A disfunção cognitiva canina é um quadro que acomete, principalmente, cães idosos com mais de sete anos. A doença, embora pareça inofensiva no início, pode provocar uma série de mudanças comportamentais no cachorro e, a longo prazo, costuma causar demência. Mas o que é disfunção cognitiva, na prática? De uma maneira geral, trata-se de uma doença neurodegenerativa que afeta a capacidade de aprendizado, memória, atenção e noção espacial do animal, sendo semelhante ao Alzheimer em humanos.
Mas como identificar um quadro de disfunção cognitiva? Sintomas são sempre claros? O que muda no comportamento de um cachorro com disfunção cognitiva? A seguir, veja 6 sinais que indicam essa doença em cães da terceira idade!
1) Um cachorro com disfunção cognitiva fica desorientado com frequência
Se você já teve a sensação de que tem um cachorro “perdido” dentro de casa, é possível que ele esteja com algum grau de disfunção cognitiva. A partir do momento em que o animal deixa de reconhecer um ambiente que é familiar para ele, é porque algo não vai bem com a cabecinha dele. Nesse sentido, é possível observar que o cachorro não sabe para onde vai e pode até mesmo ficar “preso” em alguns cômodos, atrás de móveis ou atrás das portas. Ele fica parado, sem ação, e parece não saber como sair dali. Se isso começar a acontecer, ligue o alerta!
2) O cão idoso fazendo as necessidades no lugar errado pode ser sinal de disfunção cognitiva
O xixi de cachorro no lugar errado pode ter várias explicações. No entanto, quando se trata de um animal idoso, é bom considerar as chances de o cachorro estar com incontinência urinária ou algo mais sério, como a disfunção cognitiva canina. Sintomas, nesse caso, são perceptíveis porque além de fazer xixi no lugar errado , o cãozinho também pode voltar a fazer cocô pela casa. Ele provavelmente não se lembra onde é o banheiro, e quando aperta a vontade de fazer as necessidades, ele acaba fazendo em qualquer lugar.
3) Disfunção cognitiva canina faz com que o cachorro interaja menos
Na terceira idade, os cães ficam naturalmente menos dispostos porque têm menos energia, mas isso não significa que eles precisam ficar menos interativos com a família. Se isso acontecer, não procure por “sinais de que um cachorro não gosta de você”. Mesmo que haja o medo do seu cãozinho ter parado de te amar, é bom ter em mente que isso pode ser algo causado pela disfunção cognitiva.
4) Mudanças no padrão de sono são comuns na disfunção cognitiva em cães
Você sabe quantas horas um cachorro dorme por dia? Em média, são de 12 a 14 horas de sono (incluindo os cochilos da tarde). A diferença é que, quando se trata de um cachorro com disfunção cognitiva, as horas de sono se invertem: os cães passam boa parte do dia dormindo, e ficam acordados durante a noite. Se for o caso, é possível perceber que o seu cachorro quase nunca está desperto nas mesmas horas que você, mas de noite ele costuma ficar bastante ativo.
5) Disfunção cognitiva canina: esquecer comandos aprendidos é sinal de alerta
Na disfunção cognitiva, um dos sintomas mais perceptíveis é a perda de memória e de aprendizado. Todo cachorro que passa pelo processo de adestramento associa certos comandos com ações. A partir do momento em que o cachorro idoso deixa de fazer essa associação - que, para ele, já era algo natural - é porque tem algo de errado com a memória dele. Esse é um claro sinal de disfunção cognitiva canina e que pode se desenvolver para outros campos da vida do animal: o cachorro, além de esquecer os comandos, também pode deixar de reconhecer pessoas, o lugar onde vive e muito mais.
6) Disfunção cognitiva: sintomas incluem latidos e choros sem razão aparente
Os latidos de cachorro são parte da comunicação canina e podem refletir diferentes sentimentos. O problema é que quando falamos da disfunção cognitiva em cães, essa vocalização acontece de maneira constante e, muitas vezes, sem ter qualquer objetivo. Não é como se o cachorro quisesse mostrar que está com fome, feliz ou irritado: ele simplesmente late - e às vezes chora - sem motivo aparente. Pode soar como um pedido de socorro, principalmente se o animal se sente perdido e não reconhece mais as coisas.
Redação: Juliana Melo
Edição: Luana Lopes