Você com certeza já deve ter se perguntado se cachorro pega dengue. Com a chegada do verão, o combo do calor intenso e as chuvas frequentes criam o cenário perfeito para a reprodução e proliferação de mosquitos no ambiente, especialmente o Aedes aegypti, transmissor da dengue. A picada de mosquito em cachorro pode ser bem comum, por isso, muitos tutores durante essa época ficam em dúvida se a doença oferece riscos aos seus pets. Afinal, será que cachorro pega dengue? O Patas da Casa vai te dizer se tem como cachorro pegar dengue e se existem outras doenças que podem ser provocadas por mosquitos. Vem conferir!
Afinal, cachorro pega dengue?
Com o aumento de casos de doenças provocadas pelo mosquito do Aedes aegypti no Brasil, é normal se perguntar se o cachorro pode pegar dengue, zika ou chikungunya. Afinal, essas três doenças podem ter um caráter bem agressivo no humanos e até provocar a morte em casos mais graves. A boa notícia é que a Zika, a Chikungunya e a dengue em cachorro não é possível, já que os seres humanos são os únicos hospedeiros do mosquito. Portanto, a afirmação de que cachorro pega dengue não é verdadeira!
O que acontece se o mosquito da dengue picar o cachorro?
Como os pets não são afetados pelo vírus da Zika, da Chikungunya e da dengue, eles não vão apresentar os mesmos sintomas que os humanos. Então se acontecer do mosquito do Aedes aegypti picar o animal, você não vai se deparar com um cachorro com febre, com diarreia e cansado. Quando esse pernilongo pica cachorro, é provável que ele só sofra com a coceira provocada pela picada e a vermelhidão na pele.
Mas e se o cachorro beber água com larva da dengue, faz mal? Pode sim fazer mal. Independente se a água estiver com larva ou não, se o animal ingerir qualquer líquido que esteja contaminado, ele pode passar mal, podendo apresentar vômitos e diarreia. É dever do tutor fornecer ao seu pet água limpa, fresca e tratada.
Contudo, embora o cachorro não contraia a dengue, existe a chance do mosquito transmitir a dirofilariose canina, conhecida popularmente como verme do coração. A doença pode ser transmitida pelo Aedes aegypti e outras espécies de mosquitos contaminados. Se o mosquito da dengue picar um cachorro contaminado com a doença, as larvas do verme passam para o inseto e se devolvem dentro dele, possibilitando que ele seja um vetor da doença se picar outro cachorro. Ou seja, o mosquito da dengue pega em cachorro, mas ele apenas pode transmitir o verme do coração.
Qual mosquito transmite doença para cachorro?
Agora que você já sabe que a afirmação de que cachorro pega dengue não é verdadeira, é importante ficar atento a outras doenças transmitidas pelo inseto. O mosquito-palha, por exemplo, é o transmissor de uma doença gravíssima chamada leishmaniose canina. Considerada uma zoonose, a leishmaniose ataca o sistema imunológico do animal, apresentando sintomas como anorexia, febre, perda de apetite, anemia, prostração e sintomas hepáticos. Esse tipo de mosquito é muito comum em lugares úmidos, que apresentam bastante matéria orgânica e pouca luz no ambiente. A melhor forma de prevenir a leishmaniose no cachorro é evitando o contato dele com qualquer tipo de mosquito. Manter o ambiente em que ele vive sempre limpo e sem lixo, evitar deixar água parada, usar coleiras contra leishmaniose e evitar passeios em locais com focos de mosquito sem repelente é a melhor forma de evitar esta grave doença de cachorro.
Pernilongo pica cachorro e pode causar doenças graves: saiba como evitar picadas
Existem algumas opções de repelente para cachorro contra mosquitos que ajudam a prevenir as picadas de insetos no animal. O primeiro deles é o repelente em spray, composto por ingredientes atóxicos, como a citronela, que deve ser borrifado no corpo do pet. As pipetas repelentes são mais práticas, devem ser aplicadas na nuca do cachorro a cada 30 dias. Porém, o método mais eficiente com certeza são as coleiras antipulgas, que também protegem os cães contra picadas de insetos, mas é preciso atenção ao rótulo do produto para escolher um que funcione como antipulgas e repelente. Lembre-se que não se pode passar repelente e humano em cachorro em hipótese alguma, pois o produto pode agredir a pele e intoxicar os cães. Além disso, é importante manter o ambiente em que o pet vive limpo, sem recipientes que podem armazenar água e se tornarem focos de mosquito.