Os cachorros têm um grande coração, cheio de amor para oferecer aos seus tutores. Mas, assim como os humanos, os cães precisam de uma atenção específica com a saúde do coração: idas frequentes ao veterinário para check-ups, vermifugação em dia e carteira de vacinação sempre atualizada. Esses cuidados são essenciais para prevenir doenças graves em todas as fases da vida. As cardiopatias (doenças do coração) podem ser muito comuns em cães e podem ter relação com traços genéticos ou idade. Para entender melhor, separamos as doenças mais comuns, seus riscos e como prevenir problemas cardíacos no seu bichinho. Chega mais!
Cardiomiopatia dilatada: raça pode influenciar o desenvolvimento da doença
Um dos problemas cardíacos mais comuns que pode atingir os cães é a cardiomiopatia dilatada, uma doença crônica que ocorre quando as câmaras cardíacas (átrios e ventrículos) dilatam demais e atrapalham o bombeamento do sangue. Isso deixa os músculos do coração mais frágeis, levando a quadros de insuficiência cardíaca. Os sinais mais comuns são tosse, fraqueza, cansaço excessivo, falta de ar e desmaios. A cardiomiopatia dilatada também pode causar arritmias e outros problemas no funcionamento do órgão.
A causa da doença é desconhecida, mas raças grandes e gigantes estão mais propensas a desenvolver o problema, como o Boxer, São Bernardo e Doberman. Além disso, o Cocker Spaniel, que é um cão médio, também pode apresentar a doença.
Sopro no coração: raças pequenas têm predisposição a desenvolver o problema
O sopro cardíaco é muito comum em cães, principalmente na velhice. Raças pequenas, como as variações do Poodle e o Yorkshire, têm mais propensão a desenvolver o problema a partir dos cinco anos de idade. Em filhotes, porém, o sopro cardíaco pode ser mais grave e até necessitar de cirurgia para correção. Nos outros casos, a doença pode ser monitorada e controlada.
O sopro ocorre quando as válvulas do coração se tornam mais frágeis e não conseguem se fechar totalmente, ocasionando em um som que aparece durante as batidas. Essa alteração demanda um esforço maior do coração, o que pode levar ao aumento da pressão cardíaca e até no tamanho do órgão. É muito importante saber reconhecer os primeiros sintomas, que podem começar com uma tosse seca ou até mesmo a mudança da coloração da língua, para arroxeada ou azulada.
Doença degenerativa valvar mitral: o coração de cachorro dá sinais de cansaço
O problema cardíaco que mais atinge os cães na velhice é, de fato, a doença degenerativa valvar mitral, conhecida também por endocardiose valvar. O distúrbio se caracteriza pela degeneração das válvulas cardíacas e, geralmente, se desenvolve lentamente. Com a válvula funcionando de forma irregular, o sangue pode voltar para o átrio esquerdo quando os músculos do órgão se contraem. Os casos mais graves podem levar à insuficiência cardíaca.
Hipertensão em cachorro: um problema que pode ter várias causas
Outro problema que pode atingir seu cachorro é a hipertensão arterial, doença bem conhecida pelos humanos. A condição ocorre quando os vasos sanguíneos sofrem uma pressão maior que o normal na hora de bombear o sangue para o corpo. Nos cães, a hipertensão geralmente é consequência de outro distúrbio de saúde, como obesidade canina, diabetes e problemas renais. Os sinais mais comuns do problema são fraqueza, respiração ofegante, dificuldade para se exercitar, entre outros.
Como prevenir as doenças cardíacas no seu cãozinho?
As cardiopatias nos caninos são mais comuns na velhice. Os principais sintomas de que seu cãozinho pode estar com algum problema cardíaco são: falta de ar, perda de apetite, fadiga extrema e apatia. Entretanto, alguns outros sinais podem denunciar a doença bem antes dela se manifestar. Uma alimentação de qualidade, atividades físicas e visitas regulares ao veterinário são uma forma de prevenir os problemas cardíacos no seu amigo de quatro patas.
Os exames mais comuns de um check-up cardiológico dos doguinhos incluem raio-x e eletrocardiograma. Consulte seu veterinário de confiança e veja a melhor forma de verificar o funcionamento do coração do seu cãozinho.
Redação: Karoline Miranda