Saúde de gato

Perigo invisível: esse bichinho "inofensivo" que mora na sua casa pode matar o seu gato em poucas horas

Publicado - 05 Junho 2024 - 12h47

Atualizado - 05 Junho 2024 - 12h47

Foto da Vansessa Zimbre - Veterinária especializada em Medicina Felina

Vanessa Zimbres / Veterinária especializada em Medicina Felina

CRMV CRMV: SP 19672

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia; pós-graduada em Medicina de Felinos pela Universidade Anhembi Morumbi. Especializada em Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos pela Universidade Castelo Branco. Membra da AAFP (American Association os Feline Practitioners).

Foto da Juliana Melo - Repórter

Juliana Melo / Repórter

Jornalista formada pela Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Sempre amei o universo pet e meu sonho sempre foi ter um cachorro ou gato, mas essa ainda é uma realidade um pouco distante pra mim. Me sinto um pouco Felícia perto dos bichinhos, e acho fantástico poder entender um pouco melhor o comportamento deles e ajudar tantos tutores por aí!

A oportunidade de entrar na equipe do Patas da Casa foi incrível, porque apesar de não ter um pet, sempre tive muita vontade de conhecer e compreender melhor esse universo. Hoje me sinto praticamente uma ‘expert’ em comportamento de cães e gatos e uma das maiores incentivadoras da adoção animal.

• Filme com animal preferido: “Sempre ao Seu Lado”
• Uma raça de cachorro: Dachshund
• Uma raça de gato: Maine Coon
• A curiosidade favorita sobre cachorros: A maneira como um cão se comporta depende principalmente da criação que ele recebe
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos enxergam os humanos como seus semelhantes (basicamente como se fôssemos gatos gigantes)
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar um cachorro ou gato é uma das decisões mais bonitas que alguém pode tomar, mas que precisa ser feita com muita responsabilidade
• Nome de pet favorito: Bilbo

O instinto caçador dos gatos sempre fala mais alto quando surge alguma pequena presa pela casa, como baratas, ratos e pássaros. Nessas horas, é bem capaz que o bichano fique super entretido e focado até conseguir colocar as ‘patas’ no seu alvo. Não se surpreenda, inclusive, se você receber um presentinho repentino — os gatos levam presentes para os donos como uma forma de demonstrar afeto, e, muitas vezes, esses ‘presentes’ são carcaças de presas. 

O que poucos sabem é que existe um bichinho que parece inofensivo, mas que pode causar um problema enorme para a saúde do seu amigo de quatro patas se virar o alvo dele: a lagartixa, que causa a doença da lagartixa em gatos. Entenda quais problemas essa espécie de lagarto pode provocar!

Mesmo que pareça inofensiva, a lagartixa faz mal para gato

Até tem quem pense que o gato pode comer lagartixa sem sofrer consequências, mas a verdade é que a lagartixa é um dos bichinhos mais perigosos para a saúde felina. Se o pet ingerir a lagartixa durante a caça, ele corre o sério risco de ser infectado por uma patologia gravíssima que é conhecida popularmente como a doença da lagartixa em gatos. Embora seja pouco conhecida entre os tutores, é importante ficar alerta e entender os detalhes desse quadro, que pode até mesmo ser fatal para os pets.

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Doença da lagartixa em gatos é chamada de platinosomose

O nome certo da doença da lagartixa é platinosomose felina, e ela é causada pelo parasita Platynosomum fastosum, que é um verme. Esse parasita tem um ciclo de vida que depende de três hospedeiros intermediários e um hospedeiro definitivo. O primeiro hospedeiro intermediário é o caracol da terra; o segundo pode ser tanto besouros quanto percevejos; enquanto o terceiro pode ser uma lagartixa, um sapo ou um lagarto. Já o hospedeiro definitivo é sempre o gato.

gato com a pata em direção a lagartixa
Quem pensa que gato pode comer lagartixa está muito enganado

O que acontece quando o gato come lagartixa?

Quando o gato come lagartixa infectada, ele contrai a doença platinosomose que afeta principalmente os dutos biliares do animal e dá início a um novo ciclo de vida do parasita. O verme se aloja no organismo do animal até atingir a fase adulta, quando está pronto para liberar ovos. Esses ovos, por sua vez, são eliminados nas fezes do gato, amadurecem e penetram no caracol da terra, reiniciando todo o ciclo.

Sintomas da doença da lagartixa em gatos variam conforme a gravidade do problema

Há casos em que o problema simplesmente não se manifesta ou então apresenta sintomas mais gerais e inespecíficos, podendo ser confundida facilmente com outros quadros. Mas, normalmente quando falamos da doença da lagartixa em gatos, sintomas incluem perda de apetite, emagrecimento, apatia, anemia, diarreia e vômitos.

Dependendo da gravidade da doença, o parasita pode atingir o fígado do animal e causar problemas ainda mais graves, como inchaço do abdômen, aumento do volume do fígado, icterícia em gatos, cirrose e até morte.

Doença da lagartixa em gatos tem cura?

Se houver qualquer suspeita de doença da lagartixa, gato deve ser avaliado por um médico veterinário o quanto antes. Quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor será o prognóstico. Isso porque, apesar de ser um tipo de verme em gatos, a platinosomose é uma doença que precisa ser tratada com vermífugos para gatos específicos — não é qualquer um que funciona.

“Vermífugos comuns não são capazes de eliminar o parasita. Apesar de conterem o mesmo princípio ativo, a dosagem para o tratamento é bem mais alta, bem como a frequência de administração”, explica a médica veterinária Vanessa Zimbres, que é especialista em gatos. Além disso, a profissional alerta que a prescrição médica deve ser de acordo com o peso do paciente.

Meu gato comeu uma lagartixa: o que fazer de imediato?

Ao perceber que seu gato comeu uma lagartixa, a principal recomendação é procurar uma consulta veterinária de emergência. Essa é a melhor maneira de garantir que a doença não vai se desenvolver no organismo do animal, já que o profissional responsável deve entrar com medidas preventivas para evitar maiores problemas. É importante evitar também a automedicação, pois ao invés de ajudar, pode piorar a situação.

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