Cuidados dos animais

Leishmaniose canina: como identificar os principais sintomas?

Publicado - 03 Julho 2023 - 16h44

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

Foto da Laura Furtado - Redatora

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

A leishmaniose canina, também conhecida como calazar, é uma doença grave causada por parasitas que atacam o sistema imunológico dos cães. Já que pode ser transmitida para os humanos, ela é considerada uma zoonose e, por isso, os animais diagnosticados com a doença eram sacrificados até o ano de 2016, quando o Ministério da Saúde liberou o uso de um remédio para o seu tratamento.

Como a leishmaniose ataca o sistema imunológico do animal, além de provocar uma infecção grave nos órgãos dos infectados, é comum que o animal também fique suscetível a outras doenças. Em função disso, há uma infinidade de sinais que podem ser confundidos com outras enfermidades de cachorro. Dessa forma, o Patas Da Casa separou um guia com os principais sintomas da leishmaniose para ficar de olho.

O que á a leishmaniose canina?

Causada por um protozoário chamado Leishmania, a transmissão da leishmaniose canina ocorre por meio da fêmea do mosquito-palha. Como esse vetor é encontrado em espaços com muita matéria orgânica, ou seja, restos de folhas e dejetos, o ambiente deve sempre ser mantido limpo. A melhor forma de prevenir a doença é com a vacina de leishmaniose, mas há também outras alternativas como a coleira contra a leishmaniose, o repelente de mosquito para cachorro e telas de proteção contra insetos. 

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Há dois tipos de leishmaniose: a cutânea e a visceral. Enquanto a primeira é causada por dois tipos de parasita, a segunda é originada por três. Mas quando falamos em cães, a mais comum é a leishmaniose visceral. Veja os sintomas mais comuns a seguir!

1) Febre é um dos principais sintomas da leishmaniose  

É estimado que muitos animais contaminados com a leishmaniose sejam assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas, pelo menos no início da infecção. Isso porque o tempo de incubação da doença varia de meses a anos, e conforme vai avançando e atingindo os órgãos, é que os primeiros sinais começam a aparecer.

Como se trata de uma doença infecciosa, o principal sintoma que surge é o cachorro com febre, um mecanismo de defesa do corpo contra quadros infecciosos. Seguido dele, em casos de progressão da doença para o intestino, também é comum o surgimento da diarreia com sangue e vômito.

2) Leishmaniose cutânea causa feridas na pele do cachorrp

Cutânea significa “que diz respeito à pele”, e como o próprio nome já diz, mesmo sendo mais rara do que a visceral, os principais sintomas desse tipo de leishmaniose são feridana pele do cachorro, especialmente no focinho, rosto e orelhas. Em casos mais avançados, também é comum o crescimento anormal das unhas.

Isso porque os parasitas da leishmania, ao se instalarem nas células responsáveis pelo sistema imunológico, os macrófagos, se multiplicam e atacam a célula. A resposta inflamatória do organismo causa danos na pele, que podem variar desde úlceras abertas a feridas descamadas.

cachorro cansado e com fadiga
A anemia é um dos sintomas da leishmaniose

3) Cachorro com leishmaniose pode emagrecer e ficar sem apetite 

Como a leishmaniose canina pode atingir diferentes órgãos do corpo, um dos sintomas mais comuns ao atingir o baço, fígado ou os rins, é o emagrecimento e o cachorro sem apetite. A invasão provocada pelos parasitas pode interferir no metabolismo e no processo de digestão, interferindo na vontade de comer e na absorção de nutrientes dos alimentos. Por isso, nesses casos, é comum o desenvolvimento de anemia em cachorro, que também leva à fraqueza e fadiga. 

4) Sintomas da leishmaniose: quadros avançados causam perda de movimentos

Em casos mais avançados da leishmaniose canina, em que o parasita atinge o sistema nervoso central do animal, complicações neurológicas podem levar à perda dos movimentos das pernas. Alguns cães também podem desenvolver artrite, que também comprometem sua locomoção.

O diagnóstico precoce da leishmaniose canina permite um tratamento mais eficaz

A única forma de saber se o seu cão está ou não infectado com o parasita da Leishmania, é a partir do exame de sangue de sorologia. A leishmaniose canina não tem cura, mas pode ser controlada com um tratamento multidisciplinar focado nos sintomas e em fortalecer a imunidade do cachorro. Esse acompanhamento deve ser feito pelo resto da vida. Por isso, quanto antes houver um diagnóstico, maiores são as chances do cachorro sobreviver e do tratamento dar certo. Se perceber qualquer sinal da doença, não hesite em buscar um veterinário o quanto antes.

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