Amar tanto alguma coisa a ponto de marcar aquilo na pele é algo que virou comum para quem tem a coragem de enfrentar as agulhas de um tatuador. Há quem tatue flores, frases, trechos de músicas, nomes de pessoas amadas e, como não podia ser diferente, o rostinho dos próprios pets. Acertar no desenho da fisionomia de um animal é tão difícil quanto com os humanos, mas a gente encontrou uma pessoa que consegue: é a Beatriz Rezende (@beatrizrtattoo), tatuadora de São Paulo que é especializada em reproduzir fotografias de pets na pele dos clientes. A gente conversou com ela para saber um pouco mais sobre esse trabalho e para te ajudar a descobrir se, no fim das contas, vale a pena ou não eternizar a carinha do seu cachorro ou gato na pele (alerta de spoiler: vale, sim!). Ainda tem uma galeria com fotos reais de pessoas que homenagearam os bichinhos de estimação com tatuagens aí embaixo.
Tatuagem de cachorro, gato e outros pets: por que a Beatriz se especializou nelas?
A Beatriz contou para a gente que trabalha com tatuagem há quase três anos, mas que há pouco mais de um tem o foco em tatuagens de pets. E o motivo é simples: “decidi me especializar porque são tatuagens que contêm muita emoção, além de serem bem pessoais. Às vezes, a pessoa me traz uma fotografia que é muito especial para ela e eu faço questão de retratar isso da melhor forma porque sei o quanto aquilo realmente tem um significado”, ela contou. Qualquer pessoa que tem noção do que é amar um bichinho sabe do que ela está falando!
Ela continuou: “Tem várias histórias que me marcam porque eu sou muito emotiva. Algumas são dolorosas demais, outras são muito alegres e cheias de curiosidades. Algumas tem um início triste e um final feliz, mas todas têm muito sentimento. Por isso, faço questão de retratar essas figurinhas com o máximo de respeito e cuidado possível. Eu poderia ficar aqui contando várias histórias que me marcaram… mas todas têm sua singularidade”.
Afinal de contas, vale a pena fazer tatuagem de cachorro e gato (ou de qualquer outro animal que você tenha)?
“Para uma pessoa que está pensando em tatuar o animal de estimação, mas ainda não tem certeza, eu diria para tatuar sem ter dúvidas! É uma tattoo que a pessoa nunca vai se arrepender de ter feito. Você nunca vai ouvir alguém dizendo: ‘ah, mas meu cachorro me traiu’! Se a pessoa realmente ama o pet dela, ela vai tatuar e vai amar o resultado. E eu falo isso com propriedade, pois meus clientes sempre saem com o mesmo sorriso no rosto — alguns um pouco mais emocionados que os outros. Acho que se uma tatuagem tem um significado tão forte, vale a pena ter ela pro resto da vida”. Em palavra de profissional a gente confia: e você, já escolheu a foto do seu amigo que vai parar na sua pele depois desses argumentos da Beatriz?
Mais um motivo para acreditar na propriedade da Beatriz para falar sobre o assunto é que ela mesma tem um bichinho de estimação tatuado: “tenho minha porquinha da Índia tatuada no punho e na frente da canela. Faria até outras, porque ela é linda de morrer. O nome dela é Arya Stark e eu tatuei com os dizeres, o cabelo, a roupinha e as espadas da personagem de Game of Thrones. É uma tatuagem que me faz dar risada toda vez que eu olho”. E não para por aí: ela está planejando uma tattoo para homenagear a cadela que teve e faleceu em 2014 depois de 15 anos de companhia e amor. “Estou buscando as fotos e talvez um dia eu mesma faça em mim”.
O processo de criação da Beatriz é personalizado e individual
Para a tatuagem do seu pet ficar tão especial, é claro que o desenho precisa ser bem feito e combinar com você e a sua personalidade. Por isso, a escolha do profissional acaba sendo super importante para o resultado final. No caso da Beatriz, os resultados incríveis começam no processo de criação: “eu faço tudo com base no que o cliente descreve para a tatuagem dele. Alguns têm preferência por elementos geométricos no recorte da imagem. Outros têm preferência por flores. Outros optam por não colocar nenhum elemento ao redor. Às vezes, algumas fotografias pedem algo a mais e se o cliente me deixa livre pra criar, eu só preciso de um norte para seguir”.
Redação: Ariel Cristina Borges