Cachorro

Cisto em cachorro: veja quais os tipos e como tratar cada caso

Publicado - 11 Maio 2023 - 11h53

Atualizado - 06 Agosto 2024 - 10h39

O cisto em cachorro nem sempre é motivo de preocupação, alguns surgem como efeito de alguma vacina para cachorro, por exemplo. Essa pequena bolsa é formada por substâncias líquidas e é ocasionada por algum desempenho inadequado do organismo. Os mais comuns são relacionados a processos cutâneos. Além das vacinas, alguns cistos em cachorro podem ser resultados de um hematoma, simples de tratar. Em todo caso, o ideal é sempre buscar ajuda veterinária para identificar o tipo de caroço no pet e como tratá-lo. Sem o tratamento do cisto, cachorro pode sofrer de condições mais graves e até malígnas. Separamos algumas informações sobre os cistos mais comuns, bem como as causas e como costuma ser o tratamento de cada um. 

Cisto sebáceo em cachorro é um caroço com mau cheiro

Os cães possuem uma glândula sebácea que produz sebo para controlar a oleosidade da pele. O problema é quando a atividade das glândulas tem uma produção maior do que o normal. Isso causa diversos problemas, como mau cheiro e oleosidade. Além do mais, essas glândulas também podem ser obstruídas e gerar cisto sebáceo em cães, que são caroços benignos de consistência dura e até 6 cm de diâmetro. Obviamente esse tamanho preocupa e a tendência é que ele só aumente. 

O tratamento do cisto sebáceo no cachorro é cirúrgico, com uso de pomadas pré e após o procedimento. A prevenção é feita com uso de shampoos para cachorro adequados ao tipo de pelo que ajudem no controle da oleosidade. 

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Cisto apócrino: cachorro pode ter um ou vários caroços ao redor do corpo

A origem do cisto apócrino em cães não é muito diferente do cisto sebáceo. As glândulas apócrinas também têm a função de secretar substâncias oleosas da pele e, quando há muita produção, elas se obstruem e formam cistos. Eles são caracterizados como massas benignas rígidas, subcutâneas e o cão pode ter somente um ou vários desses nódulos espalhados pelo corpo. Porém, não são grandes como o cisto sebáceo e possuem um aspecto líquido amarelado ou avermelhado, sem muito risco. Em caso de “cisto apócrino de cachorro”, tratamento é bem simples. Geralmente, ele se rompe sozinho, sem evolução para algo mais grave. Porém, após o rompimento é recomendado limpar a eclosão com água e soro até a devida cicatrização. Esse cuidado evita uma possível infecção.  

Doença renal policística em cães é caracterizada pela presença de cistos dentro do órgão 

A doença renal policística em gatos é muito mais comum, principalmente em Persas, mas os cães também sofrem com essa doença genética e hereditária, caracterizada pela formação de cistos renais. É recorrente em algumas raças, como o Bull Terrier. Portanto, a prevenção é feita evitando a reprodução de novos exemplares, além de estudo genético de filhotes predispostos para amenizar os sintomas ao longo da vida. Infelizmente é uma condição progressiva que impacta na expectativa de vida do animal e demanda uma dieta específica. Os sintomas mais comuns são: apatia, dor, vômito, anorexia e até tremores. 
 

Propensão a cisto: cachorro Bull Terrier é uma raça que pode sofrer de doença renal policística
Propensão a cisto: cachorro Bull Terrier é uma raça que pode sofrer de doença renal policística

 

Cachorro com cisto dermoide ocular precisa de cirurgia

O cisto dermoide atinge os olhos do cachorro, surgindo a partir da pálpebra e se desenvolvendo acima da córnea. A causa dele é congênita, mas não é hereditária. É grave e pode acometer a visão do cachorro, mas felizmente é uma condição bem rara de acontecer. Os primeiros sinais podem aparecer já no filhote, que tem sintomas de ceratite e úlcera. O diagnóstico é feito com exames oftalmológicos e o tratamento é cirúrgico. Normalmente afeta mais as raças Dachshund, Pastor Alemão, Dálmata e Pinscher. 

Cisto aracnóide medular em cachorro impacta nos movimentos das patas

Esse cisto afeta cães e humanos (mas não é uma zoonose). Ele atinge a medula espinhal e causa problemas neurológicos. No começo, os sintomas são silenciosos, mas conforme avança,  o cão passa a sofrer de dor de cabeça, enjoo, convulsões, demência, problemas de coordenação motora e paralisia. A origem do cisto aracnóide é congênita por mau desenvolvimento das meninges. O tratamento é cirúrgico.

Injeções anticoncepcionais podem causar cistos ovarianos em cadelas 

Cistos nos ovários é muito comum em mulheres. Mas eles também são recorrentes em cadelas, principalmente as não castradas. O uso de anticoncepcional para cadelas injetável é um grande fator para o surgimento desses cistos, que podem ser hormonais ou não. São de características líquidas e gelatinosas, com pelo menos 0,2 cm de diâmetro (podendo chegar a 4,0 cm). Cachorro com cistos ovarianos sofre de dores, náusea, apatia e falta de apetite. Também é comum apresentar aumento do abdômen. O tratamento pode ser cirúrgico, com retirada do útero e dos ovários, ou hormonal. A castração do cachorro é a melhor forma de prevenção. 

Síndrome do cisto interdigital é mais comum em cães que sofrem de obesidade canina

O cisto interdigital é um caroço que surge entre os coxins das patas e é formado por uma massa avermelhada, de aspecto inflamado e que causa muita dor. Normalmente, ele é sintoma de outras doenças de pele, como a dermatite atópica canina. Causa dificuldade de locomoção e o animal pode apresentar lambedura excessiva do local. Atinge raças como o Labrador e Boxer, mas qualquer macho com obesidade pode adquirir. O diagnóstico do cisto interdigital em cães é clínico e o profissional pode solicitar uma biópsia. Antibiótico, anti inflamatório, pomadas e analgésicos fazem parte do tratamento, no qual o cão deve usar colar elizabetano para evitar o contato. Drenagem e cirurgia são outras formas de terapia. 

 

Redação: Erika Martins

Edição: Luana Lopes 
 

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