A campanha do novembro azul pet é tão importante quanto a campanha do outubro rosa. Isso porque, assim como acontece com os humanos, cães e gatos também podem desenvolver câncer de próstata, e o diagnóstico precoce é a melhor maneira de garantir a recuperação dos animais. Para entender melhor sobre esse tipo de câncer em cachorro e gato, conversamos com o médico veterinário Lucas Oliveira. Veja abaixo o que ele nos disse!
Novembro azul pet: o câncer de próstata em cachorro e gato precisa de atenção
Conforme Lucas ressalta, o novembro azul pet é uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. “Muitas vezes o câncer de próstata é diagnosticado quando está em um estágio avançado. No entanto, quanto antes a doença é diagnosticada, mais efetivo é o tratamento e melhores as chances de cura, o que leva a redução das complicações e aumento da qualidade de vida dos pets”, explica.
Câncer de próstata em cães e gatos tende a ser agressivo
Existem diferentes tipos de câncer em cachorro e gato. O de próstata, embora não seja tão comum quanto o câncer de mama, chama a atenção por causa da agressividade do tumor. É o que conta o médico veterinário: “O câncer de próstata tem um comportamento agressivo e é mais comum na espécie canina do que na espécie felina, e os cães idosos de porte grande acabam tendo uma predisposição maior a desenvolver a doença.”
Sintomas do câncer de próstata em cachorro e gato
Conseguir identificar quando você tem um cachorro ou gato doente é muito importante, especialmente quando falamos de doenças tão perigosas como o câncer. Por isso, no novembro azul pet, é fundamental ficar atento a qualquer sinal de problema, principalmente sintomas associados a alterações no trato urinário.
De acordo com o especialista, os principais sintomas de câncer de próstata em cães e gatos são:
- Dificuldade para urinar
- Presença de sangue na urina
- Incontinência urinária
- Fezes com formato irregular (devido a compressão do reto por causa do volume da próstata)
- Dificuldade de locomoção
- Andar enrijecido
- Inchaço dos membros pélvicos
Sobre o diagnóstico, Lucas esclarece: “O diagnóstico é feito por meio do histórico, sinais clínicos apresentados e palpação da próstata por meio do reto. Além disso, temos exames complementares, como exames de sangue, ultrassom e biópsia para realização de citologia e histologia, que permitem a identificação de células neoplásicas.”
Existe cura para esse tipo de câncer em cães e gatos?
O tratamento indicado para o câncer de próstata em cachorro ou gato vai depender do estágio em que a doença está. “Em estágios iniciais recomenda-se a remoção da próstata (prostatectomia), no entanto, em estágios mais avançados, com metástase, não há cura para o câncer de próstata”, revela o profissional.
Além disso, o médico veterinário ainda acrescenta que, por se tratar de uma neoplasia agressiva, alternativas como a quimioterapia e a radioterapia não conseguem aumentar o tempo de sobrevida e o prognóstico é ruim.
Novembro azul pet: castração é a melhor prevenção
A castração de cachorro e gato é capaz de trazer vários benefícios para esses animais. Um deles, inclusive, é a prevenção do câncer de próstata. Segundo o dr. Lucas, a castração é efetiva porque ajuda a evitar diversas alterações na próstata, como infecções, abscessos, cistos e hiperplasia prostática benigna (o aumento do tamanho da glândula, que é a alteração mais comumente observada na clínica).
Por ser uma cirurgia super recomendada, uma dúvida comum entre os tutores é: quando castrar gato ou cachorro? Sobre isso, o especialista responde: “O momento ideal depende do porte do animal e pode ter uma pequena variação de um indivíduo para outro, mas em geral cães e gatos podem ser castrados a partir de 7 meses, que é quando atingem a maturidade sexual.”
Além da castração, o exame de toque periódico é outra maneira de aderir à campanha do novembro azul pet e prevenir o câncer de próstata em cães e gatos. “Consiste na realização de toque retal associado com uma palpação abdominal para determinar o tamanho da glândula e presença de dor. Exames de imagem como a ultrassonografia também permitem identificar características que muitas vezes passam despercebidas na palpação”, orienta Lucas.