A mastite felina é definida como uma inflamação das glândulas mamárias das gatas. Geralmente a enfermidade ocorre no pós-parto das gatinhas, mas também pode surgir por outras razões. O número de glândulas mamárias atingidas pelo problema pode variar para cada caso. Em muitas ocasiões, a mastite em gatas vai além da inflamação e acaba gerando uma infecção pelas bactérias dos tipos Escherichia Coli, Estafilococos, Estreptococos e Enterococos. Para você saber mais sobre essa enfermidade que pode afetar muito a saúde de gato, o Patas da Casa reuniu todas as informações em uma só matéria. Confira!
Mastite em gatos: o que você precisa saber sobre essa doença?
Apesar da mastite em gatas ser mais comum de ocorrer no pós-parto, ela também pode aparecer por motivos como: falta de higiene, machucados na região mamária, desmame abrupto, sucção dos filhotes ou até mesmo pela morte de algum gatinho. Quando a infecção bacteriana ocorre além da inflamação, ela se inicia no mamilo e se expande para as glândulas mamárias, podendo resultar em uma contaminação grave com gangrena, ou seja, a morte do tecido por falta de irrigação sanguínea.
Como prevenir a mastite felina?
A higiene durante o trabalho de parto da gatinha é uma das principais formas de prevenção da mastite em gatas. A limpeza deve ser reforçadas durante a lactação para reduzir os riscos da mãe entrar em contato com bactérias que são agentes causadores da mastite. Os principais cuidados que devem ser tomados nessa situação para evitar a doença são: trocar regularmente as mantas da caixa de parto, monitorar a ninhada e mãe para perceber com rapidez qualquer lesão na glândula mamária, avaliar diariamente a condição geral da gata e seus filhotes, fazer a limpeza da glândula mamária frequentemente e garantir que a mãe não faça suas necessidades no local onde ela fica com os filhotes.
A castração da gata é algo que deve ser considerado por todos os tutores. Além de ter um papel importante na prevenção da mastite felina, o procedimento também evita tumores nas mamas e órgãos reprodutores.
Sintomas da mastite: gato filhote da ninhada também pode sofrer consequências
Os sintomas da mastite em gatas podem variar de acordo com a gravidade do problema, mas alguns sinais se estabelecem tanto em casos mais graves como em mais leves. Uma característica inusitada sobre a doença é que muitas vezes os filhotinhos da gata também podem sofrer consequências do problema. Por conta da complicação, a gata pode não querer amamentar seus filhotes e por isso a ninhada não ganha o peso adequado, que costuma ser 5% de aumento depois de seu nascimento. Os sintomas da mastite na gatinha são:
- Glândulas mamárias inflamadas, duras, dolorosas e ulceradas
- Formação de abcessos (material com pus) e gangrena
- Descargas mamárias com pus ou sangue
- Leite com aumento de viscosidade
- Anorexia
- Febre
- Vômitos
Caso identifique qualquer um desses sinais, consulte um médico veterinário com urgência, visto que a mastite em gatas pode ser muito grave também para a saúde dos filhotes.
Como funciona o diagnóstico da mastite em gatos?
Para diagnosticar a mastite felina é ideal que o médico veterinário se baseie no histórico completo de saúde da gata, além de seus sintomas. Por isso, manter a rotina de consultas ao veterinário em dia é tão importante, principalmente no caso de gravidez. Isso será essencial tanto para o bem-estar da mãe durante a gestação quanto para a saúde dos filhotes. Além disso, alguns exames laboratoriais poderão ajudar a avaliar a situação da felina. Sendo eles:
- Cultivo bacteriano do leite
- Exame de citologia, que se baseia no estudo das células da secreção mamária
- Análise sanguínea para observar aumento de glóbulos brancos ou alterações nas plaquetas
Como é o tratamento da mastite felina?
O tratamento da mastite em gatas é feito com medicamentos antibióticos de amplo espectro, sendo Amoxicilina, Cefalexina e Cefoxitina os mais comuns para o caso. Nos casos mais graves, onde a mastite contém gangrena é possível que a gata precise passar por intervenção cirúrgica para extirpar o tecido necrótico. O prognóstico costuma ser positivo na maioria dos casos.
Não é recomendado que a amamentação dos filhotes seja interrompida durante o tratamento, exceto nos casos onde exista a formação de abcessos e mastite gangrenosa. A lactação do filhote de gato deve ter uma duração mínima que oscila entre oito e 12 semanas. Continuar com a amamentação, inclusive, vai favorecer a drenagem das mamas. E fique tranquilo: os antibióticos no organismo da gata não oferece perigo aos gatinhos.
Redação: Hyago Bandeira