Ninguém gosta de ver o próprio cachorro com medo e assustado, mas muitas vezes são coisas que fogem do nosso controle. Nessas horas, é muito comum você ver o cãozinho com a respiração ofegante, pupilas dilatadas e com o corpo todo se tremendo. Além disso, é bem provável que o animal tente se esconder em algum lugar que ele considera ‘seguro’.
Mas o que pode deixar o cachorro com medo? E mais importante: como lidar com seu aumigo diante dessas situações? Para entender melhor as fobias caninas, veja abaixo 7 coisas que podem amedrontar seu pet e descubra o que fazer em cada uma delas!
1) Cachorro com medo de chuva
Para alguns cães, basta começar a chover que eles ficam até arrepiados! Além do barulho dos trovões, que podem incomodar bastante a sensível audição desses animais, é muito comum ver um cachorro com medo de chuva por conta de traumas relacionados a isso. Se você tem um pet que foi resgatado das ruas, por exemplo, é bem provável que ele já tenha passado por situações bem desagradáveis quando chovia.
Sem ter um lugar para se abrigar, o cachorro devia ficar todo molhado e com frio — às vezes correndo até o risco de ter uma hipotermia. Por isso, se o seu doguinho tem medo de chuva, o ideal é tentar providenciar um refúgio seguro para o pet em dias chuvosos. Coloque uma caminha à disposição do animal com mantas, cobertores, brinquedos e petiscos. Assim ele vai se distrair e nem vai se dar muita conta do que acontece lá fora.
2) Cachorro com medo de ficar sozinho
Esse medo é chamado de ansiedade de separação. Nesse cenário, o cachorro apresenta uma certa dependência dos donos e simplesmente detesta a ideia de ter que ficar sozinho em casa. Essa dependência pode ser causada por vários fatores, como trauma de abandono, alterações bruscas na rotina ou até mesmo porque o tutor não estimula a independência do animal.
Para evitar um cachorro com medo de ficar só, o ideal é tentar acostumá-lo desde cedo a lidar com a própria companhia. O enriquecimento ambiental ajuda muito nessa questão, proporcionando distrações para o pet. Você pode apostar em brinquedos interativos, por exemplo, que divertem o pet e, ao mesmo tempo, estimulam as habilidades cognitivas dele.
Além disso, é bom fazer saídas-testes para ver como o pet se comporta na sua ausência. Comece com 10 minutinhos no corredor e, aos poucos, aumente o tempo fora. Outra dica é passear com cachorro antes de sair: ele vai ficar cansado e só vai querer relaxar depois.
3) Cachorro com medo de eletrodomésticos
Os cães têm uma capacidade auditiva surpreendente. Por isso, barulhos muito altos e repetitivos, como o som de alguns eletrodomésticos, podem incomodar bastante a audição canina. É comum que isso aconteça com certos aparelhos que todo mundo tem em casa, como liquidificador, aspirador de pó, máquina de lavar e secador de cabelo.
Se for o caso do seu amigo de quatro patas, é totalmente possível evitar um cachorro com medo desses barulhos no dia a dia. Uma dica é tentar manter o animal fora do mesmo cômodo que você vai usar esses aparelhos na hora de ligá-los, restringindo o acesso dele. Outra dica é ligar uma música para cachorro ouvir para tentar amenizar os ruídos desses eletrodomésticos.
4) Cachorro com medo de estranhos
Alguns cachorros são naturalmente desconfiados de quem eles não conhecem. Eles podem até ser super carinhosos com a família, mas se chegar uma pessoa desconhecida em casa, eles já mudam de postura e ficam na defensiva. Isso pode acontecer tanto por um instinto territorial da própria raça, como por traumas (principalmente no caso de animais de rua que já foram maltratados).
Nem sempre é possível evitar completamente que esse medo desapareça. No entanto, a socialização precoce do pet costuma ser uma boa maneira de tentar amenizar essa desconfiança, melhorando o convívio social do cachorro.
5) Cachorro com medo de outros cachorros
Além do medo de estranhos, também tem aqueles cães que até se relacionam bem com outras pessoas, mas simplesmente não conseguem lidar com a presença de outros cachorros. Isso pode acontecer principalmente com animais que têm uma personalidade mais submissa por uma questão de proteção. No entanto, não é saudável que o pet tenha medo de se relacionar.
Por esse motivo, saber como socializar cachorro com outros cachorros é um cuidado importante. Depois de tomar todas as vacinas, o cãozinho pode começar a passear e deve ser incentivado a interagir com outros pets de forma positiva, com brincadeiras, petiscos e elogios incluídos — e sempre a supervisão dos tutores.
6) Cachorro com medo de veterinário
Pode ser bastante comum ver um cachorro com medo de ir ao veterinário, o que pode acontecer tanto por experiências passadas quanto pelos estímulos que ele recebe no local. Afinal, é um ambiente que ele não tem muita familiaridade, com diferentes cheiros, sons e pessoas. Além disso, os exames físicos, que normalmente incluem o toque no animal, podem assustar e incomodar o pet.
Então como ajudar o cão nessas horas? O melhor a se fazer é tentar usar associações positivas para que ele se sinta mais tranquilo, com um brinquedinho que ele goste muito e alguns snacks. Você também pode levar uma peça de roupa sua para que o cachorrinho se apegue àquele cheiro conhecido.
Outra estratégia que alguns tutores utilizam é fazer uma dessensibilização no animal. Isto é, diminuir a sensibilidade que o pet pode apresentar a certos procedimentos, como vacina e contenção. Uma dica, por exemplo, é pressionar uma caneta na parte traseira do cãozinho, simulando a aplicação da vacina. Você também pode abraçar seu cachorro para simular uma possível contenção, deixando-o mais acostumado com esses processos.
7) Cachorro com medo de fogos
O barulho de fogos de artifício pode ser completamente aterrorizante para os cães. Muitos ficam completamente apavorados assim que os primeiros fogos surgem no céu, especialmente nas festas de fim de ano. Imagina só: esse barulho, que já é estridente para os ouvidos humanos, é ainda mais ensurdecedor para os ouvidos dos doguinhos — e é por isso que é tão comum ver um cachorro com medo de fogos por aí.
Felizmente, existem algumas estratégias que ajudam a acalmar o animal nessas horas. A técnica do telling touch é ótima para isso: ela consiste em amarrar um pano em volta do corpo do cachorro, proporcionando maior sensação de conforto e segurança a ele.
Além disso, você também pode colocar um protetor de ouvido no cachorro durante a queima de fogos ou simplesmente botar para tocar uma música de cachorro na TV nesse momento. Para completar, não esqueça de fornecer um ambiente seguro para o pet, com portas e janelas fechadas, além de uma caminha com cobertores para o animal ficar.