A relação entre crianças e animais de estimação é marcada por muitos aprendizados e experiências transformadoras. Não é à toa que, de acordo com a psicologia humana, crescer ao lado de um pet - como um cachorro ou gato - pode influenciar positivamente o desenvolvimento emocional e social da criança, trazendo benefícios que se estendem até a vida adulta. A seguir, confira 8 características que são comuns em crianças que cresceram ao lado de um animal de estimação!
1) Empatia
Quando crianças e cachorros (ou gatos) convivem juntos, os pequenos tendem a desenvolver um sentimento de empatia pelo animal, e isso reflete também em outras relações sociais. Como as crianças têm que aprender a reconhecer sentimentos e necessidades não verbalizados do pet, elas acabam criando uma maior sensibilidade em relação ao próximo, o que contribui para a formação de adultos mais compreensivos e solidários.
Estudos já comprovaram essa relação. De acordo com uma pesquisa publicada no portal Frontiers In Psychology, a empatia humana em relação aos animais costuma resultar em atitudes pró-sociais. Ou seja, atitudes que visam o benefício alheio.
2) Responsabilidade
Adotar um cachorro ou gato é sinônimo de muita responsabilidade, e isso é ótimo para ensinar os menores a serem mais responsáveis. Afinal, ter um pet vai muito além de apenas diversão e requer cuidados diários, como alimentar, dar banho e levar ao veterinário. Sendo assim, desde cedo a criança aprende sobre comprometimento e obrigações, características fundamentais para a vida adulta.
3) Autoconfiança
A companhia de um gato ou cachorro contribui para a autoconfiança e autoestima dos tutores desde cedo. Isso porque ao perceber que seu pet depende dos cuidados dela e que ela consegue cuidar bem dele, a criança se sente mais confiante. Como resultado, a autoestima é fortalecida.
Para completar, uma pesquisa divulgada no jornal científico PubMed também revelou que, como a companhia de um pet estimula a realização de atividades físicas e supre certas necessidades emocionais, isso também impacta positivamente na autoestima humana.
4) Sociabilidade
A adoção de cachorro ou gato incentiva a socialização, especialmente quando o convívio começa na infância. Os pets facilitam a interação com outras pessoas e tornam a criança mais aberta e amigável com o próximo, o que reflete também na vida adulta.
Isso é ótimo, inclusive, para crianças diagnosticadas com transtorno de espectro autista (TEA). Uma pesquisa publicada na revista Núcleo do Conhecimento descobriu que a relação entre animais e crianças com TEA é muito benéfica e proporciona vários estímulos importantes para o paciente, como aumento da socialização, diminuição do comportamento agressivo e melhora da coordenação motora.

5) Capacidade de resolver problemas
Crianças que convivem com pets aprendem a lidar com imprevistos e se tornam adultos mais resolutivos. Isso porque os menores têm contato desde cedo com situações adversas, como resolver questões relacionadas à saúde, alimentação e comportamento do animal. Essas situações, de certa forma, acabam estimulando a criatividade e a habilidade de resolver problemas de forma eficaz na infância, e também na vida adulta.
6) Redução do estresse e ansiedade
O contato com animais de estimação libera hormônios ligados ao bem-estar, como a ocitocina, e, ao mesmo tempo, reduz os níveis de cortisol no organismo, que é o hormônio do estresse. Pelo menos foi isso que um estudo divulgado no portal Sage Journals confirmou após um experimento com estudantes universitários.
Por conviverem desde cedo com pets, essas crianças tendem a lidar melhor com o estresse, a ansiedade e até a depressão, tornando-se adultos emocionalmente mais equilibrados.
7) Paciência
Quando crianças convivem com um animal de estimação, outra característica que elas exercitam bastante é a paciência. Afinal, ter um pet, além de exigir tempo e dedicação, também ensina os pequenos a respeitar o ritmo do cachorro ou gato, seja durante processos de adaptação ou até mesmo na hora de brincar. Como consequência, esse traço se reflete na vida adulta, tornando as pessoas mais pacientes e resilientes.
8) Capacidade de lidar com perdas
A expectativa de vida dos cachorros e gatos é menor do que a dos humanos. Por isso, infelizmente é comum que muitas crianças vivenciam a perda de um pet e tenham que aprender desde cedo a lidar com o sentimento de luto. Por mais doloroso que seja, essa é uma característica importante, pois ajuda o adulto a se preparar emocionalmente para despedidas, que são inevitáveis na vida.