Cuidados dos animais

O que acontece quando separa um filhote de gato da ninhada e da mãe?

Publicado - 18 Novembro 2024 - 16h28

Atualizado - 18 Novembro 2024 - 18h03

Foto da Laura Furtado - Redatora

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

É consenso que todo filhote de gato é uma fofura, mas ele também é uma criatura que depende profundamente da mãe e dos irmãos nas primeiras semanas de vida. Afinal, eles ainda são muito novinhos e precisam dessa companhia e cuidado para se desenvolverem de maneira saudável. Muita gente não sabe, mas quando os gatinhos são separados precocemente da mãe e da ninhada, eles podem desenvolver problemas no futuro que afetam o bem-estar físico e emocional deles. Confira o impacto dessa atitude na vida do gato, quando separar um filhote e outros detalhes!

Quando separar o filhote de gato da ninhada?

É muito comum surgir a dúvida de quando separar o filhote de gato da ninhada após o nascimento. Uma ninhada de gatos pode gerar por vez até 10 gatinhos, então muitos tutores que não desejam ficar com todos os filhotes se questionam quando é mais seguro doá-los. De acordo com especialistas, o momento ideal para separar o filhote de gato da mãe e dos irmãos é após os 60 dias de vida. Antes desse tempo, os filhotes ainda são muito dependentes dos cuidados da mãe, especialmente porque precisam se alimentar do leite materno até, no mínimo, os 40 dias de vida. Quando não se respeita esse tempo, existem algumas consequências! 

3 coisas que podem acontecer ao separar o filhote da ninhada antes do tempo

1) A mãe pode sofrer com a falta do filhote de gato

filhotes de gato deitados em uma manta
Separar o filhote de gato dos irmãos e da mãe traz malefícios para a saúde física e emocional do animal

Apesar da gestação de gato ser bem diferente da dos humanos, a mamãe gata também pode sentir saudade do filhote quando ele é retirado dela logo após o nascimento. Afinal, mãe é mãe, não importa a espécie. Mesmo que sejam uma espécie naturalmente mais independente, as gatas possuem um forte instinto materno, então estão sempre em constante interação com os filhotinhos, seja alimentando, limpando ou os protegendo.

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Por isso, quando o filhote de gato é separado da mãe, ela pode sofrer emocionalmente e fisicamente com essa perda. Você pode se deparar com um gato estressado, mais ansioso e triste no dia a dia. Inclusive, elas podem até desenvolver depressão e problemas de saúde quando isso acontece.

2) O filhote de gato pode desenvolver problemas de saúde

Não é só a mamãe gata que sofre com essa separação: os filhotes de gato também podem apresentar problemas físicos e emocionais decorrentes do afastamento precoce. Um dos pontos mais preocupantes é em relação a imunidade do gato filhote. Ao se alimentar do leite materno, ele recebe todos os nutrientes e vitaminas que são fundamentais para o fortalecimento da sua imunidade, já que o leite contém anticorpos que protegem o felino contra uma série de doenças. Por isso, quando ele é privado de se alimentar dessa fonte, ficam mais suscetíveis a adoecer.

Além disso, é importante que o desmame do leite seja feito antes da doação do animal: quando os gatinhos são expostos a uma alimentação inadequada antes de estarem prontos, podem apresentar problemas gastrointestinais, como diarreia e vômitos. Esse processo deve ser feito gradualmente, após os filhotes completarem no mínimo 40 dias de vida.

3) O filhote de gato pode ser menos sociável com outras pessoas e animais

Outro problema muito comum relacionado à separação precoce do filhote de gato é com a socialização dele. Um filhote separado cedo demais da ninhada não tem tempo de desenvolver habilidades sociais que são fundamentais para a interação com outros animais e pessoas na vida adulta. É importante ter em mente que a ninhada de gatos é muito mais do que um grupo de filhotinhos fofos, mas o primeiro círculo social do felino.

É com os irmãos felinos e com a mãe que o gatinho vai começar a desenvolver as primeiras habilidades sociais, que são tão importantes para o comportamento do felino no futuro. Na medida em que se desenvolvem, eles abrem os olhos, passam a escutar, começam a interagir com os irmãos e já é até possível escutar o miado de gato filhote bem baixinho. Essa interação permite que o filhote aprenda a confiar e se acostumar com a presença de outros animais. Gatinhos que não vivem essa experiência podem se tornar mais ariscos no futuro, medrosos e até meio antissociais. 

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