Por ser uma doença de cachorro bastante contagiosa e com um alto grau de fatalidade, a cinomose é um dos problemas de saúde mais temidos pelos tutores. Ela é causada por um vírus da família Paramyxovirus, chamado CDV, que pode atingir cães de qualquer idade e raça. Com sintomas diversos, nem sempre é fácil identificar essa doença — o que preocupa ainda mais os pais de pet.
A boa notícia é que existem algumas formas de prevenir a cinomose canina e deixar seu cachorro mais protegido. A seguir, veja quais são os métodos mais recomendados por veterinários!
O que é cinomose canina?
A cinomose em cachorro é uma doença viral que é transmitida principalmente pelo contato com animais infectados. Secreções oculares, nasais e orais são o principal meio de contágio, mas o xixi e cocô de cachorro também podem transmitir a doença. Além disso, o cão pode contrair a cinomose por meio do compartilhamento de objetos contaminados, como potes de ração, bebedouro e brinquedos.
Apesar da alta taxa de transmissão, a cinomose não passa para humanos nem gatos. No entanto, é importante ter uma atenção especial com a patologia, principalmente porque o vírus da cinomose canina é muito resistente e pode sobreviver por meses em um ambiente infectado.
Sintomas da cinomose canina são variados
Não costuma ser tão fácil detectar um quadro de cinomose. Sintomas variam bastante de paciente para paciente, e a doença tem diferentes fases. Cada uma delas atinge uma parte do corpo do cachorro, e por isso muitas vezes os sinais clínicos se confundem com outras doenças.
Para se atentar aos sintomas, cinomose é dividida entre 5 fases:
- Oftálmica: excesso de secreção ocular, com possibilidade de evoluir para conjuntivite em cachorro;
- Respiratória: febre, tosse, secreções nasais e dificuldade respiratória, com possibilidade de evoluir para um quadro de pneumonia;
- Tegumentar: presença de bolhas com pus na pele e ressecamento dos coxins;
- Digestiva: vômitos, diarreia, falta de apetite, fraqueza e dores abdominais;
- Neurológica: tremores, dificuldade motora e convulsões.

Como prevenir a cinomose canina?
Muitos tutores se questionam se a cinomose tem cura, e a verdade é que na maioria dos casos essa é uma doença fatal. As chances de tratar completamente o quadro são baixas, mas não é impossível. No entanto, para evitar complicações e incertezas quanto à cura, a melhor abordagem é focar na prevenção.
Segundo médicos veterinários, existem três boas maneiras de deixar o cachorro mais protegido contra essa doença. Confira!
1) Vacinação é a melhor forma de prevenir a cinomose em cachorro
Manter a vacina para cachorro em dia muitas vezes é suficiente para garantir a saúde do animal. Isso porque as vacinas polivalentes obrigatórias (V8 e V10) oferecem proteção contra essa doença, além de várias outras. A grande diferença entre elas, inclusive, é que a V8 protege apenas contra dois tipos de leptospirose, enquanto a V10 protege contra quatro — mas ambas protegem contra a cinomose.
Essas vacinas devem ser aplicadas a partir dos 45 dias de vida do filhote de cachorro, e são feitas em três doses, com um intervalo de 21 a 30 dias entre cada aplicação. Se houver qualquer atraso entre as doses iniciais, é necessário recomeçar o ciclo vacinal. Depois de completo, os reforços devem ser anuais.
2) Isolamento de cães doentes evita a transmissão da cinomose
Como a principal forma de contágio da cinomose é pelo contato com animais infectados — seja de forma direta ou indireta —, a melhor maneira de evitar a propagação da doença é isolando cães portadores da doença até que eles se recuperem. Isso vale principalmente para casos em que o animal tem contato com outros cães não vacinados ou que não completaram o esquema vacinal.
3) Limpeza do ambiente pode diminuir os casos de cinomose canina
O vírus responsável pela cinomose em cachorro é resistente e pode viver por bastante tempo em um mesmo ambiente. Por esse motivo, saber como limpar o lugar em que seu pet vive é fundamental para deixá-lo ainda mais protegido, já que esse vírus pode ser transportado de um local para outro e pode infectar diferentes superfícies.
O ideal, portanto, é apostar em produtos de limpeza eficazes e que possam eliminar qualquer resquício do parasita de um local. Em caso de dúvidas, é válido consultar um veterinário para entender quais são os produtos mais indicados para fazer isso e saber mais sobre outros cuidados adicionais.