Receber o diagnóstico de câncer em cachorro é um momento muito triste para qualquer tutor. A doença é agressiva e traz diversas complicações à saúde do animal. Além de os sintomas do câncer de cachorro serem bem intensos, o tratamento também é bastante delicado e requer atenção especial. A quimioterapia em cães é o tratamento mais conhecido, mas existem outras formas de tratar a doença. É fundamental conhecer quais são esses métodos e conversar com o veterinário para decidir qual é o melhor de acordo com a gravidade, intensidade e tipo de câncer que seu pet apresenta. O Patas da Casa te explica exatamente como é feito o tratamento de câncer em cachorro. Confira!
Remoção cirúrgica do tumor é a primeira opção de tratamento para câncer em cachorro
Normalmente, o primeiro passo para tratar câncer de cachorro é a remoção cirúrgica do tumor. Muitos conseguem ser removidos com a cirurgia e, por isso, é o método preferido. Porém, é importante ressaltar que nem sempre isso será possível. Às vezes a posição do tumor impede que o procedimento seja feito por risco de afetar órgãos próximos ou por não ser favorável a uma cirurgia. Em alguns casos de câncer de cachorro, uma cirurgia não é o suficiente e será necessário realizar várias. O paciente pode precisar ficar internado e deve realizar procedimentos pré e pós operatórios, além de fazer muitos exames para acompanhar o estado do tumor. A cirurgia de retirada de tumor em cachorro com câncer tem muitas chances de sucesso, mas existe a chance de ele retornar. Por isso, outros métodos (como a quimioterapia em cães) podem ser indicados mesmo fazendo a cirurgia.
A quimioterapia em cães é um tratamento medicamentoso que evita a multiplicação do tumor
A quimioterapia em cachorro é o método mais conhecido. É um tratamento feito à base de medicamentos aplicados por via intravenosa ou subcutânea. O remédio atua diretamente nas células cancerígenas, controlando a sua multiplicação. A quimioterapia para cachorro é um tratamento indicado principalmente para cães que não podem fazer a cirurgia. Porém, os que fazem também podem precisar de quimioterapia antes ou depois da intervenção cirúrgica para ajudar no controle da multiplicação de células cancerígenas e evitar metástase.
O maior problema da quimioterapia em cães é o fato de que, apesar de trazer bons resultados, é um tratamento bastante agressivo. Os medicamentos atuam diretamente nas células cancerígenas, mas não há uma distinção bem estabelecida. Ou seja: além de atacar essas células, também ataca outras que estão saudáveis. Por conta disso, a quimioterapia em cachorro causa muitos efeitos colaterais que variam em cada caso. Os mais frequentes são: vômito, anorexia, cachorro com diarreia, febre, diminuição no número de leucócitos (que faz o animal ter maior predisposição a infecções) e diminuição de plaquetas. A quimioterapia em cachorro é realizada em sessões com intervalos de uma a três semanas, de acordo com a evolução e sensibilidade do animal. A quimioterapia para cachorro costuma ser menos agressiva do que é para humanos, mas mesmo assim é preciso ter muito cuidado com o pet nesse momento.
A eletroterapia utiliza impulsos elétricos que atacam células causadoras do câncer em cachorro
A eletroterapia é uma alternativa menos agressiva que a quimioterapia em cães pois é feita apenas na área afetada. Assim, o risco de atacar outras células e causar tantos efeitos colaterais é menor. Na eletroterapia, são aplicados impulsos elétricos no local onde o câncer de cachorro se encontra. Esses estímulos (que tem uma voltagem calculada para cada caso) penetram e ativam o tecido que está doente. Com isso, ocasiona a morte das células cancerígenas e evita que o tumor retorne. Apesar de trazer bons resultados, é uma inovação na medicina veterinária e, por isso, não é tão fácil encontrar clínicas que tenham os equipamentos necessários, além de ter um custo mais elevado.
A radioterapia para tratar câncer em cachorro é feita com radiações ionizantes
A radioterapia, assim como a quimioterapia para cachorro, é uma opção viável quando não se pode fazer uma cirurgia ou como um tratamento secundário antes ou depois dela. Na radioterapia, são utilizadas radiações ionizantes diretamente no local doente, diminuindo a quantidade de células cancerígenas ali. O tratamento tem resultados melhores quando o câncer em cachorro está no início, mas também pode ser indicada de maneira paliativa em casos de metástase ou quadros mais avançados, pois ajuda a diminuir o tamanho do tumor. Esse método não causa tantos efeitos colaterais. Eles podem acontecer no local onde foi realizada a radioterapia, mas não se propagam pelo organismo. Dentre os efeitos que podem surgir, podemos destacar descamação da pele, conjuntivite canina, mucosite e rinite. É importante sempre manter os exames em dia para evitar reações tardias por conta da radiação, como mudança na cor e crescimento dos pelos do cachorro onde a terapia foi feita, fibrose e necrose.
A imunoterapia no tratamento do câncer de cachorro faz com que o próprio corpo combata a doença
A imunoterapia é um tratamento de câncer de cachorro muito recente. Seu objetivo é melhorar a resposta do sistema imunológico do cão ao potencializar seu poder de ação no combate às células cancerígenas. Ou seja, o próprio organismo do animal passa a ter maior capacidade de ajudar a acabar com elas. Normalmente, esse tratamento é feito por meio da aplicação de vacinas específicas que contam com substâncias que ativam o sistema imune do pet. Com a imunoterapia, há um risco bem menor de o câncer de cachorro se propagar e ainda tem a vantagem de não trazer muitos efeitos colaterais. Porém, ainda é um tratamento extremamente novo, então dificilmente será possível encontrar clínicas que o ofereçam.
O tratamento do câncer de cachorro varia e o acompanhamento deve se manter por toda a vida
É muito importante entender que o tratamento do câncer em cachorro varia para cada animal. Em muitos casos, o processo envolverá mais de um método (como cirurgia e quimioterapia em cães complementando um ao outro). Por isso, é fundamental um acompanhamento veterinário regular durante esse período. Não deixe de ir às consultas, realize os check-ups e siga todas as orientações que o veterinário passar. Como o câncer de cachorro, infelizmente, pode voltar depois de um tempo, o acompanhamento deve ser feito por toda a vida. Esse cuidado ajuda a evitar o agravamento da doença, já que quanto mais cedo for descoberta, melhor é a resposta do animal.
Redação: Maria Luísa Pimenta