A esporotricose em gatos é uma das doenças mais preocupantes que afetam os felinos. Causada por um fungo, ela carrega um estigma perigosíssimo: muitas pessoas acreditam que o gato infectado pela esporotricose deve ser sacrificado, mas isso está longe de ser verdade. Com o diagnóstico e o tratamento adequado, a esporotricose tem cura.
No entanto, como essa é uma zoonose que também pode ser transmitida para humanos e animais, é importante entender como essa doença afeta os gatos e a melhor forma de preveni-la. Confira a seguir 10 fatos sobre essa grave doença!
1) A esporotricose é causada por um fungo
A esporotricose é uma doença gravíssima que merece muita atenção. Ela é provocada por um fungo do gênero sporothrix, que gosta de viver em ambientes com muita matéria orgânica, como em jardins e florestas. Não é atoa que ela é conhecida por muita gente como ‘doença do jardineiro’, já que uma das principais formas de contágio é por meio do contato com plantas e terra contaminadas.
2) A esporotricose é uma zoonose
Toda doença de gato que pode ser transmitida para os seres humanos é chamada de zoonose. Esse é o caso da esporotricose em gatos: essa é uma doença que pode ser repassada dos gatinhos para os humanos, o que faz com que ela seja ainda mais perigosa.
Mas como essa transmissão ocorre? A esporotricose em humanos é transmitida por meio do contato com um animal infectado, como lesões, arranhões ou mordidas de gato. Os humanos também podem contraí-la ao manusear plantas e jardins. Por isso, é recomendado usar luvas para lidar com atividades relacionadas à jardinagem.
3) A esporotricose em gatos pode ser transmitida de diferentes formas
Os gatinhos podem contrair a esporotricose de várias formas. A doença é transmitida pelo contato direto entre um gatinho saudável e um gato infectado ou ao entrar em contato com solos e plantas contaminadas com o fungo. Uma briga de gato, por exemplo, pode transmitir a doença de um animal para o outro, principalmente se houverem arranhões.
4) O gato com esporotricose deve ficar isolado
A parte mais difícil da esporotricose felina com certeza é isolar o gatinho para que ele não tenha contato com outras pessoas e animais. Por se tratar de uma zoonose, o mais seguro é deixá-lo em um cômodo separado até o tratamento ser concluído, o que pode durar entre 6 meses e 1 ano. Geralmente, quando as feridas começam a desaparecer, os gatinhos já podem ser liberados do isolamento, mas é sempre bom checar com o médico veterinário antes de fazer isso.
Para que o peludo não se sinta entediado e sozinho durante o período de isolamento, é importante que o tutor invista no enriquecimento ambiental para gatos. Isso pode ser feito com nichos, prateleiras, diferentes caminhas, arranhadores e alguns brinquedos interativos.
5) A esporotricose em gatos causa feridas pelo corpo
O principal sintoma relacionado a esporotricose são as feridas em gatos. Localizadas na pele do animal, elas geralmente ficam em regiões do corpo como focinho, topo da cabeça e extremidades. A aparência dessas feridas na pele é bem marcante: elas são avermelhadas, profundas e podem conter pus. Além disso, são feridas em gatos que demoram muito tempo para cicatrizar e costumam evoluir rapidamente.
6) A esporotricose apresenta diferentes fases
A esporotricose felina geralmente começa com pequenas lesões na pele, mas nada que chame muita atenção. Com o tempo, essas feridas vão evoluindo e se tornando um pouco mais assustadoras, até chegar ao ponto de virar um quadro grave. Esses sinais marcam o agravamento da doença e podem ser dividido em três fases:
- Localizada: pequenas lesões em áreas específicas do corpo.
- Linfática: com o agravamento, o sistema linfático do gato é afetado, o que pode causar nódulos e caroços no corpo do animal.
- Disseminada: fase mais grave da esporotricose em gatos. Marcada por lesões grandes e profundas por todo o corpo e pode atingir órgãos internos.
7) A esporotricose em gatos causa outros sintomas além das feridas
Além das feridas, a esporotricose felina também manifesta vários outros sintomas, como abscessos, caroços, úlceras, secreções, anorexia, apatia, dificuldade de respirar e febre. É importante ficar de olho nesses pequenos sinais para levar o gatinho o mais rápido possível a uma consulta. Um diagnóstico precoce da esporotricose aliado a um tratamento adequado é fundamental para a recuperação do bichano.
8) A esporotricose em gatos tem cura
Se você já ouviu por aí que a esporotricose em gatos não tem cura, saiba que isso é uma grande mentira. Apesar de ser uma doença grave, ela pode sim ser curada, mas o tratamento demora muito mais tempo do que esperado. De 6 meses a 1 ano, o tutor precisa seguir à risca as recomendações médicas para que o gatinho fique curado. O tratamento da esporotricose em gatos envolve o uso de pomadas tópicas nas feridas, antibióticos e antifúngicos, e em casos mais graves, pode ser necessário terapias.
O grande problema da esporotricose felina é que, por ter um tratamento muito longo e que exige muito comprometimento, muita gente decide abandonar o gatinho. Não há nenhuma necessidade disso ser feito, já que com tratamento, amor e paciência, é possível curar o seu amigo de quatro patas.
9) A prevenção da esporotricose não é tão simples
Quando não há nenhuma vacina, como é o caso da esporotricose em gatos, a prevenção se torna muito mais complicada. Por isso, não tem jeito: para proteger o gatinho da esporotricose felina, você vai ter que privá-lo de sair de casa.
Ao ter contato com matéria orgânica e outros gatinhos na rua, o animal pode acabar contraindo a doença. A criação indoor, que envolve criar o gatinho sem acesso às ruas, é uma excelente forma de prevenir a esporotricose. Os veterinários também recomendam apostar na castração do gato, já que esse procedimento tende a evitar as fugas do animal para a rua.
No caso de um gatinho que já foi contaminado, também é importante que os tutores usem luva ao cuidar do animal, para evitar ao máximo o contágio.
10) É importante limpar o ambiente para evitar a esporotricose
Se você quer mesmo se ver livre da esporotricose, é hora de começar a cuidar mais do seu jardim e quintal. Para evitar que os fungos se desenvolvam nesses locais, os tutores precisam varrer diariamente o espaço, evitando o acúmulo de matéria orgânica, como folhas de árvores. Veterinários também recomendam limpar o chão da casa com desinfetante específico para pets e lavar as roupas e objetos que o animal teve contato. Lembre-se de utilizar luva durante todo o processo para que você não seja contaminado.