O gato emagrecendo sem motivo aparente dificilmente vai ser um bom sinal. No primeiro momento, os tutores podem até achar que o emagrecimento não é nada demais e não representa nenhum risco. Porém, essa mudança repentina no peso do bichano pode indicar uma doença perigosíssima que, se não tratada a tempo, pode comprometer a saúde e a qualidade de vida do animal pelo resto da vida. Descubra a seguir o que pode estar por trás desse sintoma e o que fazer para evitar essa doença de gato!
Razões que explicam um gato emagrecendo repentinamente
“Meu gato não quer comer e está emagrecendo”: quem nunca ouviu um tutor de gato se queixar desse problema? O gato emagrecendo, que para de comer, é um sinal claro de que algo não anda bem com o organismo felino. O problema é que esse sintoma é comum a vários quadros, o que pode deixar o tutor confuso.
Veja quais são as razões que explicam porque o gato emagreceu de repente:
- Transtornos psicológicos, como depressão, estresse e ansiedade
- Problemas gastrointestinais causados por alergias alimentares, doenças inflamatórias ou presença de corpo estranho
- Doenças sistêmicas, como a diabetes e o hipertireoidismo em gatos
- Presença de parasitas intestinais, como verme de gato
- Bolas de pelos em gatos
- Problemas com a ração para gatos, como desinteresse pelo sabor ou textura do alimento
Gato emagrecendo é sintoma de um problema gravíssimo
Além de todas as razões citadas acima, o gato emagrecendo também é sintoma de um problema gravíssimo que afeta a saúde do felino: a doença renal crônica em gatos. Também chamada de DRC, essa doença é caracterizada por lesões nos rins que impedem o funcionamento adequado do órgão. Essas lesões afetam os néfrons, pequenas estruturas responsáveis pela filtração de toxinas e formação da urina.
Essas toxinas presentes no corpo do animal, como a ureia, creatinina e ácido úrico, acabam se acumulando, o que afeta o funcionamento dos rins, provocando sintomas que podem passar despercebidos por alguns tutores. Confira quais são os principais sintomas doença renal em gatos:
- Gato emagrecendo repentinamente;
- Xixi de gato com cor mais clara;
- Diminuição do apetite;
- Aumento da frequência de micção;
- Gato vomitando;
- Xixi de gato com cheiro de acetona;
- Apatia.
Ao identificar qualquer um desses sinais, não deixe de levar o gatinho para uma consulta com o médico veterinário. Se o problema não for tratado no início, o quadro pode evoluir para uma insuficiência renal em gatos, condição grave que exige cuidados pelo resto da vida. Para você ter ideia da gravidade da situação, um gatinho diagnosticado com insuficiência renal precisa fazer hemodiálise, uma terapia na qual uma máquina ajuda os rins temporariamente a filtrar o sangue e eliminar toxinas.
A doença renal em gatos pode ser congênita ou adquirida
Infelizmente, a doença renal em gatos é muito mais comum do que você imagina. Ela pode ser congênita, quando o gatinho já nasce com ela, ou adquirida ao longo da vida. No primeiro caso, esse problema geralmente se desenvolve porque os rins não apresentam tamanhos similares ou não foram desenvolvidos adequadamente.
Já no segundo caso, existem várias causas por trás da doença renal em gatos. O mais comum é o envelhecimento do animal, pois na medida que envelhecem, as células deixam de funcionar adequadamente, o que compromete o funcionamento do órgão. No entanto, outros problemas também podem contribuir para esse quadro, como hipertensão, medicação errada e doenças bacterianas como FIV e FeLV.
Como tratar a doença renal em gatos?
Infelizmente, não é possível alcançar a cura com o tratamento da doença renal em gatos. O que os médicos veterinários podem fazer para ajudar o gatinho é controlar a evolução do quadro com algumas medidas. A fluidoterapia em gatos, por exemplo, é essencial para aumentar o nível de hidratação do felino e evitar que o quadro piore. O gato também pode precisar de vitaminas e do ômega 3 para complementar o tratamento, mas eles só devem ser oferecidos com prescrição médica.
Como a doença renal em gatos não tem cura, o gatinho vai precisar de consultas com um médico nefrologista pelo menos a cada quatro meses, pelo resto da vida. Esse é um cuidado essencial para evitar a progressão do quadro, pois é com acompanhamento veterinário que o tutor vai saber se o animal está bem ou não.
Além desses cuidados, provavelmente o veterinário também vai indicar uma ração para gato renal que ajuda a complementar o tratamento. Diferente das rações tradicionais, a para gato renal possui níveis de proteínas, sódio e fósforo ajustados, o que evita a rápida evolução do quadro.
Veja como prevenir a doença renal em gatos
Apesar do gato emagrecendo parecer inofensivo, isso é extremamente perigoso para o felino. Esse é um dos primeiros sinais da doença renal em gatos, mas existem formas de prevenir que o animal desenvolva esse problema. Uma alimentação de qualidade, usando rações premium e super premium, por exemplo, é fundamental para fortalecer a imunidade do gato contra doenças.
Incentivar a hidratação felina também é uma excelente maneira de evitar a DRC. O tutor pode fazer isso investindo em uma fonte de água para gatos ou até apostado em uma ração úmida (ou sachês). Além disso, as consultas regulares com o veterinário são fundamentais para garantir que a saúde do pet esteja em dia e também para detectar a doença precocemente.