Assim como os bebês humanos, um gato filhote é totalmente dependente da mamãe gata após o nascimento: eles mal conseguem andar e fazer as coisas sozinhos, então precisam da mãe para se alimentar, fazer as necessidades e ‘tomar banho’.
Esse é o período mais importante para o desenvolvimento do gato filhote. Interromper essa relação entre a gata e sua ninhada pode ser prejudicial tanto para a mãe quanto para os bebês gatos. Então é fundamental que, antes de separar o gatinho da mãe para a adoção, os humanos respeitem o tempo certo.
Quando separar o gato filhote da mãe?
Uma gata prenha pode gerar em média seis filhotes por cada gestação, um número que pode ser assustador para algumas pessoas. Afinal, se a gatinha gerar 6 filhotes, são 7 gatos que o tutor precisa tomar conta no dia a dia, tarefa essa que pode ser desafiadora. Portanto, para diminuir o trabalho, a solução que muitos encontram é procurar por alguém que queira adotar gato filhote, mas quando é recomendado separar o filhotinho da mãe?
De maneira geral, especialistas recomendam que o filhote de gato seja doado a um novo tutor somente após 60 dias de vida. Antes disso, a ninhada de gatos é muito dependente dos cuidados das mães, e precisa desse tempo mínimo para se desenvolverem de maneira saudável.
Separar os filhotes da mãe precocemente pode gerar consequências negativas na vida do felino que podem acompanhar ele pelo resto da vida. Inclusive, você pode não saber, mas a mãe sente falta dos filhotes gatos que são doados precocemente e podem ficar mais estressadas, tristes e ansiosas. Para evitar que isso aconteça, é importante respeitar esse período de interação entre os dois.
Entenda as fases de desenvolvimento do gato filhote
Para entender melhor como os filhotes de gatos se desenvolvem e como a separação precoce pode impactá-los nesse processo, é preciso compreender as fases de desenvolvimento dos bichanos. Durante as primeiras semanas do gato filhote, ele ainda se alimenta do leite materno. Ele é rico em nutrientes e vitaminas que são importantíssimas para o desenvolvimento dos gatos filhotes e para o fortalecimento da sua imunidade.
O gato filhote também passa por mudanças físicas durante o primeiro mês que são perceptíveis para o tutor. Eles começam a abrir os olhos, passam a escutar, os pelos crescem e o animal tenta fazer os primeiros movimentos para explorar um pouco o ambiente. Durante essa fase, você também pode escutar o miado de gato filhote bem baixinho, pois eles podem começar a socializar com os irmãos felinos.
Já no segundo mês de vida, o gato filhote já está muito mais esperto e atento às mudanças que acontecem no ambiente. Eles naturalmente começam a se afastar um pouco da mãe para explorar, interagem mais ainda com os irmãos e começam a surgir os primeiros dentinhos. Quando completam os 40 dias, já podem passar pelo desmame do leite materno, processo que preferencialmente deve ocorrer antes adoção. Adotar gato que não passou pelo período de desmame pode ser complicado, pois o felino pode estar muito ligado à mãe e isso ainda pode comprometer o crescimento saudável dele.
Por isso, o recomendado é que o gato filhote seja doado após os 60 dias de vida. Até lá, eles já vão estar mais independentes, se alimentando sozinhos, mais sociáveis com outras pessoas e animais. Dessa forma, tendem a sentir menos o impacto dessa mudança brusca de casa e tutor.
Motivos para não separar o gato filhote da mãe antes do tempo
“Quero adotar um gato filhote, mas não quero esperar os 60 dias”. Se você está com pressa de adotar gato filhote e quer separá-lo antes do recomendado, precisa entender quais são as consequências dessa atitude para a vida do felino. Existem vários problemas em separar o filhote de gato da mãe antes do tempo, como:
- Gato mais doente: quando os gatos são doados antes do tempo indicado por especialistas, eles ficam mais suscetíveis a desenvolver doenças, pois o leite materno é um dos nutrientes mais importantes para o fortalecimento do sistema imunológico do gato filhote;
- Gatos menos sociáveis: alguns gatos filhotes retirados precocemente do convívio com a mãe e irmãos podem ser mais medrosos ou ariscos do que os gatinhos que tiveram a oportunidade de socializar com a ninhada. Esse contato durante os primeiros 60 dias de vida permite que os gatos filhotes saibam lidar melhor com a presença de outras pessoas e animais;
- A gata sente falta dos filhotes: quando o gato filhote é retirado de perto da mãe antes dos 60 dias, elas podem sofrer emocionalmente e fisicamente com isso. Elas podem ficar mais estressadas, desenvolver problemas de saúde, como a alopecia em gatos e a depressão, miarem em excesso e uma série de outros comportamentos prejudiciais para a qualidade de vida do animal.
Por isso, se você quer mesmo adotar um gato, é importante esperar esse período mínimo de 60 dias antes de separar o bichano da mãe. Assim, você evita que o gato filhote desenvolva problemas comportamentais e emocionais no futuro e garante que ele terá o desenvolvimento adequado!