Gato

Como o gato pega esporotricose? 10 fatos para entender a grave doença que ataca a pele

Publicado - 01 Janeiro 2025 - 18h00

Atualizado - 02 Janeiro 2025 - 13h48

Foto da Laura Furtado - Redatora

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

A esporotricose em gatos é uma das doenças mais preocupantes que afetam os felinos. Causada por  um fungo, ela carrega um estigma perigosíssimo: muitas pessoas acreditam que o gato infectado pela esporotricose deve ser sacrificado, mas isso está longe de ser verdade. Com o diagnóstico e o tratamento adequado, a esporotricose tem cura. 

No entanto, como essa é uma zoonose que também pode ser transmitida para humanos e animais, é importante entender como essa doença afeta os gatos e a melhor forma de preveni-la. Confira a seguir 10 fatos sobre essa grave doença!

1) A esporotricose é causada por um fungo

A esporotricose é uma doença gravíssima que merece muita atenção. Ela é provocada por um fungo do gênero sporothrix, que gosta de viver em ambientes com muita matéria orgânica, como em jardins e florestas. Não é atoa que ela é conhecida por muita gente como ‘doença do jardineiro’, já que uma das principais formas de contágio é por meio do contato com plantas e terra contaminadas.

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2) A esporotricose é uma zoonose

Toda doença de gato que pode ser transmitida para os seres humanos é chamada de zoonose. Esse é o caso da esporotricose em gatos: essa é uma doença que pode ser repassada dos gatinhos para os humanos, o que faz com que ela seja ainda mais perigosa. 

Mas como essa transmissão ocorre? A esporotricose em humanos é transmitida por meio do contato com um animal infectado, como lesões, arranhões ou mordidas de gato. Os humanos também podem contraí-la ao manusear plantas e jardins. Por isso, é recomendado usar luvas para lidar com atividades relacionadas à jardinagem.

3)  A esporotricose em gatos pode ser transmitida de diferentes formas

gato sentado na janela olhando rua
A criação indoor é a melhor forma de prevenir a esporotricose em gatos

Os gatinhos podem contrair a esporotricose de várias formas. A doença é transmitida pelo contato direto entre um gatinho saudável e um gato infectado ou ao entrar em contato com solos e plantas contaminadas com o fungo. Uma briga de gato, por exemplo, pode transmitir a doença de um animal para o outro, principalmente se houverem arranhões.

4) O gato com esporotricose deve ficar isolado

A parte mais difícil da esporotricose felina com certeza é isolar o gatinho para que ele não tenha contato com outras pessoas e animais. Por se tratar de uma zoonose, o mais seguro é deixá-lo em um cômodo separado até o tratamento ser concluído, o que pode durar entre 6 meses e 1 ano. Geralmente, quando as feridas começam a desaparecer, os gatinhos já podem ser liberados do isolamento, mas é sempre bom checar com o médico veterinário antes de fazer isso.

Para que o peludo não se sinta entediado e sozinho durante o período de isolamento, é importante que o tutor invista no enriquecimento ambiental para gatos. Isso pode ser feito com nichos, prateleiras, diferentes caminhas, arranhadores e alguns brinquedos interativos.

5) A esporotricose em gatos causa feridas pelo corpo

O principal sintoma relacionado a esporotricose são as feridas em gatos. Localizadas na pele do animal, elas geralmente ficam em regiões do corpo como focinho, topo da cabeça e extremidades. A aparência dessas feridas na pele é bem marcante: elas são avermelhadas, profundas  e podem conter pus. Além disso, são feridas em gatos que demoram muito tempo para cicatrizar e costumam evoluir rapidamente.

6) A esporotricose apresenta diferentes fases

A esporotricose felina geralmente começa com pequenas lesões na pele, mas nada que chame muita atenção. Com o tempo, essas feridas vão evoluindo e se tornando um pouco mais assustadoras, até chegar ao ponto de virar um quadro grave.  Esses sinais marcam o agravamento da doença e podem ser dividido em três fases:

  • Localizada: pequenas lesões em áreas específicas do corpo.
  • Linfática: com o agravamento, o sistema linfático do gato é afetado, o que pode causar nódulos e caroços no corpo do animal.
  • Disseminada: fase mais grave da esporotricose em gatos. Marcada por lesões grandes e profundas por todo o corpo e pode atingir órgãos internos.

7) A esporotricose em gatos causa outros sintomas além das feridas

gato com ferida na testa com humano passando pomada
A esporotricose em gatos provoca feridas

Além das feridas, a esporotricose felina também manifesta vários outros sintomas, como abscessos, caroços, úlceras, secreções, anorexia, apatia, dificuldade de respirar e febre.  É importante ficar de olho nesses pequenos sinais para levar o gatinho o mais rápido possível a uma consulta. Um diagnóstico precoce da esporotricose aliado a um tratamento adequado é fundamental para a recuperação do bichano.

8) A esporotricose em gatos tem cura

Se você já ouviu por aí que a esporotricose em gatos não tem cura, saiba que isso é uma grande mentira. Apesar de ser uma doença grave, ela pode sim ser curada, mas o tratamento demora muito mais tempo do que esperado. De 6 meses a 1 ano, o tutor precisa seguir à risca as recomendações médicas para que o gatinho fique curado. O tratamento da esporotricose em gatos envolve o uso de pomadas tópicas nas feridas, antibióticos e antifúngicos, e em casos mais graves, pode ser necessário terapias.

O grande problema da esporotricose felina é que, por ter um tratamento muito longo e que exige muito comprometimento, muita gente decide abandonar o gatinho. Não há nenhuma necessidade disso ser feito, já que com tratamento, amor e paciência, é possível curar o seu amigo de quatro patas. 

9)  A prevenção da esporotricose não é tão simples

Quando não há nenhuma vacina, como é o caso da esporotricose em gatos, a prevenção se torna muito mais complicada. Por isso, não tem jeito: para proteger o gatinho da esporotricose felina, você vai ter que privá-lo de sair de casa. 

Ao ter contato com matéria orgânica e outros gatinhos  na rua, o animal pode acabar contraindo a doença. A criação indoor, que envolve criar o gatinho sem acesso às ruas, é uma excelente forma de prevenir a esporotricose.  Os veterinários também recomendam apostar na castração do gato, já que esse procedimento tende a evitar as fugas do animal para a rua. 

No caso de um gatinho que já foi contaminado, também é importante que os tutores usem luva ao cuidar do animal, para evitar ao máximo o contágio.

10) É importante limpar o ambiente para evitar a esporotricose

Se você quer mesmo se ver livre da esporotricose, é hora de começar a cuidar mais do seu jardim e quintal. Para evitar que os fungos se desenvolvam nesses locais, os tutores precisam varrer diariamente o espaço, evitando o acúmulo de matéria orgânica, como folhas de árvores. Veterinários também recomendam limpar o chão da casa com desinfetante específico para pets e lavar as roupas e objetos que o animal teve contato. Lembre-se de utilizar luva durante todo o processo para que você não seja contaminado.
 

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