Assim como os cachorros de suporte emocional, os gatos também podem auxiliar o tratamento dos seus tutores: os benefícios de criar e amar incondicionalmente um pet são reais! O Patas da Casa sabe muito bem que a companhia dos animais domésticos traz muitas alegrias para um lar e toda uma família, seja no dia a dia da casa, ou situações que estressam seus tutores, como viagens longas. Para explicar melhor sobre esse tema, nós preparamos uma matéria muito especial contando sobre como os gatos ajudam no emocional de seus tutores. Vamos mostrar o caso da Erika Herdy, que é tutora da Capitu e nos contou como essa gatinha de suporte emocional está ajudando no tratamento da sua saúde mental. Também esclarecemos sobre o procedimento que o tutor do gato deve seguir para tornar o seu felino um animal de suporte emocional. Confira!
Como viajar com gato de suporte emocional
O animal de suporte emocional é um pet que oferece auxílio e melhora no bem-estar emocional do seu tutor. Todos os gateiros e apaixonados por dogs já sabem muito bem como os pets são fundamentais para trazer mais alegria e amor para suas casas. E na hora de viajar, não é diferente. Se locomover para um local mais distante às vezes pode ser muito estressante: ter que arrumar as malas, deixar a casa ajeitada, se preparar para contratempos, passar horas em um trajeto... Nesses momentos, os animais domésticos podem ser ótimas companhias que ajudam seus donos e a família a relaxar e curtir. Mas também acontece muito de algumas adversidades não permitirem que os pets sejam incluídos no itinerário, e as famílias são obrigadas a deixar os pets em casa ou em um hotel para pets. E pode não parecer, mas os gatos sentem muita saudades dos tutores quando eles viajam.
Viajar com gato pode ser prazeroso, mas vai exigir uma série de cuidados. Para viajar com gato de avião, por exemplo, geralmente é solicitada uma caixa de transporte adequada, vacinas em dia e declaração de visita recente ao veterinário, comprovando que o pet está em plena saúde e pronto para viajar. Porém, infelizmente, muitas companhias apenas permitem que o pet faça o trajeto fora da cabine de viagem - ou seja, longe do seu tutor e de maneira estressante. No caso do animal de suporte emocional, as coisas mudam: o pet vai ter a permissão de viajar junto ao tutor, desde que respeite as normas exigidas pela companhia. E isso vale tanto para viajar com o gato, como para viajar com um cachorro de suporte emocional.
Como viajar com gato de avião?
Os pets aliviam o nosso estresse, por isso nada mais justo que deixá-los confortáveis durante a viagem também. É essencial seguir algumas regras para viajar com gato de avião ou de ônibus, para mantê-los seguros e calminhos por horas. Por isso, além de vacinas em dia, documentação e visita recente ao veterinário, é importante preparar o bichano para a experiência de viajar. O recomendado é que os tutores escolham uma bolsa ou caixa de transporte para viagem e acostume o animal dentro do compartimento para que o gato fique dormindo durante viagens ou idas ao veterinário. Se o felino criar uma familiaridade com esse transporte, ficará relaxado e também vai deixar seu tutor mais tranquilo.
Para acostumar o pet, o ideal é que semanas antes de realizarem o trajeto, o gato passe um tempo de qualidade nesta bolsa ou caixa. Colocar brinquedos, ração ou as cobertas preferidas deles dentro do compartimento também ajuda o gato a entender que aquele pequeno ambiente pode ser muito prazeroso e seguro. Mas repetimos: não esqueça de separar toda a documentação que as companhias exigem para viajar com o animal.
Como funciona a lei: animal de suporte emocional ajuda no tratamento dos tutores
O Projeto de Lei 33/2022 é conhecido como a Lei do Animal de Suporte Emocional. Ela garante que pessoas com deficiência mental, intelectual ou sensorial tenham o direito de entrar em locais públicos ou privados na companhia dos pets de apoio emocional. Para garantir esse direito, é exigido que o tutor em tratamento solicite ao profissional de saúde mental um atestado ou laudo que comprove que o animal colabora com o tratamento e melhora do quadro do tutor. Mas além disso, geralmente são solicitados outros documentos, como por exemplo:
- Identidade do tutor;
- CPF regularizado do tutor;
- Atestado ou laudo do profissional de saúde mental constatando o Código Internacional de Doenças (CID);
- Telefone e e-mail de contato do tutor;
- Foto atual do pet junto à carteira de vacinação atualizada;
- Foto do colete vermelho com a identificação do animal de suporte emocional;
- Regularização da situação do pet com envio desses documentos à Secretaria Estadual de Agricultura - responsável pelas políticas de Proteção e Bem-Estar Animal.
Essa lei visa manter o bem-estar dos tutores, mas quais os benefícios para o homem dos gatos domésticos? Erika Herdy, tutora da gatinha Capitu, conta que após a adoção da peludinha, sua saúde mental melhorou bastante: "Ela é incrível e carinhosa. Se eu choro, a gata vem no meu colo e me acalma, ronrona, lambe o rosto. Ela reconhece quando estou ansiosa. Em geral, a minha rotina se tornou mais prazerosa pois tenho um pet para cuidar, tenho que acordar de manhã, dar água e comida e cuidar do cantinho dela”, diz.
Ela explica que a adoção ocorreu durante a pandemia, quando seu quadro teve uma piora. Erika teve que comprovar que ela é uma gatinha de suporte emocional após uma exigência da administração do seu prédio - que não permitia pets: “A adoção da Capitu foi sem atestado de gato de suporte emocional. Durante um incidente, a portaria percebeu a presença da gata e exigiu essa documentação. A minha psicanalista, com quem me trato há cinco anos, assinou o laudo”, esclarece. Erika também acredita que a Capitu é uma gata que faz toda a diferença no tratamento e fala sobre os benefícios de criar um gato. “A Capitu tem o dom de me acalmar, senta no meu colo e passa a sensação de calma e de paz. Fazer carinho nela me acalma. Adotar ela foi uma das melhores decisões que eu poderia tomar”, desabafa ela sobre a adoção de gato.
Além de garantir a permissão de moradia em ambientes que não permitem pets, a lei do animal de suporte emocional também permite a presença do pet em outros locais, como viajar com gato de ônibus, de avião e ou entrar em outros locais públicos ou privados na companhia do animal.