Perder um doguinho que se soltou da coleira ou escapou de casa é desesperador e um dos maiores medos dos tutores, mas a boa notícia é que existem algumas formas de diminuir esse risco, como o microchip para cachorro. Apesar de muitos já terem ouvido falar no chip para cachorro, ainda há muitas dúvidas acerca desse dispositivo e de como ele funciona. Pensando nisso, o Patas da Casa trouxe todas as informações que você precisa saber sobre o microchip, cachorro e sua aplicação. Confira!
Chip para cachorro: para que serve o dispositivo?
Não é incomum os tutores se perguntarem qual a função do chip no cachorro e ficarem na dúvida se vale a pena ou não investir no recurso. O chip rastreador para cachorro é um dispositivo de identificação eletrônico do tamanho de um grão de arroz que contém as principais informações do cão, como:
- Nome
- Espécie
- Raça
- Sexo
- Histórico médico
- Registros de vacinação do cachorro
- Contato dos donos
Qual a função do chip no cachorro?
O principal objetivo do microchip animal é reconhecer o pet, especialmente em casos de roubo ou perda, pois o dispositivo consegue identificar o peludo e facilitar a devolução do animal para o dono. Isso só é possível porque o aparelho possui um código numérico único que pode ser lido por leitores específicos, por meio de uma frequência de rádio baixa. Em outras palavras, o leitor escaneia o chip, reconhece o código e exibe todas as informações do peludo na tela do aparelho.
Quais são os tipos de microchip animal?
Embora muitos confundam o microchip com o GPS pet, existem dois tipos diferentes de chip de cachorro. O primeiro é o microchip em cachorro tradicional, que é implantado internamento no corpo do pet, com informações básicas do animal, incluindo o telefone de contato do responsável. Ele funciona como uma coleira com identificação, muito utilizada na hora de passear com cachorro. Porém, diferente das plaquinhas que podem se perder durante os passeios, o chip no cachorro não corre risco de se perder.
Já o segundo tipo de chip possui a capacidade de rastrear o peludo via GPS, mas ele é usado externamente e não tem a mesma função do chip para cachorro. Ou seja, com esse microchip, cachorro pode ser encontrado com mais facilidade pelo tutor, porém, assim como as coleiras de identificação, nada garante que o animal não perca o dispositivo.
Essa segunda opção é mais eficiente em casos de roubo, pois o chip consegue determinar o local exato do pet em tempo real, e é uma excelente medida preventiva para casos de furto e roubos de animais, especialmente para raças de cachorro mais visadas por criminosos, como o Shih Tzu, Spitz Alemão e o Pitbull. Porém, se o sequestrador jogar o rastreador fora, a localização do peludo vai ficar comprometida.
Como o microchip animal é implantado?
Se você está preocupado com a implantação do chip no cachorro, pode ficar tranquilo, pois esse é um processo bem tranquilo que dura segundos e nem precisa de anestesia. Muito parecido com a aplicação da vacina para cachorro, o veterinário — único capacitado para implantar o dispositivo — utiliza uma seringa que contém uma agulha um pouco mais grossa do que a normal para introduzir o chip no corpo do cachorro.
Para facilitar a identificação do animal e o processo de microchipagem, cachorro recebe o implante na altura da nuca, entre as escápulas. Além disso, o chip é subcutâneo, ou seja, fica abaixo da primeira camada da pele do animal.
A colocação do chip em cachorro é um pouco desconfortável para o pet, mas assim como as vacinas, é um cuidado fundamental que vai garantir mais segurança para o peludo. Hoje, já existem microchips com o diâmetro menor para garantir mais conforto para o doguinho durante a aplicação, o nano chip. Mas quando é recomendado levar o pet para implantar o chip? Cachorro filhote com mais de 2 meses já está liberado para passar pelo procedimento.
