Se existisse um prêmio de funcionário do mês para pets certamente vários cachorros e gatos se destacariam na função. A história do Cabo Oliveira, vira-lata caramelo que virou mascote da Polícia Militar do Rio de Janeiro, fez muito sucesso na internet, assim como a de Fumaça, uma gata cinza que foi adotada por bombeiros em Brasília. O que poucos sabem é que cada vez mais os pets estão virando "estrelas" no ambiente de trabalho. Esse é o caso da Brisa, uma vira-lata que trabalha junto com a Priscila e encanta os clientes da loja e estúdio da tutora. Vem que a gente te conta mais sobre essa "funcionária e modelo"!
Antes de ser “modelo”, Brisa era uma Jack Russell Terrier
Para contar como é o trabalho da Brisa, é importante conhecer sua história. Priscila Marques, tutora da cadela, conta que buscava um cachorro pequeno. Na época, ela morava em um loft e tinha uma loja e estúdio dentro de um shopping, que apesar de ser pet friendly, só permitia a entrada de cães menores. A ideia era adotar um Jack Russell Terrier, raça pequena que poderia acompanhá-la no trabalho e também dividir o lar - sem contar que é um cachorro que Priscila já simpatizava: “É uma raça que acho maravilhosa”.
O primeiro encontro das duas foi pela internet, por meio de um anúncio de doação de filhotes, onde o responsável pela ninhada afirmou serem cães da raça que Priscila buscava. Ela não pensou duas vezes e adotou a pequena Brisa, que só tinha um mês de vida.
Porém, conforme ela foi crescendo, Priscila percebeu que a cadela não ficaria tão pequena assim. “Com pouco tempo ela foi ficando parruda e nunca mais parou de crescer. Quanto mais ela crescia, mais eu entrava em desespero.” Mesmo assim, isso não foi um problema e Priscila ainda se diverte ao falar sobre o tamanho da cachorra: "Não é uma Jack Russell, se for, é uma mistura com Galgo, porque o cachorro virou um pônei. É uma figura!"
Cadela Brisa teve que passar por treinamento para se tornar uma boa funcionária
Como a cadela não ficou do tamanho esperado, ela só foi liberada para o “trabalho” quando a loja da Priscila foi transferida para outro local. Com essa mudança, a Brisa foi "contratada" e começou a fazer muito sucesso entre os clientes, participando até de alguns ensaios fotográficos. “No shopping não dava mais porque ela virou cachorro de porte grande. Agora levo ela para a loja.”
Priscila também conta que, no começo, a Brisa não era uma funcionária exemplar. O jeito foi buscar um treinamento para segurar a energia da filhote. “Ela comia tudo, aprontava várias. Era um cachorro muito agitado quando filhote. Tive que adestrar.”
Dessa fase só restou o lado afável da Brisa, que não mudou. “Ela agora é uma cachorra super sociável e que vai para a loja. Ela fica ali na porta e, como é vira-lata, de vez em quando para alguém achando que é cachorro perdido.” Para não causar confusão, Priscila personalizou um uniforme: uma coleira com a bandeirinha da loja. Já pode dar o prêmio de funcionária do mês para ela, né?! Veja algumas fotos abaixo:
Cães vira-latas mostram que podem ser tão simpáticos quanto os de raça
Confundir um cachorro vira-lata que parece de raça é mais comum do que parece. Com a Brisa, isso não foi diferente. Mas como todo vira-lata é uma caixinha de surpresas, logo ela surpreendeu a todos com o tamanho gigante e mostrou que de Jack Russell não tinha nada! Porém, isso não foi um problema. Priscila comenta que esse “detalhe”, somado ao ambiente em que vivem, trouxe ainda mais proximidade entre as duas: “Acho que por viver em um espaço muito pequeno, a gente acaba tendo uma ligação maior.”
Assim como qualquer funcionário tem direito ao descanso, Brisa também tem um tempo livre e acompanha a tutora em diversos lugares. Até nessas horas, ela insiste em ser a mesma cadelinha simpática do estúdio. “Ela é uma cachorra muito tranquila e sociável, levo para todos os lugares, para acampamentos (por exemplo) e é praia todo dia!”
Redação: Erika Martins
Edição: Juliana Melo