Levar o cachorro no veterinário é um cuidado que não pode ser negligenciado. A frequência vai depender da fase de vida do animal: um filhotinho precisa de consultas mensais para avaliação do crescimento e aplicação de vacinas; já para um cachorro adulto e saudável, as consultas anuais são suficientes; se estamos falando de um cachorro idoso, porém, o animal precisa passar por um check-up a cada seis meses. O exame de sangue para cachorro é a principal avaliação que o veterinário vai levar em conta para verificar o estado de saúde do animal - outros exames podem ser solicitados dependendo do caso.
O exame de sangue do cachorro é a principal forma de garantir um diagnóstico precoce e até mesmo prevenir o surgimento de algumas doenças, o que contribui para a longevidade do animal. Quer entender melhor a importância desse tipo de check-up? Desvendamos algumas dúvidas comuns!
Afinal, para que servem os exames de sangue em cachorro?
Assim como ocorre com os humanos, os exames de cachorro podem servir para uma série de situações. No entanto, muita das vezes, eles são solicitados antes de um procedimento médico ou cirúrgico e durante uma consulta de check-up. Nesses casos, os exames de sangue para cachorro ajudam a avaliar o quadro clínico do animal, detectar possíveis doenças ou distúrbios e até mesmo garantir a segurança do seu amigo em operações. Quadros infecciosos e inflamatórios, alterações nas plaquetas, anemia ou presença de parasitas também podem ser detectados por esses exames de cachorro. Além disso, eles são a forma mais eficaz de avaliar a aceitação do organismo do cão a determinados medicamentos.
O hemograma é um dos exames de sangue em cachorro mais completos
Se você tem um cãozinho e costuma fazer o check-up anual com o veterinário, já deve ter ouvido falar sobre o hemograma, certo? Responsável por diagnosticar diversas doenças, ele é o exame de cachorro mais solicitado nos consultórios. Mas, com tantas informações, entender os resultados do hemograma nem sempre é uma tarefa fácil. Para te ajudar, explicamos as principais informações fornecidas nesse exame de cachorro.
- Hematócrito (HCT): responsável por medir a porcentagem de glóbulos vermelhos para detectar quadros de anemia e hidratação;
- Hemoglobina e concentração média de hemoglobina corpuscular (Hb e MCHC): são os pigmentos transportadores de oxigênio das células vermelhas do sangue;
- Contagem de glóbulos brancos (WBC): é usado para calcular as células imunológicas do corpo do animal. Nesse caso, aumentos ou diminuições no WBC podem indicar doenças como a leucemia canina;
- Granulócitos e linfócitos/monócitos (GRANS e L/M): são tipos específicos de leucócitos que servem para proteger o cachorro contra patógenos e organismos estranhos. Por isso, a sua baixa pode indicar um sistema imunológico enfraquecido;
- Eosinófilos (EOS): são um tipo específico de glóbulos brancos que indicam condições alérgicas ou parasitárias;
- Contagem de plaquetas (PLT): mede as células que formam os coágulos sanguíneos. Ao detectar plaquetas baixas nos cães, pode ser sinal de doença relacionado ao sistema sanguíneo, como a trombocitopenia — que é a diminuição das células formadoras de coágulos;
- Reticulócitos (RÉTICOS): são os glóbulos vermelhos imaturos do organismo do animal. Níveis elevados, por exemplo, podem ser um sinal de anemia regenerativa;
- Fibrinogênio (FIBR): o FIBR fornece informações importantes sobre a coagulação do sangue. Em casos de níveis altos em uma cadela, pode ser um sinal claro de gravidez.
Alguns tipos de exame de sangue para cachorro também analisam o funcionamento geral do organismo
Além do hemograma, normalmente o veterinário pode pedir no check-up um exame de sangue de bioquímicas para analisar algumas funções do organismo do animal. Alguns exemplos são:
- Ureia e Creatinina Sérica: alterações nessas taxas normalmente estão associadas a problemas renais;
- ALT e Fosfatase Alcalina: funcionam como marcadores de possíveis doenças hepáticas. Nesse casos, são avaliados as concentrações de substâncias ligadas à função do fígado, como a albumina;
- Glicose: essa bioquímica serve para medir o nível de glicose no sangue do animal, facilitando o diagnóstico precoce dos quadros de diabetes.
Esse exame laboratorial também pode averiguar os níveis de substâncias que influenciam na saúde do cachorro, como ferro, potássio, sódio, cálcio, entre outros. O veterinário saberá exatamente quais taxas são importantes, levando em conta o histórico de saúde e idade do cãozinho.
Outros exames de cachorro indicados no check-up
Ainda que os exames de sangue em cachorro sejam fundamentais, eles não são os únicos necessários para proteger a saúde do seu amigo. Isso porque existe uma série de procedimentos que devem ser feitos anualmente para averiguar cada aspecto do organismo do animal. Nesse caso, é comum que o médico veterinário realize a anamnese, os exames físicos e cardiológicos em conjunto aos exames de sangue. Para ter uma avaliação precisa das condições do seu amigo, saiba mais sobre os exames para cachorro:
Anamnese: esse tipo de exame de cachorro serve para investigar possíveis variações de comportamento, hábitos alimentares, hidratação e frequência do cio do animal;
Exames físicos: o objetivo desses tipos de exames de cachorro é verificar se a pele do animal apresenta manchas, feridas e queda de pelos. Além disso, também pode servir para identificar a presença de pulgas e carrapatos no animal;
Exames cardiológicos: ecocardiograma, eletrocardiograma, aferição da pressão arterial e raio-x são alguns exemplos desses tipos de exames para cachorro. Nesses casos, eles costumam ser solicitados durante o check-up veterinário apenas quando há necessidade.
- Ultrassonografias: em alguns casos, o veterinário pode pedir a ultrassonografia, principalmente quando há suspeitas de infecção, presença de corpos estranhos, cálculos urinários ou renais, cistos ou tumores. O exame também é importante para acompanhar a gestação de fêmeas.
- Exame de urina: também utilizado para avaliar a função renal do cachorro, esse exame analisa desde a densidade urinária e ph até indícios de doenças sistêmicas.
Redação: Úrsula Gomes