Os cuidados com a saúde do seu bichinho de estimação devem vir em primeiro lugar sempre. E na hora de escolher uma raça de cachorro para comprar ou adotar, é fundamental saber tudo sobre o animal, desde os padrões de comportamento até a genética dele. Alguns problemas de saúde podem se manifestar com mais facilidade em determinadas raças, que carregam genes “defeituosos”. É por isso que as doenças de pele geralmente têm um fator congênito por trás. Listamos abaixo as oito raças de cachorro com maior predisposição para desenvolver problemas cutâneos - alguns mais leves e outros que podem causar muito desconforto ao animal. Confira!
1) Yorkshire pode ter um tipo de alopécia ao longo da vida
A alopécia por diluição de cor é uma doença hereditária que afeta a pelagem e é muito comum no Yorkshire Terrier, mas também pode afetar outras raças de cachorro. Essa patologia costuma se manifestar entre 4 e 14 meses de idade do bichinho e é caracterizada pela presença de pelos opacos e quebradiços, que caem do corpo com mais facilidade, deixando a região afetada mais exposta. Com a queda do pelo, os tutores precisam ficar atentos a qualquer sinal de anomalia, já que a pele do animal já é naturalmente frágil - com a maior exposição, pode acabar desenvolvendo outros problemas, como a foliculite bacteriana.
2) Dificuldade de absorver zinco e hipotireoidismo deixam o Husky Siberiano mais suscetível a doenças de pele
O Husky Siberiano tem mais tendência para desenvolver hipotireoidismo e o organismo dele também pode apresentar dificuldade para absorver zinco. Esses dois distúrbios genéticos se manifestam principalmente na saúde da pele e pelagem do animal. A deficiência de zinco pode desencadear problemas como a dermatite nasal e alopécia. Para contornar o problema, é necessário levar o animal a um médico veterinário, que provavelmente vai iniciar o tratamento para suprir a falta do nutriente no organismo do cachorro.
Já no caso de hipotireoidismo, o problema ocorre quando as glândulas da tireoide não conseguem mais produzir a quantidade necessária de hormônios para manter o metabolismo do animal estável. A doença pode ser percebida em sintomas como a queda de pelos - principalmente no rabo dos animais - e do espessamento da pele.
3) O Golden Retriever pode sofrer com dermatites
A raça Golden Retriever costuma sofrer com doenças como a dermatite úmida aguda e a piodermite. A primeira trata-se de uma irritação da pele que pode ser facilmente identificada pelo tutor, já que o local afetado normalmente apresenta uma vermelhidão que chama bastante a atenção. Essa doença costuma aparecer quando o Golden Retriever começa a coçar de forma persistente alguma região do corpo - o que faz com que as bactérias presentes na pele do animal se espalhem descontroladamente. As causas podem podem estar ligadas com má higiene, alimentação inadequada ou alergia a alguma substância. Já a piodermite é uma infecção bacteriana bastante comum e geralmente acontece de forma secundária, isto é, deriva de outra enfermidade, como problemas na tireoide e alergias.
4) SharPei: as dobrinhas ajudam na proliferação de fungos
As doenças mais comuns na raça SharPei estão justamente relacionadas com a pele do animal: as mais comuns são as dermatites e problemas com fungos. Além disso, o hipotireoidismo também pode ser um agravante. Como a pele desse cachorro é mais áspera e arenosa, é preciso ter muito cuidado. Não podemos esquecer das características “dobrinhas” espalhadas pelo corpo dos cães da raça, que merecem uma atenção maior com a limpeza e umidade. Para evitar que qualquer problema apareça e provoque lesões, como a dermatite, é preciso sempre limpar e secar muito bem todo o corpo do animal, principalmente na área das rugas. Isso ajuda a evitar o acúmulo de fungos e doenças de pele no animal.
5) Poodle: fungos, alergias e inflamações nas glândulas sebáceas são problemas comuns
Além de doenças de pele mais comuns como fungos, alergias e piodermites caninas, o Poodle também tem maior predisposição genética para desenvolver uma doença chamada adenite sebácea granulomatosa. Trata-se de uma inflamação das glândulas sebáceas, causada principalmente ao acúmulo de gorduras. Apesar de ser uma doença rara no geral, é um quadro mais comum em cães da raça. Os principais sintomas da adenite sebácea são: descamação, perda de pelos, caspa, ressecamento e irritação da pele. O tratamento deve ser indicado e acompanhado por um veterinário dermatologista.
6) Pitbull pode desenvolver com mais facilidade a dermatite atópica e demodicose canina
Comum em várias raças de cachorro, a atopia é um tipo de dermatite que pode afetar o Pitbull e geralmente está ligada a condições genéticas. Caracterizada por uma forte coceira, normalmente também há perda de pelo no local afetado. Outra doença de pele que também pode afetar a raça Pitbull é a demodicose, que é causada pela proliferação do ácaro Demodex canis. O problema ocorre, principalmente, por causa de uma deficiência do sistema imunológico desses cães. Quando o animal é afetado por essa doença, pode apresentar queda de pelos, vermelhidão na pele e escurecimento da região após um tempo.
7) Labrador: dermatite atópica é a doença de pele mais comum na raça
No caso do Labrador, a doença de pele mais comum é a dermatite atópica. Os cachorros dessa raça apresentam maior predisposição genética para desenvolver esse tipo de dermatite. O quadro é caracterizado principalmente por uma coceira intensa que traz muito incômodo para o animal, levando-o a causar lesões e feridas na pele. É importante procurar um especialista para tratar o problema assim que qualquer sinal de coceira frequente for observado - além de outros cuidados para evitar eventuais crises.
8) Pelagem do Cocker Spaniel precisa de cuidados muito específicos
Por causa da pelagem longa, os cães da raça Cocker Spaniel precisam de um cuidado extra com a saúde da pele. Caso contrário, esses animais ficam mais vulneráveis a doenças como a malasseziose canina. Esse tipo de dermatite é causado por fungos que vivem no corpo do animal, mas que sem os cuidados necessários acabam se proliferando excessivamente. A condição gera muito desconforto no animal, como coceiras e feridas na pele. Os fungos, no geral, gostam de regiões úmidas, por isso é fundamental sempre secar bem o seu cãozinho.
Redação: Juliana Melo