Afinal, será que pai de pet também pode ser considerado pai? Muita gente implica com o termo, mas a verdade é que existe sim um laço paterno entre os tutores e seus “filhos” de quatro patas. Assim como qualquer bom pai, o pai de pet também tem uma série de responsabilidades com seu bichinho e, geralmente, não poupa esforços para vê-lo feliz, saudável e bem. O sentimento que se cria dentro de um pai de cachorro ou gato é tão forte que, sim, podemos dizer que o peso da palavra “pai” faz todo o sentido quando falamos disso.
Com o dia dos pais se aproximando, o Patas da Casa foi atrás de algumas histórias reais com cachorro e gato para inspirar e entender um pouquinho de como é essa rotina de homens que compartilham todo o amor com seus bichinhos.
Pai de pet: o Augusto adotou uma gatinha recentemente e já se sente pai
Uma vontade que o Augusto César Rodrigues sempre teve foi justamente de adotar um bichinho, mas nunca encontrou o “momento certo” para isso, até que dois meses atrás uma gata preta (já quase adulta) foi abandonada na frente da casa de sua sogra. “Não teve jeito: senti no coração que era ela. A vizinha cuidou dela por uma semana, enquanto eu comprava as coisas necessárias e telava o apartamento”, lembra. Depois de adequar o ambiente para receber a nova moradora, Augusto levou Lilith para casa, que teve uma adaptação bem tranquila. “No primeiro dia ela já se acostumou com a gente, sendo muito carinhosa e fofa, parecia até que estava agradecida por ter sido adotada. No segundo dia ela já estava completamente em casa, confortável em todos os lugares”.
Para o tutor, o termo “pai de pet” é totalmente justo, porque é assim que ele se sente com a nova experiência. “Quase nunca consigo chamar ela pelo nome, geralmente só chamo de filha! Tem sido incrível”, conta. Além disso, Augusto acredita que é pura lenda que os gatos não são animais carinhosos, já que Lilith distribui carinho o tempo todo e não gosta de ficar sozinha. “Fez e faz muito bem pra aura da casa, pra energia familiar. É como se fosse mais um foco de carinho e amor, que podemos oferecer e receber, e isso alimenta a alma de um jeito que só quem é pai de pet vai entender”.
Para quem sempre sonhou em ter um bichano para chamar de seu, Augusto dá a dica: “Uma boa dose de fofura não faz mal a ninguém – principalmente acompanhada de tantas outras coisas boas que vão vir dessa experiência. Vão aprender coisas novas e exercitar um lado seu que talvez você nem soubesse que podia ter. Sem dúvidas vai fazer um bem imenso pra você e para toda sua família”.
Pai de cachorro: Douglas é puro amor com seus dois bichinhos
A história do Douglas Guedes é um pouco diferente: ele teve experiência com cachorros durante toda a vida, mas era sempre o bichinho “da família”, e nunca o dele próprio. “Quando comecei a namorar Lucas, ele sempre falava com muito peso que nunca teve um dog. Eu achava estranho, porque é tão gostoso ter um pet. Então, com 6 meses mais ou menos de namoro adotei o Aslan, um Chow-Chow, e dei de presente para nós. Ele é nosso filho”, conta. E não para por aí: Aslan foi o primeiro cachorro do casal, e já está há cerca de 6 anos com eles, mas durante esse período, Douglas e Lucas decidiram adotar um outro cãozinho: Haku, um Samoieda que já está há 2 anos com eles. “Eles são cachorros muito diferentes. Aslan é muito tranquilo, mas desobediente. Se deixar dorme o dia todo. Já o Haku é agitado, quer brincar toda hora e vive perturbando o Aslan, porém é super obediente”.
Os dois cães foram encontrados com alguns probleminhas de saúde, mas hoje são super saudáveis e recebem todos os cuidados necessários do casal. Como um bom pai de cachorro, tanto o Douglas quanto o Lucas fazem de tudo pelos seus cãezinhos! “A melhor parte é ter a companhia desses doguinhos. É uma troca, sabe? As histórias que temos com eles são ótimas, e não vejo a nossa vida sem tudo que já passamos com eles. É um desafio ter dois cachorros, mas um desafio gostoso”.
Então, pai de cachorro também é pai sim! E para Douglas, essa é uma experiência que vale totalmente a pena. “Acho que ser pai de pet é ter responsabilidade com a vida dos seus animais, afinal não é nada barato e a adoção precisa ser consciente. Mas eles trazem uma energia tão gostosa pra vida que é difícil de descrever”.
Veja algumas fotos de pais de pet super orgulhosos de seus cães e gatos!
O Pedro também é pai de pet, mas precisou ficar longe da sua “filha”
Assim como Douglas, o Pedro Arantes também sempre esteve em contato com bichinhos porque cresceu em um sítio no interior do Rio de Janeiro. Quando se mudou para a capital, a falta de ter um amigo de quatro patas foi inevitável. Por acaso, uma amiga de Pedro resgatou a gatinha que seria a futura companheira dele: “Assim que vi a Zelda para adoção, adotei na primeira chance que eu tive”.
Não dá para resistir quando é amor à primeira vista, né? A rotina dos dois, inclusive, era bem tranquila: “Acordava de manhã, fazia o café e já trocava a caixa de areia, comida e água dela. Quando sentava para tomar o café, ela sempre ficava por perto. Na verdade, sempre que eu tava em casa ela ficava bem grudadinha comigo, e até dormia no meio das minhas pernas”.
Mas no último ano, Pedro precisou se mudar para São Paulo por causa do trabalho e não pode levar sua filha junto. Antes da quarentena, ele ia ao Rio pelo menos uma vez por mês para vê-la e ficar um pouquinho junto dela, mas agora já tem um tempinho que ele não a encontra. “Essa foi a parte mais difícil da mudança, com certeza. Sinto saudade dela”. Ainda assim, o tutor se sente um verdadeiro pai de pet e acredita que nada paga o carinho e a gratidão que um bichinho adotado tem por estar com seu humano.
Redação: Juliana Melo