A leishmaniose canina, também conhecida como calazar, é uma doença grave causada por parasitas que atacam o sistema imunológico dos cães. Já que pode ser transmitida para os humanos, ela é considerada uma zoonose e, por isso, os animais diagnosticados com a doença eram sacrificados até o ano de 2016, quando o Ministério da Saúde liberou o uso de um remédio para o seu tratamento.
Como a leishmaniose ataca o sistema imunológico do animal, além de provocar uma infecção grave nos órgãos dos infectados, é comum que o animal também fique suscetível a outras doenças. Em função disso, há uma infinidade de sinais que podem ser confundidos com outras enfermidades de cachorro. Dessa forma, o Patas Da Casa separou um guia com os principais sintomas da leishmaniose para ficar de olho.
O que á a leishmaniose canina?
Causada por um protozoário chamado Leishmania, a transmissão da leishmaniose canina ocorre por meio da fêmea do mosquito-palha. Como esse vetor é encontrado em espaços com muita matéria orgânica, ou seja, restos de folhas e dejetos, o ambiente deve sempre ser mantido limpo. A melhor forma de prevenir a doença é com a vacina de leishmaniose, mas há também outras alternativas como a coleira contra a leishmaniose, o repelente de mosquito para cachorro e telas de proteção contra insetos.
Há dois tipos de leishmaniose: a cutânea e a visceral. Enquanto a primeira é causada por dois tipos de parasita, a segunda é originada por três. Mas quando falamos em cães, a mais comum é a leishmaniose visceral. Veja os sintomas mais comuns a seguir!
1) Febre é um dos principais sintomas da leishmaniose
É estimado que muitos animais contaminados com a leishmaniose sejam assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas, pelo menos no início da infecção. Isso porque o tempo de incubação da doença varia de meses a anos, e conforme vai avançando e atingindo os órgãos, é que os primeiros sinais começam a aparecer.
Como se trata de uma doença infecciosa, o principal sintoma que surge é o cachorro com febre, um mecanismo de defesa do corpo contra quadros infecciosos. Seguido dele, em casos de progressão da doença para o intestino, também é comum o surgimento da diarreia com sangue e vômito.
2) Leishmaniose cutânea causa feridas na pele do cachorrp
Cutânea significa “que diz respeito à pele”, e como o próprio nome já diz, mesmo sendo mais rara do que a visceral, os principais sintomas desse tipo de leishmaniose são feridana pele do cachorro, especialmente no focinho, rosto e orelhas. Em casos mais avançados, também é comum o crescimento anormal das unhas.
Isso porque os parasitas da leishmania, ao se instalarem nas células responsáveis pelo sistema imunológico, os macrófagos, se multiplicam e atacam a célula. A resposta inflamatória do organismo causa danos na pele, que podem variar desde úlceras abertas a feridas descamadas.
3) Cachorro com leishmaniose pode emagrecer e ficar sem apetite
Como a leishmaniose canina pode atingir diferentes órgãos do corpo, um dos sintomas mais comuns ao atingir o baço, fígado ou os rins, é o emagrecimento e o cachorro sem apetite. A invasão provocada pelos parasitas pode interferir no metabolismo e no processo de digestão, interferindo na vontade de comer e na absorção de nutrientes dos alimentos. Por isso, nesses casos, é comum o desenvolvimento de anemia em cachorro, que também leva à fraqueza e fadiga.
4) Sintomas da leishmaniose: quadros avançados causam perda de movimentos
Em casos mais avançados da leishmaniose canina, em que o parasita atinge o sistema nervoso central do animal, complicações neurológicas podem levar à perda dos movimentos das pernas. Alguns cães também podem desenvolver artrite, que também comprometem sua locomoção.
O diagnóstico precoce da leishmaniose canina permite um tratamento mais eficaz
A única forma de saber se o seu cão está ou não infectado com o parasita da Leishmania, é a partir do exame de sangue de sorologia. A leishmaniose canina não tem cura, mas pode ser controlada com um tratamento multidisciplinar focado nos sintomas e em fortalecer a imunidade do cachorro. Esse acompanhamento deve ser feito pelo resto da vida. Por isso, quanto antes houver um diagnóstico, maiores são as chances do cachorro sobreviver e do tratamento dar certo. Se perceber qualquer sinal da doença, não hesite em buscar um veterinário o quanto antes.