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Terapia assistida por animais: o que é, indicações e o que é preciso para ser gato ou cachorro terapeuta

Publicado - 25 Maio 2022 - 16h04

Atualizado - 20 Maio 2024 - 10h10

Você sabe o que é a terapia assistida por animais? A prática não é exatamente nova, mas vem conquistando um espaço significativo na medicina contemporânea. Não é para menos: o contato com animais traz, comprovadamente, inúmeros benefícios para a saúde e é capaz de auxiliar no tratamento de diversas doenças e transtornos, otimizando os resultados e contribuindo para o bem-estar dos pacientes. O melhor de tudo é que a pet terapia não se limita a idade, então crianças, adultos e idosos podem se beneficiar, desde que tenham indicação médica.

Se você se interessou pelo assunto e quer saber mais sobre a TAA, significado, como funciona, indicações e benefícios desta prática, o Patas da Casa está aqui para ajudar! Reunimos nesta matéria as informações mais importantes sobre a terapia com cachorros e gatos para tirar todas as dúvidas!

O que é TAA (Terapia Assistida por Animais)?

A terapia assistida por animais, também chamada simplesmente de TAA ou pet terapia, é uma metodologia que consiste em usar a companhia de animais de estimação - como cachorros e gatos - como coadjuvante no tratamento de algumas doenças. A prática, que deve ser acompanhada e orientada por profissionais de saúde, tem o objetivo de promover o bem-estar físico, emocional, cognitivo e social do paciente.

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Muitas vezes a TAA é usada em situações de hospitalização, quando o paciente precisa ficar afastado da sua rotina por um período prolongado ou passa por algum tratamento mais invasivo, como é o caso de vários tipos de câncer. O contato com animais domésticos traz uma sensação de conforto e tranquilidade, e ajuda a desviar o foco da doença. Outras situações também podem demandar esse contato frequente mesmo sem a necessidade de hospitalização, como é o caso de alguns transtornos psicológicos - como no tratamento de depressão e ansiedade - e idosos que vivem em casas de repouso, por exemplo.

O cachorro e gato atuam como agentes terapêuticos e recebem o nome de “co-terapeutas”, mas somente a companhia deles não é suficiente para ajudar no tratamento de doenças e transtornos se não houver o devido acompanhamento médico.

Como funciona a terapia com cachorros e gatos?

A pet terapia pode ser feita de diferentes formas. Dependendo do problema a ser tratado, é possível ter sessões individuais ou em grupos, semanais ou quinzenais, geralmente com intervalos previamente estabelecidos. Em outros casos, a família do paciente adota um cachorro ou adota um gato e assume todos os cuidados e responsabilidades que o animal de estimação demanda. Tudo vai depender principalmente das condições e indicações de cada caso.

Em ambientes hospitalares, normalmente a TAA é oferecida por meio de empresas especializadas e de tutores que se inscrevem nesse tipo de projeto. Sim, é possível levar seu próprio animal para fazer parte desta iniciativa, mas antes de começar “o trabalho” é necessário fazer um check-up completo da saúde do cachorro ou gato para saber se ele está em boas condições para exercer a função de pet terapeuta. Além disso, os animais também passam por uma avaliação comportamental, pois precisam seguir alguns critérios antes de entrar para a TAA.

 

Gato cinza e branco e tutora em momento de afeto juntos
Pet terapia: companhia de cães e gatos melhora bem-estar dos pacientes e traz vários outros benefícios

 

Em que casos a TAA pode ser indicada?

 

A terapia assistida por animais não atende somente um público, mas vários! Ela é muito comum para ajudar pessoas de diferentes idades, desde os mais jovens até os mais idosos. A fisioterapia com o auxílio dos pets, por exemplo, tem demonstrado resultados significativos, especialmente no caso de crianças com dificuldades físicas e/ou motoras. Pelo que se pode observar, ter um cachorro ou gato do lado ajuda a descontrair o momento e faz com que a pressão seja menor. O mesmo vale para pacientes com síndrome de Down, que apresentam uma melhora evidente em vários aspectos, inclusive na questão da socialização. 

