Com uma média de 16 anos de expectativa de vida, o gato idoso precisa de alguns cuidados específicos para uma velhice tranquila. A fase de vida requer algumas mudanças alimentação do gato, exercícios físicos, brincadeiras e cuidados básicos. A idade mais avançada ainda requer mais visitas ao veterinário, já que o bichano mais velhinho está propenso a desenvolver alguns problemas de saúde, como a Síndrome da Disfunção Cognitiva - uma espécie de alzheimer em gatos. Para te ajudar como cuidar do seu gato idoso, o Patas da Casa reuniu em uma só matéria informações informações importantes sobre a velhice felina. Além disso, terá oportunidade de tirar algumas dúvidas sobre alimentação, saúde e mudanças de comportamento nessa fase da vida.
Gato idoso: como saber que o animal está chegando na terceira idade?
Geralmente, os gatos chegam na terceira idade a partir dos sete anos de vida. Cada gato apresenta sinais de envelhecimento de uma maneira diferente, mas alguns processos são comuns entre a maioria dos felinos. Com a idade, a tendência é que a pelagem do gato fique mais branca, principalmente ao redor dos olhos e nariz. Em alguns gatos, surgem também algumas manchas mais escuras na pele. Alterações na visão e audição também são comuns. É normal também que os dentes do gato fiquem mais desgastados com o tempo. Pode ocorrer perda de dentes na velhice, mas isso depende mais dos cuidados bucais que o animal recebeu ao longo da vida.
Além desses sinais físicos, algumas mudanças comportamentais também podem indicar o envelhecimento. O gatinho quando vai ficando mais velho tende a interagir menos com as pessoas. Ele também poderá dormir mais, mas o sono já não é tão profundo quanto antes. O felino idoso pode se tornar mais rabugento, ficando mais exigente na hora de comer. Ainda é possível que você observe alguns comportamentos que não costumavam acontecer anteriormente, como o gato fazendo xixi fora do lugar.
Como a velhice afeta a saúde do gato idoso?
Por conta das mudanças físicas que a velhice traz para os gatos, algumas doenças também costumam ser mais recorrentes com a idade mais avançada. Enfermidades como artrite, bico de papagaio, doenças cardíacas e insuficiência renal costumam ser mais comuns nessa fase da vida. O apetite é uma das primeiras coisas afetadas quando o gato chega na velhice, porque nessa fase os bichanos ficam com olfato, paladar e audição pouco apurados. A perda de dentes em gatos idosos também costuma ocorrer, assim como doenças gengivais. Quando todos esses problemas são associados, o gatinho ainda pode vir a apresentar perda de peso.
Além disso, o felino idoso costuma ficar com as articulações menos flexíveis e frágeis, que podem resultar em problemas graves de dor e mobilidade, podendo desenvolver a osteoartrite, que é uma das doenças de gatos idosos mais comuns. Por isso é comum os gatos ficarem com a capacidade de autolimpeza afetada pelos problemas de locomoção. O gato idoso fica mais exposto a infecções e doenças, pois sua capacidade natural de produzir uma resposta imune tende a diminuir com a idade.
Gatos idosos: sinais para ficar de olho
Quando falamos de um gato idoso, qualquer pequeno sintoma deve ser investigado, pois pode ser sintoma de alguma doença mais grave. Veja alguns sinais que devem ligar o alerta!
- Beber água e urinar em excesso: podem indicar problemas renais;
- Perda de apetite ou peso: pode indicar problema digestivo;
- Rigidez e dificuldade de locomoção: podem indicar artrite;
- Gato se escondendo e não reagindo a estímulos: podem indicar letargia;
- Vômitos: pode ser um sintoma de insuficiência renal;
- Dificuldade para respirar: é um sinal de asma felina, alergias ou vermes pulmonares;
- Gengivas pálidas, cinza ou azuladas: podem indicar anemia;
- Tremores: podem indicar medo, estresse, dores e problemas neurológicos.
Como cuidar de gato idoso?
A melhor forma de promover mais qualidade de vida a um felino idoso é nunca deixando de dar atenção a ele. As brincadeiras devem continuar fazendo parte da rotina do felino, mesmo ele tendo menos disposição. Estimular o bichano a se movimentar vai ajudar o gato a não sofrer efeitos do sedentarismo. Por isso, o ideal é não deixar de investir em brinquedos para gatos que estimulem o lado caçador do animal, como varinhas e bolinhas. Essas brincadeiras também irão fazer o gato ficar mais relaxado.
E falando em relaxar, um dos cuidados mais essenciais que os tutores de gatos idosos devem se atentar é o descanso dos pets. Se na vida adulta os gatos já costumam dormir bastante, quando ficam idosos esse hábito tende a ficar até mais intensificado. Um gato idoso pode dormir por até 18 horas por dia, por isso é importante enriquecer o ambiente com locais para que ele descanse de forma confortável. Os felinos gostam de variar o local da soneca, então além da caminha, invista em redes, camas suspensas para gatos e almofadas. Outro cuidado importante é escovar os pelos do pet. A escovação da pelagem deve ser feita com mais frequência, principalmente porque com a idade mais avançada o animal costuma apresentar mais dificuldade em se higienizar.
Levar o gato idoso ao veterinário com frequência é um dos principais cuidados de saúde que se deve ter. O profissional vai avaliar a rotina do gatinho e pedirá exames para verificar as funções renal, biliar e hepática - que é mais fundamental ainda nessa fase. O indicado nessa fase é fazer um check-up a cada seis meses. Caso suspeite que seu gatinho esteja com algo mais sério, o atendimento precisa ser imediato para evitar a progressão dos sintomas.
Alimentação: qual a melhor ração para gatos idosos?
A alimentação também é um assunto muito importante quando o gato envelhece. A melhor ração para gatos idosos é a indicada para essa fase de vida. A ração sênior possui nutrientes específicos que acompanham as mudanças no organismo que ocorrem na velhice. Com o passar do tempo é normal, por exemplo, que o sistema digestivo do gato fique mais lento. Além disso, a ração para gatos idosos também costuma ter uma textura mais macia que facilita a mastigação - o que é muito necessário, pois os dentes dos felinos mais velhos são mais frágeis. Antes de fazer a troca da ração, o ideal é consultar o médico veterinário que acompanha o animal para que ele indique a melhor ração. Existem rações sênior dos mais variados tipos como, ração para gato idoso castrado, com doença crônica, com problemas nos rins e por aí vai… No caso de algum problema específico de saúde, a recomendação de um profissional é indispensável.
O sachê, ou ração úmida, é super indicado nessa fase de vida, pois ajuda a estimular o apetite e ainda aumenta a ingestão de água no dia a dia. Dependendo do histórico de saúde e do resultado dos exames de rotina, pode ser necessário utilizar alguma vitamina para gato idoso. Normalmente o suplemento alimentício é indicado por veterinários quando o gato apresenta alguma deficiência nutricional ou caso esteja passando por um tratamento específico. Por isso, nunca dê a vitamina por conta própria, pois pode gerar um efeito reverso e prejudicar a saúde do animal.
Não abandone um gato idoso!
Infelizmente os gatinhos idosos costumam sofrer muito com o abandono. Antes de adotar um animal, é importante ter consciência de que ele viverá alguns anos ao seu lado e precisará de uma velhice digna e tranquila, com todo o suporte que precisar. Além disso, se você está pensando em adotar um bichano para chamar de seu, considere pegar um gato mais velhinho: alguns vivem a vida toda em abrigos e sem uma família para chamar de sua. Adotar um gato idoso é, sobretudo, um ato de amor!
Redação: Hyago Bandeira