Já ouviu falar na teoria de que os gatos pressentem coisas ruins? Sim, é verdade que existem algumas coisas que os gatos conseguem prever - mas isso não necessariamente tem a ver com um pressentimento, sexto sentido ou misticismo. Na verdade, todas as situações que os gatos “preveem” tem uma explicação lógica que envolve a sensibilidade tátil, olfativa e auditiva da espécie.
Se você tem vontade de saber se o gato sente quando o dono vai morrer e outras curiosidades da percepção felina, veja o infográfico abaixo com 5 situações que esses animais conseguem prever!
Gatos sentem quando o dono vai morrer ou está doente
Sim, é verdade: o gato “sente” quando o dono está doente ou prestes a falecer (se a causa da morte for natural). Isso não acontece porque eles têm um dom, mas porque os sentidos aguçados da espécie ajudam a decifrar quando tem algo de errado com o corpo dos donos. Nesse caso, o olfato é o principal responsável.
Os gatos sentem quando estamos doentes porque ocorrem mudanças químicas no nosso organismo que são facilmente percebidas por eles. Essas mudanças alteram o nosso cheiro e os felinos reconhecem que algo não está certo. Isso vale tanto para doenças como câncer e diabetes, como também para transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão. Mas, apesar de ajudarem no tratamento de vários quadros por meio da pet terapia, não se pode afirmar que os gatos absorvem doenças de seus donos.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, o gato sente quando o dono vai morrer de causas naturais. A explicação é a mesma: quando uma pessoa está prestes a morrer, pequenas alterações no organismo denunciam o que está acontecendo e são detectadas pelo olfato felino.
Gatos preveem terremotos por causa das vibrações do chão
Quando falamos que os gatos pressentem coisas ruins, uma das primeiras coisas que passa pela nossa cabeça é a relação com terremotos e desastres naturais. Há vários relatos de tutores que perceberam mudanças no comportamento do gato minutos ou horas antes de acontecer um abalo sísmico. Geralmente, os gatos ficam estressados e podem até tentar fugir para zonas mais afastadas.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, isso não tem a ver com um sexto sentido. A verdade é que a maioria dos animais estão “sintonizados” com o meio ambiente e conseguem perceber esses desastres antes de eles acontecerem porque normalmente ocorre uma mudança da pressão estática no ambiente que desperta um mal estar nos pets. Além disso, as patas dos gatos são uma região muito sensível e que conseguem detectar as vibrações que antecedem um terremoto, justificando essa “previsão”.
Gatos sabem quando vai chover por causa do barulho dos trovões
Diferentemente dos terremotos, os gatos não preveem as chuvas com base no tato. Na realidade, esses animais têm ajuda de um outro sentido nessas horas: a audição felina. Os gatos possuem um aparelho auditivo bem desenvolvido e são capazes de ouvir sons imperceptíveis aos nossos ouvidos. Para se ter uma ideia, enquanto a audição desses animais pode alcançar incríveis 65.000Hz, os humanos escutam em torno de 20.000Hz.
Por esse motivo, quando uma chuva se aproxima, os gatos já estão preparados para isso porque conseguem ouvir o barulho dos trovões há quilômetros de distância, mesmo que seja um ruído fraco e baixo. Além disso, o famoso “cheiro de chuva” também é percebido por eles, bem como as alterações na pressão atmosférica.
Gatos sentem energia das pessoas e conseguem decifrar o nosso humor
Assim como os gatos sentem quando estamos doentes, também é possível dizer que os gatos sentem a energia das pessoas. No caso, não é necessariamente a energia dos outros, mas sim o humor. Isso acontece porque os pets têm um alto poder de observação. Eles conseguem reconhecer nossas emoções por causa das nossas expressões faciais e, ao mesmo tempo, também conseguem decifrar o que está acontecendo por meio da audição (acredite, os nossos batimentos cardíacos podem dizer muito sobre como estamos nos sentindo). É por isso que quando o tutor está triste e cabisbaixo, os gatinhos fazem questão de não sair do lado dele.
Redação: Juliana Melo