Existem diversas dúvidas por trás do teste de FIV e FeLV: preço, como fazer, quando fazer e se o resultado é seguro. Esse último tópico é o que mais chama atenção dos tutores, pois ambas são doenças perigosas que colocam a saúde do animal em risco. Um diagnóstico precoce pode auxiliar no tratamento e garantir mais qualidade de vida do animal positivo. Porém, ainda há considerações sobre a veracidade desse exame. Assim como a maioria dos testes sorológicos, muitas vezes é necessário fazer uma nova testagem como contraprova. Principalmente em casos de teste FIV e FeLV falso negativo ou positivo. É interessante, ainda, observar os sinais clínicos do gato para somar ao resultado final do exame. Entenda mais abaixo.
Teste de FIV e FeLV pode dar falso-positivo/negativo?
O teste de FIV (Vírus da imunodeficiência felina - AIDS felina) e FeLV é sorológico e avalia a presença de anticorpos ou antígenos das duas doenças por meio da amostra sanguínea do gato. O resultado é imediato e com controle de fácil leitura. Ele custa em média 150 reais e boa parte das clínicas veterinárias contam com esse serviço, que está disponível em dois tipos: PCR e teste rápido. Uma dúvida bem comum é “teste rápido FIV e FeLV como fazer”. Independente do tipo de teste, o recomendado é fazer com o auxílio de um profissional que vai avaliar a necessidade de uma contraprova.
Infelizmente, ainda não há vacinas contra a FIV e a imunização contra a FeLV não trata um gato positivo. Então, a testagem é a melhor forma de cuidar do animal.
A partir de que idade o gato pode fazer teste de FIV e FeLV
As doenças FIV e FeLV são transmitidas por meio do contato com a saliva, fezes, sangue e urina dos gatos. Portanto, um gato recém-nascido pode ser infectado pela mãe na hora do parto ou durante a amamentação. Por isso é tão importante fazer o teste dos filhotes. Além do tratamento precoce que vai garantir mais saúde, é necessário isolar o gato positivo dos demais felinos da ninhada.
Porém, o teste não deve ser feito logo que o gato nasce. Para evitar falso-negativo ou positivo no teste de FIV e FeLV, o médico veterinário Lawrence Cormack recomenda a avaliação a partir dos dois meses. Ambas doenças são de difícil detecção no começo, pois os anticorpos estão em níveis baixos.
Outro detalhe sobre quando fazer o teste de FIV e FeLV, é que a FeLV é dividida em quatro fases: abortiva, regressiva, latente e progressiva. E nem todas podem ser detectadas no teste rápido. O veterinário explica: “Um fator complicador no diagnóstico de FeLV é que nem todas as fases são detectadas pelos métodos sorológicos. Nas infecções regressiva, focal e abortiva, o antígeno p27 não está circulante, e esses felinos apresentam resultado falso-negativo nos testes sorológicos. Nessas situações, a única metodologia capaz de identificar o DNA proviral é a PCR.”
Teste rápido FIV e FeLV deve ser feito periodicamente para mais segurança
Não é só o filhote de gato que passa pelo teste de FIV e FeLV. Gatos adultos devem passar por ele frequentemente, principalmente nos seguintes casos:
- Gato que não é criado em lar telado e dá as famosas “voltinhas” (que são perigosas);
- Gato que fugiu e foi resgatado de volta;
- Gato recém-adotado;
- Gatos positivos e negativos que moram na mesma casa;
Em todo caso, durante a anamnese das visitas veterinárias, o profissional pode indicar a necessidade do teste, além da frequência de testagem. Também é importante frisar que o isolamento durante uma nova adoção não só evita o contágio dessas doenças, como também evita o estresse entre os felinos. Além da transmissão da mãe para o filhote, brigas, contato com urina, fezes de outro gato infectado e compartilhamento de bebedouros e comedouros podem passar a doença de um para o outro.
FIV e FeLV são doenças que comprometem a saúde do gato
Independente do falso negativo ou falso positivo, FIV e FeLV são doenças que merecem atenção. A FIV Felina (Vírus da imunodeficiência felina) ou simplesmente AIDS felina, é uma doença que, apesar do nome, não é uma zoonose. Já a FeLV é conhecida como Leucemia Felina, pois causa desnutrição e uma piora de infecções. Ou seja, as duas afetam a imunidade do gato e qualquer condição pode se tornar um grande problema.
Os sintomas podem ser assintomáticos e se apresentar em estados avançados. A anemia é um indício clássico, mas o gato também pode apresentar dificuldades para respirar, febre constante, problemas no estômago, entre outros. O comportamento também sofre mudanças bruscas e o felino fica sem energia e ainda perde o apetite. Ambas doenças não têm cura e impactam diretamente na saúde geral do gato, bem como na expectativa de vida dele, sendo duas das doenças de gato mais perigosas.
Redação: Erika Martins
Edição: Luana Lopes