Um laboratório de genética com sede em Pequim, na China, conseguiu clonar o primeiro lobo selvagem do mundo a partir da gestação em um cachorro Beagle. O feito foi revelado no dia 19 de setembro, pouco mais de 100 dias após o nascimento do clone de uma loba-do-ártico chamada Maya. Para realizar a clonagem, pesquisadores chineses trabalharam durante dois anos no projeto. Maya, nascida em 10 de junho, está saudável e vem sendo acompanhada pelo laboratório. No vídeo do canal "Olhar Digital", a lobinha aparece brincando e dormindo.
E como ela foi clonada? A célula que originou Maya veio da amostra de pele de um lobo-do-ártico fêmea de mesmo nome (Maya), que faleceu aos 16 anos no Canadá e foi encaminhada para a China. Para criar o clone, a empresa usou a mesma técnica de clonagem que foi usada na ovelha Dolly, em 1996.
Foi a partir de óvulos caninos enucleados e células somáticas que os cientistas conseguiram criar 137 embriões. Desse número, 85 embriões foram transferidos para o útero de cadelas da raça Beagle como se fossem barrigas de aluguel. A escolha por óvulos de um cachorro tem uma explicação: os cães compartilham ascendência genética com os lobos, aumentando as chances de sucesso da clonagem. No final, apenas uma gestação foi adiante e teve como resultado a lobinha Maya.
A clonagem de animais ainda tem muitos desafios pela frente, mas ter uma experiência bem sucedida representa um passo importante. O uso da tecnologia pode ser usado a longo prazo para preservar animais raros ou ameaçados de extinção, evitando que várias espécies desapareçam por completo no futuro. Isso vale tanto para lobos e cachorros selvagens, quanto para outros animais, embora ainda seja necessário fazer um amplo estudo para entender a melhor maneira de usar estes recursos.
Redação: Juliana Melo
Edição: Luana Lopes