Microchip cachorro: vantagens e desvantagens do dispositivo
Já deu para perceber que existem vários pontos positivos do microchip em cachorro, né? Mas para facilitar a decisão se vale ou não a pena investir nesse dispositivo, compare abaixo as vantagens e desvantagens de colocar o chip no cachorro.
Vantagens do microchip animal
- Identificação permanente do pet
- Diminuição de cachorros de rua
- Registro de informações médicas
- Não é movido a bateria
- Dura 100 anos
- Substitui a coleira para cachorro com nome
- Implantação rápida
- Não é preciso manutenção
Desvantagens do microchip animal
- Desconforto para o pet
- O tutor precisa cadastrar o pet em todos os bancos de dados (ex: Sisbicho)
Qual o valor de um chip para cachorro?
O preço do chip para cachorro vai depender de alguns fatores, como a região onde você mora e a clínica veterinária que realizará o procedimento. Portanto, para obter um valor preciso e decidir qual a melhor opção se enquadra na sua realidade e orçamento, o ideal é entrar em contato com clínicas veterinárias ou ONGs e organizações que realizam esse serviço.
Se você optar pelo microchip para cachorro tradicional, a faixa de preço varia entre R$90 a R$130. E quanto custa um chip para cachorro com gps? Preço pode ser um pouco maior dependendo da marca e também devido a sua funcionalidade de rastreamento, e pode chegar a R$200, mas é preciso lembrar que o chip para cachorro com GPS não é aplicado internamente no animal, e sim na coleira.
Além disso, vale lembrar que em alguns lugares do Brasil, como no Rio de Janeiro, a Prefeitura em parceria com o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária, oferece o serviço de microchipagem gratuitamente em algumas épocas do ano, assim como a vacinação contra raiva.
O Sisbicho, plataforma online criada pela Prefeitura do Rio para possibilitar o Registro Geral de Animais, também oferece cirurgias de castração de cachorro gratuitamente, além da microchipagem mediante agendamento.
Como rastrear o chip do meu cachorro?
Infelizmente não é possível rastrear o chip para cachorro tradicional, apenas o chip com GPS, conhecido como rastreador pet, que é capaz de rastrear o peludo em tempo real através de um aplicativo de telefone. Basta colocar o chip GPS na coleira, fazer o download do aplicativo e emparelhar as informações. O ponto negativo desses rastreadores é que o GPS pode ter limitações de cobertura e os tutores precisam pagar assinatura de serviços de monitoração.
Já com o chip para cachorro implantado internamente, só é possível identificar o tutor do cachorro levando o animal para uma clínica veterinária que contenha leitores específicos. A partir dessa leitura, o veterinário é capaz de acessar a ficha de cadastro do cachorro inserido em um banco de dados na internet.
É obrigatório pôr chip no cachorro?
Os municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo estabeleceram a obrigatoriedade de incluir cães e gatos no Cadastro Geral de Animais (CGA), por meio do chip, o que significa que, para os moradores dessas grandes capitais, é obrigatório por chip no cachorro. Para incentivar a população a levar os animais de estimação para a microchipagem, as prefeituras têm realizado campanhas de implantação de microchips gratuitamente ao longo do ano. Por isso, se você é de alguma dessas cidades, não perca tempo e cadastre o seu cãozinho.
Em alguns países, o chip para cachorro é obrigatório
Em vários países da Europa, assim como todos da União Europeia, Hong Kong, Israel, Cingapura, Uruguai e Japão, o chip para cachorro é uma obrigatoriedade. Ou seja, se você pretende viajar com cachorro de avião para algum desses países, é hora de providenciar a implantação do chip. Nessas regiões, além do chip ser uma medida de segurança, é uma exigência que visa um controle sanitário do país, com o intuito de acabar com o abandono de pets. A Holanda, por exemplo, foi o primeiro país do Mundo a não ter mais cachorros de rua, graças a um programa do governo que fazia o resgate do cachorro, castrava, implantava o microchip e encaminhava para a adoção animal.