Pacientes da terceira idade também costumam se beneficiar da prática, em especial idosos hipertensos que moram em asilos e casas de repouso. A presença de animais de ajudar no controle dos níveis de pressão e proporciona momentos de relaxamento e felicidade para os mais velhos. Isso foi constatado por uma pesquisa realizada pela Universidade Vila Velha, no Brasil, feita com 25 idosos hipertensos institucionalizados

De uma maneira geral, a recomendação da TAA vale para os seguintes casos:

  • Problemas motores e ortopédicos
  • Problemas neurológicos
  • Fibromialgia
  • Câncer
  • Deficiência visual e auditiva
  • Síndrome de Down e outras síndromes
  • Transtornos psicológicos e emocionais, como depressão e ansiedade
  • Transtorno do espectro autista
  • Idosos institucionalizados

8 benefícios promovidos pela pet terapia

Abrir as portas de casa para um bichinho de estimação - seja cachorro ou gato - melhora a qualidade de vida de qualquer pessoa e traz uma felicidade enorme para dentro de casa. Com a pet terapia, isso não é muito diferente! Mesmo que na maioria das vezes a TAA seja oferecida dentro de clínicas especializadas, hospitais e outras instituições, uma única sessão por semana é capaz de trazer vários benefícios para o paciente. Veja os principais deles:

1) Melhora na comunicação e socialização;

2) Redução de estresse;

3) Desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras;

4) Traz autoconfiança e melhora a autoestima;

5) Aumenta os níveis de endorfina e a sensação de bem-estar;

6) Equilíbrio da pressão arterial;

7) Diminuição de tristeza e ansiedade;

8) Diminuição do comportamento agressivo;

 

Idoso sentado em gramado florido ao lado de cão Labrador
A TAA também pode ser indicada para idosos que vivem em instituições como asilos

 

O que é preciso para um pet participar de gato ou cão terapia?

 

A pet terapia pode ser feita com animais de diferentes espécies, raças e portes. O importante mesmo é garantir que o bichinho esteja completamente saudável antes de se relacionar com os pacientes. Para isso, deve-se marcar uma consulta com um médico veterinário de confiança e fazer todos os exames necessários que vão indicar se o animal está apto ou não a exercer o trabalho. Além disso, ele precisa ser vacinado e ter todas as doses de vacinas para cachorro e vacinas para gato reforçadas anualmente. Também precisa estar vermifugado e livre de parasitas, como pulgas e carrapatos.

Os cuidados com a higiene são igualmente importantes. Antes de uma sessão de TAA, é recomendável dar banho no cachorro para deixá-lo totalmente limpinho. No caso dos gatos, os banhos não são tão necessários porque eles realizam a própria higiene.

Outra condição importante para que o gato ou cachorro se torne um co-terapeuta é o seu comportamento. Os animais devem ter um temperamento dócil, amável e super obediente, pois eles precisarão ser treinados para a função e precisam ter o mínimo de noção sobre comandos de obediência. Além disso, quanto mais sociável for o bichinho, melhor! Afinal, independentemente de ser uma sessão individual ou em grupo, o animal vai entrar em contato com uma grande quantidade de pacientes, se for em clínicas e hospitais.

12 raças de cachorro e gato mais indicadas para a pet terapia

Como já deu para perceber, o padrão de comportamento do cachorro e gato é um aspecto muito importante para definir se ele poderá ou não fazer parte da terapia assistida por animais. É importante que o bichinho tenha uma personalidade mais calma, obediente e tranquila, além de ser carinhoso e sociável. Algumas raças que apresentam essa perfil são:

Raças de cachorro:

  • Golden Retriever
  • Labrador
  • Cavalier King Charles Spaniel
  • American Staffordshire Terrier
  • Pastor Alemão
  • Corgi
  • Terra Nova
  • Spitz Alemão

Raças de gato:

  • Persa
  • Maine Coon
  • Ragdoll
  • Bobtail

Redação: Juliana Melo

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