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Tipos de sarna canina: conheça as variações da doença causada por ácaros

Publicado - 08 Julho 2020 - 17h02

Atualizado - 29 Abril 2024 - 12h06

A sarna em cachorro é um problema de saúde que pode causar muito incômodo ao seu amigo. Coceira, queda de pelos e feridas pelo corpo são os sinais mais comuns, mas muitas pessoas não sabem quem existem diferentes tipos de sarna de cachorro.  Por isso, a doença pode se manifestar de formas variadas e exigir tratamentos específicos para cada caso. Para entender como essa dermatose parasitária se desenvolve e como proteger o seu cãozinho, o Patas da Casa reuniu os principais tipos de sarna canina e suas características. Confira!

Sarna: os ácaros mais comuns por trás da doença

A sarna em cachorro é causada por ácaros que se proliferam na pele do animal. Esses microorganismos fazem parte da classe dos aracnídeos e a substância que produzem são os principais causadores das alergias em humanos e animais (tanto alergias respiratórias quanto aquelas que se manifestam na pele). Eles estão por toda a parte, como sofás, camas, cortinas e tapetes. Os ácaros que mais causam os tipos de sarna em cachorro são: Demodex canis, Otodectes cynotis, Notoedres cati, Sarcoptes scabieie e Cheyletiella spp. O tipo de ácaro determina o tipo de sarna e seus sintomas.  Por isso, o primeiro passo para tratar a sarna em cachorros é identificando o parasita causador.

Quais são os tipos de sarna canina?

A sarna em cachorro pode se manifestar de três formas: a escabiose (sarcóptica), a sarna de ouvido (otodécica) e a sarna negra (demodécica). Mas, além destas, também existem outros tipos de sarna menos comuns que podem atingir os cães. Veja mais detalhes sobre cada uma delas abaixo:

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1) Sarna sarcóptica é a variação mais comum da doença 

sarna sarcóptica, também conhecida como escabiose canina, é o tipo de sarna mais comuns entre os cães. Causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, a doença é transmitida pelo contato direto com um animal infectado ou com brinquedos, cama e objetos compartilhados com cães contaminados. Por isso, esse tipo de sarna pode ser facilmente passado de um cachorro para o outro e do animal para o ser humano. Nos cães, ela costuma apresentar lesões na pele e coceira intensa. Crostas em volta dessas lesões e a perda de pelagem na região das axilas, próximo ao focinho e na ponta de orelha também são características comuns da doença. O tratamento é feito com a prescrição de medicações e banhos específicos para remoção do ácaro.

2) Sarna otodécica é caracterizada pela inflamação do ouvido do animal

sarna otodécica nada mais do que a inflamação do canal auditivo causada pelo Otodectes cynotis, o “ácaro da orelha”. O contágio ocorre a partir do contato de um animal doente com um saudável. Por isso, cães que vivem nas ruas podem contrair a doença com mais facilidade, já que não recebem os medicamentos para controle de pulgas, carrapatos e do próprio ácaro. Os sintomas mais comuns são coceira, excesso de cera de coloração avermelhada ou marrom, feridas e mau cheiro. Nos casos mais graves da sarna otodécica, a infecção bacteriana ou fúngica secundária pode levar ao rompimento do tímpano. Para garantir a saúde do seu amigo, o tratamento deve ser feito com parasiticidas, medicações injetáveis ou orais e com produtos para aplicar diretamente nas orelhas. 

 

Cachorro peludo branco e preto no consultório sendo segurado por veterinário e tutor
Sarna otodécica: feridas e mau cheiro na região do ouvido são os principais sintomas da doença

 

3) Sarna demodécica: baixa imunidade é a principal causa da doença

sarna demodécica, popularmente conhecida como sarna negra, é causada pelo ácaro Demodex canis. Esse agente microscópico é comum na pele dos cachorros, mas pode se proliferar exageradamente ao encontrar um animal com sistema imunológico comprometido, o que costuma ocorrer em casos de estresse ou outras doenças relacionadas. Além disso, a sarna negra também pode ser transmitida da mãe para o filhote durante o parto.

Os sintomas da sarna demodécica costumam se manifestar no corpo todo ou em pontos isolados, como os cotovelos, calcanhares, queixo, região focinho e perto dos olhos. Entre os mais comuns, você pode identificar a oleosidade e queda dos pelos, infecções, inchaço, descamação da pele e manchas escuras na região infectada. A sarna demodécica não possui cura e, por isso, é impossível eliminar o ácaro da pele do animal. Entretanto, a doença pode ser controlada com terapias específicas. O acompanhamento veterinário é essencial.

4) Sarna notoédrica: doença de gato também pode afetar os cães

Também chamada de escabiose felina, a sarna notoédrica pode aparecer em cães que entraram em contato direto com gatos ou outros animais infectados. Embora a transmissão indireta seja menos comum, pode ocorrer. Além disso, o contágio também acontece quando há o contato do animal com objetos e superfícies contaminadas, como escovas, máquinas de tosa e toalhas. Os sintomas da sarna notoédrica em cachorros incluem coceira intensa, queda de pelos e irritações severas na pele. A infecção começa pelo rosto, orelhas e pescoço, mas pode se espalhar para o restante do corpo quando não tratada corretamente.

5) Cheyletiella: doença pode ser transmitida para humanos

A Cheyletiella, nomeada como queiletielose, é uma sarna produzida pelo ácaro Cheyletiella spp. Embora seja mais comum em gatos, a doença é altamente contagiosa entre os cachorros, especialmente os filhotes. Nos cães, o quadro apresenta os mesmos sinais clínicos que nos felinos: queda de pelos, irritação cutânea, prurido e crostas com pequenas protuberâncias ao redor. Na maioria dos casos, o tratamento envolve aplicação semanal de insecticidas para pulgas e banhos com shampoos específicos para esse tipo de sarna. 

Como prevenir a sarna em cachorro?

Ninguém gosta de ver o seu bichinho doente, certo? Por isso, é importante tomar alguns cuidados para prevenir a sarna em cachorro. O principal deles é controlar os locais que o seu pet frequenta e com quais animais ele tem contato. Se você tem mais de um animal em casa e percebeu que um deles pegou sarna, é preciso separá-los e higienizar os objetos de uso comum, como caminhas e potinhos de ração para evitar a contaminação. Manter o ambiente em que eles convivem bem limpo também é fundamental para combater a proliferação dos ácaros. Além disso, você deve cuidar para que o seu cãozinho esteja saudável e com o sistema imunológico fortalecido. 

 

 

Redação: Úrsula Gomes

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