Gato

Intoxicação em gatos por medicamentos: saiba os perigos e o que fazer

Publicado - 19 Abril 2024 - 18h24

Atualizado - 19 Abril 2024 - 18h26

Foto da Vansessa Zimbre - Veterinária especializada em Medicina Felina

Vanessa Zimbres / Veterinária especializada em Medicina Felina

CRMV CRMV: SP 19672

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia; pós-graduada em Medicina de Felinos pela Universidade Anhembi Morumbi. Especializada em Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos pela Universidade Castelo Branco. Membra da AAFP (American Association os Feline Practitioners).

Foto da Juliana Melo - Repórter

Juliana Melo / Repórter

Jornalista formada pela Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Sempre amei o universo pet e meu sonho sempre foi ter um cachorro ou gato, mas essa ainda é uma realidade um pouco distante pra mim. Me sinto um pouco Felícia perto dos bichinhos, e acho fantástico poder entender um pouco melhor o comportamento deles e ajudar tantos tutores por aí!

A oportunidade de entrar na equipe do Patas da Casa foi incrível, porque apesar de não ter um pet, sempre tive muita vontade de conhecer e compreender melhor esse universo. Hoje me sinto praticamente uma ‘expert’ em comportamento de cães e gatos e uma das maiores incentivadoras da adoção animal.

• Filme com animal preferido: “Sempre ao Seu Lado”
• Uma raça de cachorro: Dachshund
• Uma raça de gato: Maine Coon
• A curiosidade favorita sobre cachorros: A maneira como um cão se comporta depende principalmente da criação que ele recebe
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos enxergam os humanos como seus semelhantes (basicamente como se fôssemos gatos gigantes)
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar um cachorro ou gato é uma das decisões mais bonitas que alguém pode tomar, mas que precisa ser feita com muita responsabilidade
• Nome de pet favorito: Bilbo

A intoxicação em gatos pode acontecer por diferentes motivos. Um deles é a administração errada de medicamentos. O organismo dos pets é bem diferente do nosso, e por isso remédios humanos não costumam ser recomendados para os animais. Há exceções, como a dipirona para gatos, mas até mesmo o uso desse analgésico sem indicação veterinária pode ser um risco. 

E o que fazer nos casos de um gato intoxicado? Qual é a melhor saída para tentar salvar a vida do bichano? Para entender como lidar com esse tipo de situação, o Patas da Casa conversou com Vanessa Zimbres, médica veterinária especialista em gatos.

Intoxicação em gatos por medicamentos é um problema sério

Qualquer tipo de medicamento administrado em animais de estimação precisa de orientação profissional. Isso porque, conforme a veterinária explica, os gatos metabolizam as medicações de maneira diferente de pessoas e até mesmo de cães. “Até mesmo medicamentos de uso veterinário prescritos para cães podem ser tóxicos para gatos independente da dose administrada”, alerta.

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Você tem pets?

Sobre os motivos que podem levar à intoxicação em gatos, a profissional comenta: “Os medicamentos que mais causam intoxicações em gatos, infelizmente são administrados pelo próprio tutor na tentativa de tratar por conta própria algum sintoma que o gato possa estar apresentando, como dor e desconforto. Porém, gatos são curiosos e também podem ingerir medicamentos por acidente, embora menos comum.”

gato deitado ao lado de várias pílulas de remédio
O gato intoxicado por medicamentos precisa de atendimento veterinário imediato

Quais medicamentos podem deixar o gato intoxicado?

A intoxicação por nimesulida em gatos é uma das mais perigosas, mas esse não é o único fármaco que pode fazer mal aos pets. “Os medicamentos que mais comumente causam intoxicação em gatos são os anti-inflamatórios como nimesulida e diclofenaco, paracetamol, antidepressivos, azul de metileno, fenazopiridina e enemas fosfatados”.

Além disso, como já foi dito, remédios de cachorro também podem ser tóxicos para felinos, como o spray prata e outros produtos antiparasitários à base de permetrinas e piretróides. Portanto, é importante ter muito cuidado com o risco de intoxicação por spray prata em gatos e produtos do tipo. 

Por outro lado, existem medicamentos, como a dipirona, que podem ser seguros e eficazes para os gatos. Porém, mesmo nesses casos, é fundamental respeitar a dose e frequência da administração indicada para a espécie. “Eu sempre cito que o que diferencia o veneno do antídoto é a dose”, relata Vanessa.

O que acontece se der dipirona demais para gato?

Mesmo que a dipirona para gatos seja liberada, é importante ter cuidado com o medicamento. Para saber qual a dosagem de dipirona para gatos, por exemplo, é necessário seguir a prescrição médica de um veterinário de confiança. Evite sempre a automedicação.

Como o gato fica quando está intoxicado?

Um gato envenenado costuma apresentar vários sintomas, geralmente envolvendo o sistema gastrointestinal dos felinos. Ou seja, um gato vomitando, com enjoo, diarreia e até cólicas já é um alerta. Outros sinais que indicam a intoxicação em gatos são sintomas neurológicos, como tremores, desorientação, paralisia, convulsões e perda de consciência. 

Um dos maiores riscos da intoxicação em gatos é que pode ser fatal, dependendo do medicamento administrado e da dosagem. “Os efeitos podem ser decorrentes de intoxicações do trato gastrointestinal, hepático, renal e neurológicos, apresentando vômitos e diarreia às vezes até com sangue, fraqueza, anemia, convulsões, insuficiência renal e morte”, alerta.

Como reverter a intoxicação em gatos?

“Se você suspeita que seu gato está intoxicado ou tem certeza de que pode ter havido uma intoxicação, a busca por atendimento veterinário de urgência é fundamental. Quanto mais informações o veterinário tiver do acidente, melhor será o manejo hospitalar desse felino”, orienta a médica veterinária especialista em gatos. Também é importante evitar qualquer tipo de manejo por conta própria, já que somente um profissional é capaz de reverter quadros de intoxicação.

Outra orientação da profissional é não ficar esperando para ver se o gato melhora. “Mesmo que ele não demonstre sintomas tão evidentes, seus órgãos estão sofrendo e os sintomas virão a longo prazo”, finaliza.

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