A rinotraqueíte felina é uma doença de gato contagiosa que afeta o sistema respiratório e exige atenção. Muitas vezes os sinais desta condição podem passar despercebidos pelos tutores, principalmente nos estágios iniciais. Para entender melhor essa patologia e esclarecer algumas dúvidas comuns, conversamos com a médica veterinária Vanessa Zimbres, que é especialista em gatos. Confira o que ela nos disse!
Gato espirrando não é o único sinal de rinotraqueíte felina
De acordo com Vanessa, os primeiros sinais clínicos da rinotraqueíte felina podem ser sutis e muitas vezes os tutores não percebem de imediato. "Os gatinhos, antes de apresentarem espirros, podem apenas diminuir a ingestão de alimentos ou mudar o comportamento ficando mais quietos", revela a especialista. Em muitos casos, os donos associam os espirros a uma gripe comum, mas é importante observar também a diminuição do apetite e o comportamento mais letárgico do gato, que são indicativos dessa doença.
Vale destacar que o gato espirrando pode ser um dos sintomas mais evidentes, mas não é o único. A rinotraqueíte felina também pode causar secreções nasais, tosse e, em casos mais graves, até complicações oculares. É importante buscar orientação veterinária se o seu gato apresentar qualquer um desses sintomas.
Como a rinotraqueíte é transmitida?
Conforme a médica veterinária explica, o vírus responsável pela rinotraqueíte felina se propaga principalmente através dos aerossóis, ou seja, pelos espirros dos gatos infectados. "Esses espirros não precisam necessariamente apresentar secreções", alerta Vanessa.
Já o maior fator de risco é a convivência com outros gatos, especialmente em colônias ou gatis, onde o contato frequente facilita a disseminação da doença. Portanto, se você tem mais de um felino em casa, é essencial estar atento a qualquer sinal da rinotraqueíte para evitar que o vírus se espalhe rapidamente entre os animais.

A rinotraqueíte felina tem cura?
Uma das maiores dúvidas dos tutores é se a rinotraqueíte felina tem cura. Sobre isso, a especialista explica: "Uma vez que o gato contrai o vírus, ele nunca mais é eliminado do organismo e causa a doença quando o animal passa por períodos de estresse e imunodepressão. O uso de antivirais somente encurta o ciclo da doença, mas não são capazes de eliminar o vírus do organismo".
Isso significa que, embora os sintomas possam ser controlados, o vírus permanece no corpo do animal e pode se manifestar em momentos de estresse ou quando o sistema imunológico estiver enfraquecido. “A vacinação é extremamente importante para controle desses sinais clínicos, mas ela também não impede o gato de contrair o vírus”, destaca.
Rinotraqueíte felina: tratamento deve ser indicado por especialista
Quanto ao tratamento, rinotraqueíte felina deve ser avaliada e diagnosticada por um profissional antes de qualquer medida . A veterinária Vanessa recomenda melhorar a imunidade do gato, o que inclui uma boa alimentação e a redução do estresse. "Os demais sinais clínicos dependem da gravidade da doença e infecções oportunistas que podem incluir o uso de antiinflamatórios, antiviral, antibiótico e suplementos vitamínicos. Alguns animais podem, inclusive, receber mais uma dose de vacina para auxiliar o sistema imune a controlar a doença", sugere a especialista.
Como prevenir a rinotraqueíte felina em gatos?
A prevenção é a chave para manter seu gato saudável e livre da rinotraqueíte felina. A primeira medida é garantir que ele esteja com as vacinas de gato em dia. Além disso, é importante evitar que ele tenha contato com gatos doentes ou que morem em ambientes com grande concentração de animais, como colônias.
A especialista ainda acrescenta: “Uma forma simples de prevenção é fortalecer o sistema imune do gatinho. Investir em um bom alimento é primordial e mais fácil do que fazer suplementos por via oral que podem, inclusive, causar mais estresse.”