Sabia que adestrar gato é algo totalmente possível? É isso mesmo: os felinos são plenamente capazes de aprender truques, como dar a pata e sentar. Além disso, o adestramento também é uma forma de corrigir certos comportamentos, como subir na mesa e derrubar as coisas. O problema é que muitos tutores não sabem exatamente como adestrar gatos, e acabam cometendo uma série de equívocos nesse processo, muitas vezes reproduzindo técnicas normalmente usadas com cães. Logo, o resultado não é satisfatório. Veja abaixo o 5 erros que você deve evitar na hora de adestrar um gato!
1) Não tente adestrar gato como se ele fosse um cachorro
Esse provavelmente é o maior deslize de quem não sabe como adestrar um gato: muitos acham que o processo é similar ao adestramento de cães, mas não é bem assim. Os felinos têm uma personalidade naturalmente mais independente e muitas vezes preferem seguir os próprios instintos. Isso quer dizer que eles podem demorar um pouco mais a responder aos treinamentos, mas não significa que eles não são inteligentes. O adestrador de gatos, na realidade, precisa saber o que está fazendo para despertar o interesse da espécie.
Os bichanos agem pensando nos benefícios que aquela atitude vai proporcionar. Por isso, snacks e recompensas funcionam como reforço positivo nos treinamentos. A diferença é que eles não conseguem prender o foco por muito tempo, então é importante que o treino seja dinâmico e com curtos intervalos. Sessões de até cinco minutos por dia são as mais indicadas, sempre com recompensas no final.
2) Não conquistar a confiança do bichano antes de iniciar adestramento de gatos
Adestrar um gato não é apenas uma maneira de educar o animal, mas de deixá-lo mais próximo do dono. Porém, não dá para fazer isso com um bichano que você acabou de conhecer, pois são altas as chances de ele não te dar a menor confiança. É por isso que antes do adestramento, é fundamental que o tutor já tenha estabelecido um vínculo com o animal. Resumidamente: você deve saber como fazer um gato gostar de você.
Algumas dicas para isso são: respeitar o espaço e a privacidade do animal, não forçar contato com o pet, não olhar fixamente para o animal, não incomodá-lo enquanto ele dorme ou usa a caixinha de areia. Além disso, você pode tentar chamar a atenção do bichano com brinquedos e brincadeiras do interesse dele. A construção dessa relação vai facilitar bastante na hora de aprender como adestrar gatos.
3) Repreender o animal pode ter um efeito contrário na hora de adestrar gato
Tem quem pense que os castigos e punições são uma boa maneira de adestrar gatos, mas isso está longe de ser o ideal e pode até ter o efeito contrário. A violência - seja física ou verbal - não ajuda em nada, e pode até distanciar o gatinho de você. Os animais costumam fazer associações positivas e negativas às experiências que eles têm. Se na hora de adestrar gato, você brigar ou gritar com o animal, ele já fica em estado de alerta e pode se afastar. Já punições físicas - como fazer o gato cheirar a própria urina - são ainda piores, podendo deixar o gato traumatizado com a situação (e com você).
4) Achar que o adestramento de gatos não é necessário é outro erro que deve ser evitado
Às vezes os tutores não sabem como conduzir determinada situação e simplesmente aceitam as atitudes erradas do bichano por achar que eles não são capazes de distinguir o que é certo ou não. Não precisa ser assim. É totalmente possível educar o animal por meio do adestramento, como ensinar o gato a não subir na mesa e a não arranhar o sofá, por exemplo. Os treinos, inclusive, devem acontecer desde que o animal é filhote, que é quando eles têm maior curiosidade para aprender as coisas - mas sempre respeitando intervalos curtos para não ter um gato entediado com as sessões.
5) Para adestrar gatos, não deixe para corrigir o comportamento depois
Existe adestrador de gatos profissionais, mas no dia a dia você mesmo pode assumir esse papel para ensinar ao pet o que ele pode fazer ou não. Inclusive, um erro muito comum é deixar para chamar a atenção do animal depois, mas o ideal é repreender algum comportamento inadequado na hora do ato. Os gatos sentem culpa e remorso, mas têm a memória curta e podem voltar a repetir o erro pouco tempo depois. No entanto, a correção do comportamento com os estímulos certos ajuda a evitar que isso aconteça com tanta frequência.
Mas lembre-se: chamar a atenção não é a mesma coisa que punir. Tudo isso deve ser feito de forma calma e sutil, redirecionando o comportamento do animal para as coisas certas. Se ele arranhou o sofá, por exemplo, mostre o acessório adequado para ele fazer isso, que é o arranhador de gato.
Redação: Juliana Melo
Edição: Luana Lopes