a lidar com o calor excessivo?
Se você reparar o cachorro ofegante, salivando muito, com a língua roxa e apático, isso já demonstra o desconforto térmico com o calor. Se os sinais forem ainda mais graves, como desorientação, cachorro vomitando, tremendo ou convulsões, isso indica que ele está tendo um caso de hipertermia.
Nesse caso, o tutor deve agir imediatamente para ajudar o pet antes de levá-lo ao veterinário. O recomendado é retirar o animal do ambiente quente e resfriar o corpo do cachorro. Para fazer isso, você deve imergir ou molhar o corpo do animal em água fresca (não gelada). Também é recomendado oferecer água gelada e gelo para diminuir a temperatura corporal. Depois disso, quando o animal começar a respirar melhor, leve-o para o veterinário imediatamente. Os médicos vão avaliar o estado geral do pet e indicar os melhores cuidados!
